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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Preconceito

Por Jaeder Teixeira Gomes

preconceitoA Fundação DOIMO e a rede UAI realizaram em Belo Horizonte no dia 29/09/2012 um grande evento, que pretende demarcar esse dia como o DIA NACIONAL DE COMBATE AO PRECONCEITO. Na oportunidade, foi realizado um concurso de Miss Prostituta e o lançamento do livro MARIA DE RODAS, da escritora cadeirante Tatiana Rolim.

Sempre nutri certa antipatia por “Dia disso” “Dia daquilo”, por entender como uma velada hipocrisia, já que não vinham acompanhados de nada concreto. Até que o “Dia do Preconceito” veio me enquadrar e forçar uma revisão nos meus conceitos pré-concebidos, ou seja: preconceitos. Entendi que, à falta de atitudes corretas na nossa rotina que levaria à extinção de um costume, é necessário que ele esteja guardado, ainda que unicamente numa gaveta do calendário, como a preservação de uma semente rara, para o dia em que houver clima propício para sua germinação.

O preconceito velado é mais nocivo a quem o hospeda do que ao seu objeto, já que castra o primeiro e deixa livre o segundo. É mais uma postura de “incomodado” do que de “discriminador”. Não deixa de ser detestável, mas o preconceituoso enrustido caminha com sua incoerência como os dois pés, ora o direito, ora o esquerdo no comando. E, pior, para rumo incerto. Esse sentimento escuso e bastardo por natureza, não se propagando, permanece estéril e contido, poupando dos seus inconvenientes, as próximas gerações.

Há preconceitos que se nutrem do seu próprio temor, como no dia em que entrei inadvertidamente em uma boutique. Ao ser atendido, percebendo que as mercadorias não se pareciam com as que eu usava, tive a presença de espírito para perguntar se era ali que trabalhava a Senhorita Fulana. Mas valeu a lição, pois percebi que o preconceito acomete igualmente quem se entende por superiorizado ou inferiorizado.

O preconceito é um “parasita” oportunista que existirá sempre, onde estiver o homem. Bem cuidado e domado, ele pode até servir de parâmetros negativos para nossa evolução, orientando-nos quanto a “aonde não ir”, sem interferir na orientação dos nossos plurais.

domingo, 6 de março de 2011

Campanha contra excessos na internet

Reproduzo, pela sua importância, matéria extraída do Blog Cidadania.com, abaixo:

Por Eduardo Guimarães

Há algum tempo, cometi uma opinião equivocada sobre a internet que provocou revolta entre os grupos que combatem a tentativa do senador tucano Eduardo Azeredo de impor uma censura “branca” à rede, claramente em benefício dos poderosos que querem intimidar seus críticos ao usarem um instrumento que, depois, percebi que não pode sofrer tais controles porque constitui o último bastião de liberdade das sociedades.

Não conseguira me convencer dos argumentos de que não deve haver controle sobre a rede principalmente no sentido de acabar com o anonimato. Mesmo com amigos como o sociólogo Sergio Amadeu tentando me convencer, fazendo até reuniões comigo para me fazerem mudar de opinião, os fatos que passo a relatar me impediam de aquiescer àquelas demandas.

Na noite de 31 de outubro de 2010, logo após a divulgação oficial do TSE da vitória da presidenta Dilma Rousseff, hordas de jovens de classe média alta passaram a postar mensagens no Twitter pedindo até o assassinato de nordestinos por considerá-los responsáveis pela vitória da candidata do PT à Presidência da República.

Algumas semanas depois, começou a ganhar corpo, também no Twitter, um perfil criminoso que aparecia com a foto de uma garota branca que postava mensagens pregando racismo, homofobia, xenofobia e – pasmem – até estupro, divulgando um perfil chamado “Legalize o estupro já”. Tinha 18 mil seguidores (!) e vinha ganhando adeptos, contaminando, sobretudo, mentes jovens. Era, na verdade, um notório neonazista bem conhecido das autoridades. Pressionei, aqui, e o perfil foi apagado.

