Em Caratinga, Bispo Dom Emanuel fala sobre negligência com hospital e corrupção política

Em entrevista ao programa de Entrevista, Dom Emanuel destacou a política social, o combate à corrupção e pediu mais ética

Dom  Emanuel Messias de Oliveira é o sexto bispo diocesano de Caratinga. O líder da igreja católica guia um grandioso rebanho, são 48 paróquias. Emanuel é hoje o símbolo da religião católica em Caratinga e região. Durante sua participação no programa de Entrevista veiculado pela emissora e apresentado pelo jornalista Sérgio Ferreira, o pároco destacou a importância do trabalho na igreja e algumas interferências que são necessárias para a reflexão do cidadão. Recentemente, o bispo publicou uma nota intitulada de “ética na política”. O líder religioso manifestou a sua preocupação no combate à corrupção. Ao jornalista, o bispo falou sobre a política social.

O ano de 2012 é eleitoral. Momento em que os cidadãos vão as urnas eleger seus candidatos, decidir o futuro político da cidade. A igreja tem uma preocupação com o voto consciente, a necessidade de banir a política oportunista e fazer cidadãos mais críticos diante do processo democrático. Dom Emanuel destacou que, infelizmente, ainda há aquele eleitor que vende seu voto por um padrão de energia elétrica e argumenta que corruptos são o político que oferece e aquele recebe a oferta.

Política e religião, dois assuntos que segundo o brasileiro não convergem, mas na realidade é bem diferente. Bispo Dom Emanuel lembra que muito o que o político não faz, a igreja tenta ajudar. E há outras ligações que interferem diretamente na vida do cidadão, por exemplo, o líder diocesano cita o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, símbolo do atendimento à saúde na microrregião de Caratinga e que tem sido afetado neste contexto político.  Dom Emanuel afirma que a atual administração tem sido negligente em relação ao gerenciamento da unidade de saúde que é voltado para o atendimento ao povo.

O governo do Estado realizou investimentos, em 2009 uma maternidade, posteriormente, uma uti neonatal com estrutura de primeiro mundo, mas, segundo Dom Emanuel, falta um olhar especial para a unidade de saúde comprometida com o atendimento do SUS e destaca “hoje ela sobrevive graças a garra de dois representantes internos”. A dívida mensal acumulada é de R$ 150 mil, o que vem comprometendo a realização dos trabalhos.

Para Dom Emanuel, a Prefeitura de Caratinga é negligente quanto a questão da saúde pública em Caratinga e falta a colaboração dos 14 municípios da microrregião que utilizam o serviço.

Ainda segundo o bispo, os problemas podem acabar em dezembro, com o fim da atual gestão municipal e quando então poderá ser possível fazer novos projetos, já que o atual secretário de saúde  não demonstra interesse em conseguir benefícios para o hospital.

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