A importância do cloro no tratamento da água

Por Ângela Maria Fialho de Souza Basso (CRQ 02404821)
Responsável Técnico pela Estação de Tratamento de Água – SAAE - Raul Soares

“Toda água destinada ao consumo humano deve obedecer ao padrão de potabilidade e está sujeita a vigilância da qualidade da água.” Capítulo I, art. 2º da Portaria nº. 518, de 25/04/2004 do Ministério da Saúde.

“I – Água potável – água para consumo humano cujos parâmetros microbiológicos, físicos, químicos e radioativos atendam ao padrão de potabilidade e que não ofereçam riscos à saúde.” Capítulo II, art. 4º da portaria nº. 518, de 25/04/2004 do Ministério da Saúde.

No Brasil existe uma legislação sobre potabilidade da água e o sistema de abastecimento de água deverá, obrigatória e sistematicamente, obedecer. A água distribuída deve ser em qualidade e quantidade visando à proteção da saúde do homem e o seu desenvolvimento.

Um abastecimento de água pode conduzir diferentes efeitos sobre a saúde do usuário de água. As boas práticas buscam minimizar a probabilidade de ocorrência dos efeitos indesejáveis do abastecimento de água para o consumo humano.

A cloração da água contendo matéria orgânica favorece a formação de trihalometanos (THMs), alguns THMs tem sido identificados como cancerígenos, mas é possível fazer o controle dos THMs através da remoção de compostos precursores (matéria orgânica) antes de sua reação com o cloro. Isso é feito no tratamento convencional (coagulação, floculação, decantação e filtração).

O uso do cloro na desinfecção da água feita dentro da dosagem estabelecida pela portaria nº. 518 do M.S. assegura eficiência e não é nociva ao ser humano.

O cloro é o desinfetante mais empregado e é considerado bom, por que:

·    Realmente age sobre os microorganismos patogênicos presentes na água;
·    Não é nocivo ao homem na dosagem requerida para a desinfecção;
·    É econômico;
·    Não altera outras qualidades da água, depois de aplicado;
·    É tolerado pela grande maioria da população.

É de fundamental importância a conscientização das pessoas para o uso água tratada (potável) a fim de previnir doenças de veiculação hídrica. Os principais agentes biológicos encontrados em águas contaminadas são as bactérias patogênicas, os vírus e os parasitos, que constituem uma das principais fontes de morbidade e mortalidade.

Fontes:
Manual de saneamento. 3. ed. rev. – Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2004.
            Portaria MS Nº. 518/2004.