No dia da posse de Dilma, em 1º de janeiro deste ano, outra horda de jovens de classe média, durante a cerimônia em Brasília, passou a pregar, novamente no Twitter e às dezenas, mensagens pedindo o assassinato da presidenta por um franco-atirador, o que passei a denunciar neste blog e acabou fazendo com que até o procurador-geral da República se envolvesse no caso.

Apesar de estar contaminado por esses fatos e, assim, de ter ficado irredutível por ação deles, não tardou para que descobrisse que estava errado em pregar controle da internet. O que me fez mudar de ideia foi a revolução egípcia, na qual o anonimato na rede permitiu que as pessoas tivessem coragem de usá-la para se organizarem e promoverem a queda da ditadura de Hosni Mubarak.

Agora, lendo no blog de Luiz Carlos Azenha uma matéria puxada do excelente blog gaúcho RS Urgente sobre novo abuso na internet, sobre dementes que estão fazendo ameaças aos ciclistas que foram atropelados por um outro demente igual aos que agora ameaçam, fiquei me perguntando o que fazer.

Apesar dos exemplos anteriores de irracionalidade no uso da internet, percebe-se que, sobretudo entre os jovens de classe média e alta – mas não só, haja vista as torcidas de futebol que combinam guerras campais pela internet –, vige uma visão deturpada sobre a rede. As pessoas – incluindo os país desses jovens irracionais – parecem não entender que não podem fazer no meio digital o que não é aceito no mundo físico.

Por que, então, não é feita uma campanha governamental em todos os meios de comunicação – eletrônicos e impressos – orientando os pais desses jovens e até os adultos a não despejarem qualquer barbaridade na internet?

Alguns argumentam que essas ideias doentias são ditas em rodinhas de amigos entre jovens e adultos desde sempre. É verdade, mas o que se diz em uma rodinha de amigos não ganha dimensão e não é difundido como na internet, que cada vez mais vai mostrando um poder de difusão que jamais existiu e que está ao alcance de qualquer um, para o bem e para o mal.

Apesar da tragédia que é ver o lado obscuro das pessoas aflorar como nunca ocorreu, o que mostra que os sentimentos mais baixos, as posturas mais covardes, as tendências mais criminosas são muito mais intensas entre pessoas supostamente “de bem” do que se pensava,  a internet está permitindo à sociedade se dar conta de como os jovens estão sendo induzidos mais rapidamente à degenerescência moral.

A sociedade brasileira está doente. Uma doença que tem origem, principalmente, na política. Gente como um Reinaldo Azevedo, por exemplo, o blogueiro da Veja que estimula ódio e preconceitos de forma dissimulada, acaba tendo suas ideias “compreendidas” sobretudo pelas mentes mais jovens, que acabam aplicando suas insinuações de intolerância de forma mais intensa do que aquela de que tomaram conhecimento.

Cabe, portanto, às autoridades agirem para que um instrumento magnífico como a internet não seja usado também para o mal, para difundir essas mentalidades doentias. Urge uma campanha publicitária que pregue liberdade total na rede, mas que explique que se trata de um poderoso meio de comunicação no qual não se pode dizer qualquer bobagem porque o que se diz ali se espalha como fogo e vitima, sobretudo, crianças e adolescentes.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Walter Navarro, a viúva do Serra

Por Nélio Azevedo

Walter-Navarro-001É com extremo desgosto que me refiro a esse sujeito, um recalcado que pensa que é jornalista que a partir de sua coluna no Jornal “O tempo” destila toda sua perversidade e ignomínia ao atacar de forma visceral o ex-presidente Lula.

Recomenda ao Lula que se recolha à sua insignificância ao sair da Presidência, que o melhor seria que lhe atirasse uma carteira de trabalho ou um dicionário, como recomendava o direitista juramentado Espiridião Amin, que achava que o lugar do Serra estaria sendo ocupado pela Dilma, como se a vitória nas eleições não significasse nada e, como se a grande maioria do povo brasileiro fosse idiota ao reconhecer os sucessos do governo Lula. Insignificante? O mundo sabe quem é Lula. Quem é Walter Navarro?

