sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Censo de 2010

Por Nélio Azevedo

Depois de tabulados os dados da pesquisa do Censo de 2010, o IBGE traz consigo algumas informações surpreendentes: No país, o índice de analfabetismo entre as pessoas maiores de 15 anos caiu de 13,6% para 9,6% (de 12% para 8,3% no Estado de Minas Gerais); no campo, esse índice sobe para 23% (era 32%); a renda média do trabalhador brasileiro teve um ligeiro aumento, mas, as mulheres continuam ganhando menos do que os homens, apesar do número de famílias sustentadas por uma mulher. Infelizmente, os problemas e a desigualdade entre os brancos e os não brancos continuam mascarados ou ignorados, mesmo sendo eles a maior parte da população.

Ainda temos um grande número de domicílios sem acesso ao bem estar proporcionado pelo saneamento básico; não têm água potável, não têm esgoto nem energia elétrica e, as consequências são funestas, mortalidade infantil e endemias que são potencializadas pela subnutrição e a falta de investimentos em saúde que nos iguala aos países mais pobres.

Coincidentemente, foram divulgados resultados do ENAD e outras formas de avaliação de cursos e escolas superiores que também trazem números preocupantes, mais de 600 escolas ou cursos estão correndo o risco de serem suspensos pelo MEC, já que não conseguiram médias maiores do que 2. O ENEM que agora substitui total ou parcialmente o vestibular, continua sendo alvo de fraudes e desconfiança, precisa contar com mudanças e aperfeiçoamentos para se tornar um termômetro mais confiável da situação do ensino médio no país. Essa faixa de jovens que na década de 90 tinha mais de 75% fora da escola, agora conta com mais vagas ofertadas e, as exigências do mercado de trabalho fizeram com que esse contingente diminuísse bastante, mas, ainda é preocupante.

O número de crianças analfabetas também caiu, talvez isso seja um prenúncio de que no futuro venhamos a ter administradores públicos melhores do que os atuais, afinal investir nas crianças é investir no futuro da nação.

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