quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Empresário de Viçosa quase perde mais de R$ 43 mil em golpe

imageUm empresário de Viçosa (MG) não se tornou por pouco uma vítima do golpe conhecido como ‘golpe de estorno de depósito’. Se tivesse caído na conversa do estelionatário, o empresário teria perdido mais de R$ 43 mil.

Segundo o empresário, que preferiu não ser identificado, na última quinta-feira (3), um homem telefonou para a empresa onde é proprietário e pediu que uma das funcionárias informasse a conta bancária. A conta seria usada para realizar um pagamento de um dos serviços da companhia prestado a uma cliente.

Com as informações da conta em mãos, o estelionatário realizou um depósito no valor de R$ 43.762,00 no dia seguinte, sexta-feira (4). O empresário informou que quando o golpista fez o contato, não informou o valor que seria depositado.

Horas depois de ter feito o depósito, o estelionatário entrou novamente em contato com a empresa e disse que havia feito o depósito incorretamente. Ele também enviou um comprovante de depósito fraudulento para tentar mostrar que se tratava de um caso verdadeiro. O golpista pediu, então, o estorno do valor depositado.

Desconfiado da conversa do golpista, o empresário pesquisou na internet casos semelhantes e percebeu que estaria diante do golpe de estorno de depósito. Dessa forma, a “quase vítima” ligou para a Polícia Federal (PF), que informou se tratar possivelmente de um golpe. Como o caso envolvia um banco que não era federal, a PF orientou o empresário a procurar a Polícia Militar (PM) ou a Polícia Civil regional.

O empresário tentou ligar diversas vezes para o 190 da PM ao longo da sexta-feira, mas não obteve êxito. Diante da situação, decidiu entrar em contato com o gerente do banco. Por sua vez, o gerente disse ao cliente que a situação se assemelhava a uma fraude e orientou não realizar o estorno.

O gerente explicou ainda que o golpe de estorno acontece da seguinte forma: o estelionatário informa para a vítima a realização do depósito. Entretanto, esse depósito é feito com um envelope vazio ou com um cheque inválido, ou seja, a quantia depositada, na verdade, é inexistente. Quando o estelionatário consegue convencer a vítima a fazer o estorno do valor depositado, o sucesso para o golpista é certeiro. A vítima perde o valor, uma vez que ela não será reembolsada após as 24 horas do depósito, e o criminoso leva a quantia.

Ciente das orientações, o empresário aguardou as 24 horas da realização do depósito para ter certeza que o valor até então bloqueado na conta da empresa seria de fato excluído.

O proprietário da empresa não chegou a fazer registro de ocorrência na polícia.

Procurada pela reportagem do Opção News, a Assessoria de Comunicação da Polícia Civil de Minas Gerais informou que em 2016 e 2017 não houve registro em Viçosa de ocorrências semelhantes ao caso apresentado neste texto. Nossa reportagem também procurou a Assessoria de Comunicação do Banco Bradesco, onde o empresário possui a conta, mas não recebeu nenhuma resposta até a publicação desta matéria.

Sobre o problema com o telefone 190 relatado pelo empresário, a Polícia Militar de Viçosa disse que não vai se manifestar. A orientação da PM é para que o empresário procure o quartel da corporação para iniciar uma apuração do fato.

Com informações do Portal Opção News

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