Olha, eu relutei por quase 2 minutos antes de escrever este texto, não sou advogado de defesa de ninguém, mas, como a maioria dos brasileiros eu me sinto ofendido quando alguém tenta formar uma opinião distorcida sobre a realidade de alguns fatos a mando de forças sinistras como o PIG e os arautos da direita idiota.

Esse tipo de gente não tem nenhum respeito pelas pessoas ou instituições como afigura do Presidente da República, demonstrando assim, que o Lula tem toda razão ao afirmar que a imprensa tem que ter um freio, pois, a meu entender, liberdade de imprensa não significa poder escrever o que se quer sem arcar com as consequências nem responsabilidade sobre o que foi escrito. Se quiser fazer oposição política, vá fazê-lo através da tribuna das casas legislativas do país, não se esconder atrás de uma coluna de jornal onde a impunidade se esconde atrás da tal liberdade de imprensa.

Não tenho a menor dúvida de que esse senhor é uma perfeita ex-viúva de FHC e atualmente é uma viúva do Serra, pois, se comporta da mesma forma que o Cidinho- bola-nossa nos áureos tempos, só que agora não se trata de uma partida de futebol, mas, os destinos de uma nação inteira, uma nação que andou a reboque do mundo dito civilizado e industrializado por obra e graça dos seus mandantes que pensavam igualzinho a esse infeliz que destila seu ódio através de uma coluna de jornal.

Vejo que ele tenta copiar o Zé Simão ou outros que tem a veia crítica e cômica; nem irônico consegue ser, pois, cai logo no lodo do sarcasmo, onde se sentem tão bem.

Não sou idiota nem desinformado ao ponto de aceitar isso como sua opinião a que teria direito de revelar aos seus pares, o jornal é um meio de comunicação e formador de opinião poderoso, mesmo num país onde se lê tão pouco, sua responsabilidade é tão grande quanto a de quem o lê

Felizmente, não são muitos os que se parecem com essa anta direitista, esse pseudo jornalista e pseudo intelectual que a única coisa que faz para sobreviver é ser lacaio de um poder que apesar, de falido, ainda tem seus tentáculos peçonhentos e quando menos se espera olha eles aí nos arcabolsonaros da truculência e da maledicência.

Não sei o que será dessa coisa agora que o Lula transferiu a faixa para a Dilma, não sei o que será daquela coisa Mainard e dos que ainda não conseguiram aceitar que tivemos um governo que atendeu aos desejos da maior parte da população, tornando o país de todos e não de uma única classe.

Como dizia o Rui Lessa, “Vá se roçar nas ostras”!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Em Abre Campo, três elementos ateiam fogo em andarilho

Rafael Gonçalves Borges, 20 anos, Walt Ferreira Gomes, 30 anos, e Luiz Marques da Cruz, 22 anos, atearam fogo em um andarilho, após jogar cachaça em seu corpo, próximo à praça Tiradentes, em Abre Campo, por volta das 18:00 h desta terça-feira (23).

O plantonista do hospital onde o andarilho foi socorrido relatou que ele estava com diversas queimaduras provenientes de substância inflamável.

De acordo com testemunhas que surpreenderam os autores no momento da ação criminosa, Walt Ferreira foi quem iniciou a ação, jogando cachaça no corpo do andarilho e em seguida ateando fogo.

Uma outra testemunha relatou aos policiais que, após verificar a dimensão do fogo, pulou sobre a vítima com intenção de apagar as chamas e aliviar o seu sofrimento.

A polícia conseguiu localizar Luiz Marques e Walt Ferreira. Ambos foram presos em flagrante delito e foram conduzidos à Delegacia de Polícia. Rafael Gonçalves até o momento não foi localizado.

O andarilho ainda está internado em observação, devido à gravidade das queimaduras.

Foi apreendida uma garrafa descartável contendo pequena quantidade de cachaça.

Fonte: ASCOM / 11º BPM

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Preconceito e Racismo. Será que isto existe até em Raul Soares?

