sexta-feira, 5 de julho de 2013

O poder das redes sociais

Nélio-Azevedo

 

 

Por Nélio Azevedo

 

redes sociais

Quando se iniciaram os movimentos de protesto na Tunísia, Líbia e Egito, a força e o poder das redes sociais na conclamação de participantes ficou determinado que elas tivessem um papel decisivo em outros países onde a possibilidade de reunião e protesto por parte dos cidadãos era quase impossível de acontecer. Depois vieram a Síria, a Turquia, a Arábia Saudita, finalmente essa onda alcançou países não tanto fechados como os EUA, a Grécia, Espanha e o Brasil.

Outras consequências ainda estão por vir, algumas delas inimagináveis no momento atual, países como Irã, China e Rússia que esperem, a vez deles irá chegar, com certeza. Mesmo em países como os EUA, Inglaterra e França, onde existe um pouco mais de liberdade e a população atendida em suas necessidades tiveram seus momentos de perturbação da ordem pública, pois em todo o mundo cresce o número de jovens “sem-sem”, sem educação e sem trabalho; é a geração Y, nascidos a pouco mais de uma década e meia que não querem estudar e ainda não podem ou não conseguem trabalhar tanto pelos estatutos locais como pela falta de perspectivas criadas pela crise econômica que assola tanto o mundo rico quanto o pobre.

No Brasil, essa parcela da população pulou de 8% para 12% em uma década, quando se olha de perto as manifestações em cidades brasileiras, o que se vê é justamente essa turma que não tem ideologia, não tem noção de classe e se vê meio que perdida nesse mundo criado pelo consumo sem ter os meios que lhe garantam uma igualdade de acesso a ele.

Vimos há alguns anos esses jovens em manifestações violentas na França onde virou moda por fogo em carros e no Reino Unido onde o alvo eram as lojas em que os fetiches tecnológicos eram vendidos. Gente com um nível de educação e de vida muito superior ao que se vê por aqui, agindo como vândalos destruindo tudo que encontrava pela frente. Não serviu de alerta para países como a Grécia e a Espanha, onde mais de 25% desses jovens estão sem ter o que fazer. Uma bomba relógio que se arma e se expande.

No momento em que escrevo vejo nas redes sociais, principalmente o Facebook uma nova conclamação prontamente aceita por milhares de participantes para novas manifestações que atormentam os moradores das grandes cidades e, que é legítima diante de tanta omissão por parte dos governantes que fingiam até agora estarem trabalhando para atender às necessidades desses que agora engrossam as fileiras dos que protestam e que em breve irão votar em mais um show da democracia eleitoral.

Um aviso para os políticos oportunistas de plantão: O Gigante acordou e irá votar!

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