Por Jaeder Teixeira Gomes
A Fundação DOIMO e a rede UAI realizaram em Belo Horizonte no dia 29/09/2012 um grande evento, que pretende demarcar esse dia como o DIA NACIONAL DE COMBATE AO PRECONCEITO. Na oportunidade, foi realizado um concurso de Miss Prostituta e o lançamento do livro MARIA DE RODAS, da escritora cadeirante Tatiana Rolim.
Sempre nutri certa antipatia por “Dia disso” “Dia daquilo”, por entender como uma velada hipocrisia, já que não vinham acompanhados de nada concreto. Até que o “Dia do Preconceito” veio me enquadrar e forçar uma revisão nos meus conceitos pré-concebidos, ou seja: preconceitos. Entendi que, à falta de atitudes corretas na nossa rotina que levaria à extinção de um costume, é necessário que ele esteja guardado, ainda que unicamente numa gaveta do calendário, como a preservação de uma semente rara, para o dia em que houver clima propício para sua germinação.
O preconceito velado é mais nocivo a quem o hospeda do que ao seu objeto, já que castra o primeiro e deixa livre o segundo. É mais uma postura de “incomodado” do que de “discriminador”. Não deixa de ser detestável, mas o preconceituoso enrustido caminha com sua incoerência como os dois pés, ora o direito, ora o esquerdo no comando. E, pior, para rumo incerto. Esse sentimento escuso e bastardo por natureza, não se propagando, permanece estéril e contido, poupando dos seus inconvenientes, as próximas gerações.
Há preconceitos que se nutrem do seu próprio temor, como no dia em que entrei inadvertidamente em uma boutique. Ao ser atendido, percebendo que as mercadorias não se pareciam com as que eu usava, tive a presença de espírito para perguntar se era ali que trabalhava a Senhorita Fulana. Mas valeu a lição, pois percebi que o preconceito acomete igualmente quem se entende por superiorizado ou inferiorizado.
O preconceito é um “parasita” oportunista que existirá sempre, onde estiver o homem. Bem cuidado e domado, ele pode até servir de parâmetros negativos para nossa evolução, orientando-nos quanto a “aonde não ir”, sem interferir na orientação dos nossos plurais.
O preconceito infelizmente existe até hoje, pela cor, por posição social, etc...
ResponderExcluirNa minha época sofri muito preconceito, por morar na zona rural e frequentar a escola na zona urbana, as crianças daquela época abusavam dos que moravam na roça, ere considerado atrasado, roceiro isto a uns 30 anos atrás.
Espero que hoje em dia não exista mais isto, pois eu me sentia triste por causa disto que passei.
Que nas escolas os professores observem para não acontecer com aqueles que vivem na zona rural como eu.
Também passei por isso. Éramos os "macaqueiros da roça". E o pior: a gente acreditava nisso. Hoje percebo que aquela provocação me ajudou a caminhar, enquanto que aqueles que se julgavam superiores, tiveram esse caminho a mais para percorrer: vencerem o preconceito para poderem progredir.
ExcluirContinuo nutrindo um preconceito. Contra atleticano. Mas não é pelo rosa da camisa. É porque escolheram mal. rsrs... Mas é claro que muitos não concordam comigo.
Jaeder
Preconceito existe na propria família.Tenho 33 anos e me lembro que estudava com um primo no pré de 06 anos.Quamdo houve uma festinha na escola que iamos dançar em dupla, minha tia pediu para a professora não deixar eu dançar com meu primo e escolheu uma menina de estatus para dançar com o filhinho dela.
ResponderExcluirEla é orgulhosa até hoje e gosta de estar perto somente de pessoas que acha que possui bens.Engraçado no final da vida todos vão para o mesmo lugar ...Deibaixo da terra e ela não poderá escolher um pedaço de terra aonde foi enterrado alguem que ela considera que tem.Por isso eu digo preconceito começa em família.
Gostei muito de sua reflexão Jaeder.(Aliás, você sempre escreve coisas muito pertinentes).
ResponderExcluirNos faz rever nossas atitudes perante o diferente.