Por Nélio Azevedo

Ver aquele vídeo do idiota de Santa Catarina ou das hostilidades sofridas por negros nos campos da Itália e Espanha, falar da xenofobia de europeus e do racismo nos EUA é chover no molhado, isso até cansa a gente.

Quando penso que eu sofri alguns tipos de constrangimentos na minha infância e adolescência porque eu não morava na Rua Camilo de Moura, por não ser louro dos olhos azuis e não ter pai rico me faz pensar no preconceito que esbarra nos nossos ombros no dia-a-dia.

Quando me lembro dos meus amigos que não podiam frequentar o Marajoara, dos que não iriam nunca estudar no Benedito Valadares ou no Regina Pacis; dos meus amigos que jamais seriam convidados para uma festa de aniversário nas casas mais ricas de Raul Soares e nem iriam poder nadar nas águas azuis da piscina da AER, eu fico pensando no porque dessa separação tão odiosa e cruel que já sentenciava as pessoas com os rótulos que ela teria que carregar pelo resto de suas vidas como um emblema; como se fosse aquela estrela amarela costurada nas roupas dos judeus nos guetos poloneses.

Quantas vezes ouvi pessoas se referindo aos moradores da Rua Bom Jesus como se fossem cidadãos de segunda classe; também os da Tarza, os da Rua Santana e os da Vila Barbosa, eram apelidos pejorativos que os arianos raul-soarenses usavam para designar quem era quem nesse pequeno lugar onde a mediocridade nos tornava tão parecidos, onde não havia melhores nem piores, apenas uma ilusão de ser branco ou preto, de ser rico ou pobre, de poder e de não poder.

Todas essas coisas me pareciam absurdas e, às vezes eu tinha que concordar com elas para ser aceito numa sociedade injusta e, mesmo quando concordava eu era preterido em várias ocasiões. Estas coisas não passaram despercebidas, até hoje eu tento entender os sentimentos e comportamentos que orientavam as pessoas ao bater a porta ou janela na minha cara quando eu tentava assistir aos programas de televisão na casa de “amigos”, quando este aparelho era uma raridade. Penso no sadismo de ver uma pessoa da casa desligar a TV no último bloco de uma série que perseguíamos durante semanas e, que não se repetiria e ficávamos a não ver navios nem astronaves, sequer podíamos permanecer próximo às casas.

Hoje vemos que essas coisas mudaram, pouco, mas, mudaram. Será que essas mudanças foram tão grandes ao ponto de abafar os desmandos e os preconceitos tão enraizados na nossa cultura? Penso que não mudaram tanto assim, vejo com um olhar crítico a pobreza sendo distribuída para muitos e a riqueza concentrada nas mãos de tão poucos. Essa mesma riqueza que gera poder e segrega ao lado da pobreza que discrimina e marginaliza.

Essa riqueza e essa pobreza que mantêm as coisas como sempre foram, que não permite que muitos tenham ascensão social, que não se eduquem e que faz com os filhos repitam o insucesso dos pais, eternizando a injustiça que tanto conhecemos. Até quando isso vai durar?

Até quando as pessoas irão achar isso normal? Até quando os negros, terão somente o 19 de novembro ou o 13 de maio para comemorar? Até quando?

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Resposta de Luiz Carlos Prates aos “miseráveis”

Depois da polêmica que envolveu Luiz Carlos Prates, jornalista de uma afiliada da Rede Globo em Santa Catarina, ao alegar em um programa de TV que “pobre não pode ter carro”, ele volta à cena para se justificar e, ao invés de se desculpar pela ação preconceituosa, faz pior, achando ainda que está coberto de razão.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Eduardo Guimarães: Elite indignada

A elite branca finalmente desabafa. Assista, abaixo, ao vídeo definitivo para explicar essa tragédia popularesca. Uma obra que revela todas as agruras que têm levado os filhos dos Jardins e da Barra da Tijuca a tomarem uma atitude na internet – e até na porrada mesmo, na rua – contra a invasão negra, nordestina, gay e… petista.

