Ao que tudo indica, mais árvores serão cortadas no centro da cidade

 

Como se não bastasse a devastação ocorrida há poucos meses, surge agora nas ruas forte boato de que a administração municipal irá arrancar as árvores restantes que estão na calçada da Av. Getúlio Vargas, na Alameda Vivi Menezes - antigo parquinho - onde brincavam nossas crianças.

Desta vez a desculpa é a de que elas irão ofuscar a obra (botecos) que está sendo erguida no local. E mais, essas árvores, segundo se comenta, também não seriam mais necessárias, pois a nova praça foi projetada para ser utilizada somente à noite.

 

Uma notícia de doer na alma, já que entre essas árvores encontra-se uma frondosa castanheira que, além de embelezar a paisagem, não causa nenhum dano aparente. Pelo contrário, ajuda a refrescar a praça e a cidade nos dias mais quentes deste abrasador calor raul-soarense.

Aproveitamos esta oportunidade para alertar a administração municipal que, a se confirmar a veracidade dessa decisão, ela não será bem recebida pela população que, mais uma vez, sem ser previamente consultada, vê seu patrimônio ser delapidado e modificado para o favorecimento de uns poucos, em detrimento da maioria das pessoas de bem, que prefere um lazer mais saudável para ela e seus filhos.

Tomara, mesmo, que tudo isso não passe de mais um leviano boato, sem consequências para a população.

Lembramos que este Blog está aberto às justificativas que se fizerem necessárias para o esclarecimento deste episódio. 

Justiça nega corte da centenária Gameleira do Bairro Tarza

Para o desembargador que negou a poda, a gameleira é uma referência da história de Raul Soares

João Henrique do Vale

O Instituto Estadual de Florestas (IEF) não poderá cortar uma gameleira de mais de 100 anos na cidade de Raul Soares, na Região da Zona da Mata. A 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) manteve a decisão de caráter liminar de um juiz da cidade.

A ação foi proposta por uma servidora pública, que queria cortar a árvore sob alegação de que a espécime oferecia perigo para sua residência e a impedia de aproveitar, a seu modo, o imóvel. Além disso, segundo a mulher, a gameleira poderia danificar a rede elétrica. Os possíveis danos foram confirmados pelo IEF.

Um aposentado, morador da cidade, ajuizou ação popular para impedir o corte da árvore. Segundo ele, a gameleira faz parte do patrimônio histórico-cultural e ambiental da comunidade, pois ela tem idade presumida de 150 anos.

O juiz da comarca concedeu então uma decisão liminar impedindo o corte da árvore, porém o IEF impetrou agravo de instrumento para contestar a decisão.

O desembargador Elias Camilo, relator do agravo, entendeu que a poda da árvore não poderia ser autorizada através de liminar, devido à irreversibilidade da medida. Para ele, a gameleira remonta a um tempo anterior à fundação da própria cidade e possui aproximadamente cem anos de idade. Além disso, segundo o magistrado, é uma referência da história do lugar tendo inclusive dado nome ao bairro em que está localizada.

Os desembargadores Judimar Biber e Kildare Carvalho votaram de acordo com o relator.

Portal em.com.br / Jornal Estado de Minas, com informações do TJMG

Prefeitura de Raul Soares corta mais árvores e não dá explicação

A Praça Vivi Menezes (antiga Praça do Parquinho) amanheceu mais pobre e desolada neste sábado (10). Sexta-feira, a prefeitura iniciou o corte de várias palmeiras, deixando a praça cheia de entulhos e mais quente, principalmente agora que está chegando o verão.

Pouco tempo atrás, várias árvores frondosas da alameda foram cortadas e até hoje não se soube o motivo.

Agora, inicia-se um novo ataque à pracinha, também sem explicação. Sabe-se que não foi por causa da colocação das mesas e cadeiras, pois, de acordo com o que ficou estabelecido entre o representante da prefeitura e o do movimento pela volta das mesas nas ruas, não haveria necessidade de retirar as árvores para que as mesas pudessem ser colocadas naquela praça.

O fato é que a cidade que já tem pouca arborização, perde mais um pouco do que havia restado naquela pracinha.

Vamos aguardar uma explicação embasada do assessor de assuntos aleatórios da prefeitura que justifique a necessidade do corte de mais essas palmeiras.

Corte indiscriminado de árvores preocupa ambientalistas

O corte indiscriminado de árvores no centro da cidade está preocupando os ambientalistas raul-soarenses. Se fosse por uma causa justa, seria aceitável. Mas, geralmente, esses cortes acontecem por um motivo esdrúxulo ou de pura comodidade do morador que, às vezes, não querendo ver a sua calçada trincada pelas raízes dessas árvores, solicita o corte da mesmas. Com essa política, dentro de pouco tempo não teremos mais área verde na cidade. É preciso que os moradores se conscientizem de que a arborização, mais do que um ornamento, é uma necessidade crescente para a vitalidade do meio ambiente, proporcionando equilíbrio, além de amenizar o forte calor do verão raul-soarense. Não vamos regredir. A nossa preocupação deveria ser a de arborizar mais ruas para proporcionar, além de mais beleza, melhor qualidade do ar que respiramos. Na foto ao lado, uma árvore cortada recentemente na av. Getúlio Vargas, tentando a sua sobrevivência com o pouco que lhe restou.
Em tempo: Por incrível que pareça, enquanto eu redigia essa matéria mais uma árvore estava sendo cortada, na rua Governador Valadares, em frente à Loja da Deise.