Por Nélio Azevedo
De acordo com a avaliação dos nossos Deputados e Senadores em Brasília, o DIAP – Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar – estamos pra lá de mal representados, apesar de termos a segunda maior bancada do país.
Pela avaliação do DIAP temos a vergonhosa participação do Senador Aécio (PSDB) em 11º e o Deputado Gilmar Machado (PT), que é o vice-líder do governo na casa, em 42º e Júlio Delgado (PSB) em 66º, depois a vergonha aumenta, políticos inexpressivos para um Estado inexpressivo. A atuação dos nossos representantes não faz jus aos votos e a confiança neles depositados pelos nossos milhões de eleitores.
Imagine o que será esse ano para nós, as nossas estradas estão um verdadeiro caos, os prefeitos das cidades atingidas pelas intensas chuvas de fim de ano esperam de pires nas mãos a ajuda que depende dos “representantes” na hora de encaminhar pedidos de verbas de emergência. Lembre-se de que estamos em ano eleitoral e boa parte dos deputados estará em campanha, cuidando dos interesses deles, não dos nossos; durante o período das chuvas e tragédias em mais de cem cidades mineiras, os nossos parlamentares estavam de férias, o Aécio que é o candidato do PSDB a Presidente da república, estava em Miami e, por lá permaneceu, não deu as caras por aqui nem para dar um tchau da janela do helicóptero, logo ele que precisará dos votos dos mineiros para se eleger; que tipo de representante é esse que se mantém distante do povo nas horas em que esse povo mais precisa do apoio dos seus representantes? .
O Senado que votou quase mil matérias em 2010, só votou 600 em 2011, deixando matérias como a reforma tributária sempre para trás enquanto que a distribuição dos Royalties do petróleo se tornou o assunto mais discutido e ganhou a maior importância na casa, totalmente compreensível, afinal alguns desses deputados serão candidatos a prefeitos ou têm suas bases eleitorais (leia-se currais) justamente onde querem que vá o dinheiro do petróleo.
Essa casa não nos representa de fato, precisamos fazer uma limpa, já que fizeram uma desratização há poucos dias lá, que tal pegar as ratazanas que vestem terno e gravata também? O raticida mais eficaz é o voto depositado nas urnas em outubro. Isto me fez lembrar um slogan político da década de 60 que dizia que “Se o Brasil não acabar com a saúva, a saúva acaba com o Brasil”, o bicho agora é outro e bem mais voraz; acho até que o exemplar pego na África, um rato de 10 quilos, pode ser algum parlamentar nosso em visita ao continente africano.
Antigamente a gente podia mandar um recado na cédula ao anular o voto, hoje nem isso é possível e o voto nulo ajuda sempre o picareta, o jeito é se informar mais sobre o candidato a quem você entregará um cheque em branco som a sua assinatura.
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