Fonte: Blog Cidadania.com

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A intolerância é filha do preconceito

Por Nélio Azevedo

Ou seria o contrário? Não sei, o que eu sei é que o preconceito é uma forma de pensar e de agir que se sustenta em argumentos vagabundos e insuficientes.

Há poucos dias vi uma notícia da apreensão de farto material de propaganda nazista, no Sul do país. Novidade nenhuma, já que a população dos três estados do sul têm uma forte presença de estrangeiros na formação da população, principalmente de italianos, alemães e outros povos arianos, vindos da Europa onde não passavam de ralé, discriminados e postos à margem pelos mais ricos. Essas pessoas foram recebidas em nosso país miscigenado com toda alegria e gentileza, foram oferecidas à eles terras férteis e oportunidades que muitos habitantes nativos nunca tiveram.

Agora vem essa gente destilar seus preconceitos e intolerância contra os nativos, contra negros e no caso daquela estudante de direito de São Paulo que publicou frases e comentários racistas e preconceituosos, contra os nordestinos. Os comentários do pai dela são de uma pessoa sensata e íntegra, mas a filha dele foi de uma infelicidade que pode acabar em prisão. Logo ela que é estudante de direito, não sabe o que é o direito básico da igualdade.

Para completar esse show de horrores, numa faculdade no interior de São Paulo um grupo de alunos levou a cabo uma ideia absurda de trote, “o rodeio de gordinhas”, onde os calouros teriam que montar as meninas mais robustas e tentar permanecer por mais tempo possível sobre as vítimas. Aonde chegamos? O quê será que vem por a? Tá difícil educar filhos num mundo onde a gentileza deixou de existir e a violência é o portão de entrada.

Infelizmente nós vivemos em um país onde uma elite branca e rica desenvolveu uma aversão ao pobre e aos diferentes, diferentes no caso seriam os que ele não vê como semelhantes. Negros, pobres, mulheres, nordestinos e homossexuais.

Esse comportamento ficou tão comum que durante séculos não era nem questionado, até que leis viessem proteger essa grande maioria da população de marginalizados aos moldes das castas da Índia. Essa nódoa que a nossa sociedade carrega desde os tempos da escravidão ainda está impregnada no tecido social e aparece escancarada ou despistada, mas, suas vítimas são sempre as mesmas.

Talvez, a construção de um país mais justo faça desaparecer esse comportamento odioso e possamos viver em harmonia e paz, onde o diferente é só uma outra versão de nós mesmos.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Pai de estudante racista se diz ‘envergonhado’

mayara-2

Do Portal IG

O empresário Antonino Petruso, morador de Bragança Paulista, no interior de São Paulo, soube pelos jornais que a filha mais nova, Mayara Penteado Petruso, está sendo alvo de investigação pela Procuradoria Geral da República por crime de preconceito. Ela é a estudante de Direito que, finalizada a apuração que apontou Dilma Rousseff (PT) como nova presidenta do Brasil, desancou a postar frases de preconceito e discriminação contra o povo nordestino na internet.

Nas frases postadas na rede de microblogs Twitter e no Facebook, a jovem sugere o extermínio dos nordestinos e pede o fim do direito de voto para quem não mora na região Sudeste.

Antonino Petruso se disse “surpreso, decepcionado e envergonhado” pela atitude da filha e lamentou que a menina tenha se deixado influenciar pelo “acirramento” do debate eleitoral. “Nunca fui chegado a política e nunca ensinei nada disso para as minha filhas. Tenho um enorme respeito pelos nordestinos e é graças a eles que consigo dar uma vida digna para minha família e pagar a faculdade da Mayara”, disse Petruso ao iG, em entrevista por telefone.

Petruso é dono de uma rede de supermercados de Bragança e diz que tem vários clientes e empregados de origem nordestina. Pai de quatro filhos, ele trabalha mais de 15 horas por dia para administrar o negócio herdado do pai. Nos últimos anos, em virtude da melhora da economia, viu os negócios melhorarem graças às políticas econômicas do governo Lula. “Tenho muita simpatia pelo Lula. Ele não resolveu tudo, mas fez um excelente governo. Se a Mayara tivesse me consultado, teria pedido para ela votar na Dilma. Entre todos os candidatos, ela era a melhor opção para o País”, afirmou o empresário.

O ataque em massa contra as quadrilhas racistas

Por Marco St.

Safernet denuncia mil contas por racismo Enviado por claudiacardozo, sex, 11/05/2010 - 17:51 05/11/2010 Fonte: http://info.abril.com.br/noticias/internet/safernet-denuncia-mil-contas-... Autor: Vinicius Aguiari, de INFO Online

SÃO PAULO - A ONG Safernet protocolou ontem no Ministério Público paulista uma notícia-crime relacionada às manifestações de racismo cometidas no Twitter e no Facebook no domingo, após a apuração das eleições.

O relatório da Safernet identifica 1 037 perfis acusados de cometer racismo contra nordestinos. Os perfis foram denunciados por outros usuários desde domingo até às 18h de ontem.

Segundo o presidente da Safernet, Tiago Tavarez, cabe agora ao MP decidir se aceita a denúncia e aprofunda as investigações sobre o caso ou se o arquiva. Além da notícia-crime da Safernet, o MP também recebeu uma outra denúncia da Ordem dos Advogados do Brasil de Pernambuco.

As mensagens racistas contra os nordestinos foram publicadas na web após a realização das eleições no domingo. As denúncias chegaram à ONG por meio da página www.denuncie.org.br.

Apagar contas não exclui provas, diz advogado

Segundo o professor de direito digital e sócio do escritório Opice Blum, Rony Vainzof, a exclusão das mensagens e das contas não excluem as provas. O que importa, nesse caso, é o ato doloso, a vontade consciente do ilícito de praticar, induzir ou incitar a discriminação", explica ele.

Os usuários que publicaram mensagens racistas sofrem com um agravante, pois cometeram o crime de racismo através de um meio de comunicação. Dessa forma, a pena pode aumentar de um a três anos para de dois para até cinco anos. "É importante que os usuários se conscientizem que a internet não é um mundo sem lei", alerta o advogado.

Fonte: Luís Nassif Online

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

[Vi o Mundo] WSJ: 42.389.619 de americanos dependem do Bolsa Família para comer

November 4, 2010, 2:47 PM ET

In U.S., 14% Rely on Food Stamps

By Sara Murray, naquele jornal comunista, o Wall Street Journal

Um grande número de domicílios americanos ainda depende da assistência do governo para comprar comida, no momento em que a recessão continua a castigar famílias.

O número dos que recebem o cupom de comida [food stamps, a versão americana do Bolsa Família] cresceu em agosto, as crianças tiveram acesso a milhões de almoços gratuitos e quase cinco milhões de mães de baixa renda pediram ajuda ao programa de nutrição governamental para mulheres e crianças.

Foram 42.389.619 os americanos que receberam food stamps em agosto, um aumento de 17% em relação a um ano atrás, de acordo com o Departamento de Agricultura, que acompanha as estatísticas. O número cresceu 58,5% desde agosto de 2007, antes do início da recessão.

Em números proporcionais, Washington DC [a capital dos Estados Unidos] tem o maior número de residentes recebendo food stamps: mais de um quinto, 21,1%, coletaram assistência em agosto. Washington foi seguida pelo Mississipi, onde 20,1% dos moradores receberam food stamps, e pelo Tennessee, onde 20% dos residentes buscaram ajuda do programa de nutrição.

Idaho teve o maior aumento no número de recipientes no ano passado. O número de pessoas que receberam food stamps no estado subiu 38,8%, mas o número absoluto ainda é pequeno. Apenas 211.883 residentes de Idaho coletaram os cupons em agosto.

O benefício nacional médio por pessoa foi de 133 dólares e 90 centavos em agosto. Por domicílio, foi de 287 dólares e 82 centavos.

Os cupons se tornaram um refúgio para os trabalhadores que perderam emprego, particularmente entre os estadunidenses que já exauriram os benefícios do seguro-desemprego. Filas nos supermercados à meia-noite do primeiro dia do mês demonstram que, em muitos casos, o benefício não está cobrindo a necessidade das famílias e elas correm antes da chegada do próximo cheque.

Mesmo durante as férias de verão as crianças retornaram às escolas para tirar proveito da merenda, onde ela estava disponível. Cerca de 195 milhões de almoços foram servidos em agosto e 58,9% deles foram de graça. Outros 8,4% foram a preço reduzido. Este número vai aumentar quando os dados do outono forem divulgados já que as crianças estarão de volta às escolas. Em setembro passado, por exemplo, mais de 590 milhões de almoços foram servidos, quase 64% de graça ou com preço reduzido.

Crianças cujas famílias tem renda igual ou até 130% acima da linha da pobreza — 28 mil e 665 dólares por ano para uma família de quatro pessoas — podem ter acesso a almoços gratuitos. As famílias que tem renda entre 130% a 185% acima da linha da pobreza — 40 mil e 793 dólares para uma família de quatro — podem receber refeições a preço reduzido, não mais que 40 centavos de dólar de desconto.

Ps do Viomundo: Texto dedicado àqueles que acham chique os programas sociais na França, na Alemanha e nos Estados Unidos, mas tem “horror!” dos programas sociais brasileiros.

Fonte: Blog Vi o Mundo / Luiz Carlos Azenha

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Escritório de advocacia demite estagiária que usou Twitter para atacar nordestinos

Depois de jogar no lixo a responsabilidade no uso de sua liberdade de expressão, a estudante de Direito Mayara Petruso foi demitida hoje do escritório de advocacia em que trabalhava. Ela também é alvo de uma notícia-crime movida pela OAB-PE, além de motivo de vergonha e de revolta de muitos brasileiros.

É a rebordosa que chega avassaladora para uma estudante inconsequente.

Esse caso é preocupante, porque não envolve apenas a estudante, nem a fossa afetiva e moral em que ela deve estar enfiada neste momento.

A multiplicação das mensagens racistas a partir de Mayara Petruso nas redes sociais (que nos lembram daquele patife manifesto São Paulo para os Paulistas, bem como casos recentes de bullying eleitoral nas escolas, narrados por pais na internet) mostra que no Brasil existem indivíduos que apresentam sintomas de uma doença social muito grave, complexa, que engloba muitos fatores (inclusive as famílias e escolas dessa juventude): a ignorância.

Não aquela ignorância que se come na falta de merenda das escolas públicas – que esse pessoal que se revela agora tem condições econômicas muito boas. Mas uma ignorância-doença, microfascista, carregada de preconceitos e ódios.

Fonte: Blog Acerto de Contas

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O preconceito que se esconde por trás do mapa vermelho e azul

por Luiz Carlos Azenha

Nem de longe é uma tentativa majoritária. E a imensa maioria dos analistas tem dito isso: o mapa que divide o Brasil entre azul e vermelho não conta toda a história da escolha de Dilma Rousseff.

Mas o mapinha simplório e simplista serve aos que pretendem ligar Dilma Rousseff ao suposto “atraso” das regiões Norte e Nordeste. O preconceito sempre dá um jeito de reaparecer, sob outros disfarces.

Dilma teve 58% dos votos de Minas Gerais, mais de 60% dos votos do Rio de Janeiro, quase 50% dos votos no Rio Grande do Sul e quase 46% dos votos em São Paulo.

Se todos os votos dos dois candidatos no Nordeste fossem descartados, ainda assim Dilma venceria a eleição, mas dizer isso assim pode soar — ao gosto dos que semeiam preconceitos — como desqualificação do voto do nordestino.

Individualmente, os governadores Eduardo Campos, Jacques Vagner, Sergio Cabral, Cid Gomes, a família Sarney e o vice-presidente José Alencar foram os grandes cabos eleitorais de Dilma.

Quanto ao preconceito, foi o alimento de uma das candidaturas e não há de desaparecer assim, por encanto. Neste momento, serve às tentativas de “deslegitimar” o resultado das eleições.

Fonte: Vi o Mundo / Luiz Carlos Azenha