Um empresário de Viçosa (MG) não se tornou por pouco uma vítima do golpe conhecido como ‘golpe de estorno de depósito’. Se tivesse caído na conversa do estelionatário, o empresário teria perdido mais de R$ 43 mil.
Segundo o empresário, que preferiu não ser identificado, na última quinta-feira (3), um homem telefonou para a empresa onde é proprietário e pediu que uma das funcionárias informasse a conta bancária. A conta seria usada para realizar um pagamento de um dos serviços da companhia prestado a uma cliente.
Com as informações da conta em mãos, o estelionatário realizou um depósito no valor de R$ 43.762,00 no dia seguinte, sexta-feira (4). O empresário informou que quando o golpista fez o contato, não informou o valor que seria depositado.
Horas depois de ter feito o depósito, o estelionatário entrou novamente em contato com a empresa e disse que havia feito o depósito incorretamente. Ele também enviou um comprovante de depósito fraudulento para tentar mostrar que se tratava de um caso verdadeiro. O golpista pediu, então, o estorno do valor depositado.
Desconfiado da conversa do golpista, o empresário pesquisou na internet casos semelhantes e percebeu que estaria diante do golpe de estorno de depósito. Dessa forma, a “quase vítima” ligou para a Polícia Federal (PF), que informou se tratar possivelmente de um golpe. Como o caso envolvia um banco que não era federal, a PF orientou o empresário a procurar a Polícia Militar (PM) ou a Polícia Civil regional.
O empresário tentou ligar diversas vezes para o 190 da PM ao longo da sexta-feira, mas não obteve êxito. Diante da situação, decidiu entrar em contato com o gerente do banco. Por sua vez, o gerente disse ao cliente que a situação se assemelhava a uma fraude e orientou não realizar o estorno.
O gerente explicou ainda que o golpe de estorno acontece da seguinte forma: o estelionatário informa para a vítima a realização do depósito. Entretanto, esse depósito é feito com um envelope vazio ou com um cheque inválido, ou seja, a quantia depositada, na verdade, é inexistente. Quando o estelionatário consegue convencer a vítima a fazer o estorno do valor depositado, o sucesso para o golpista é certeiro. A vítima perde o valor, uma vez que ela não será reembolsada após as 24 horas do depósito, e o criminoso leva a quantia.
Ciente das orientações, o empresário aguardou as 24 horas da realização do depósito para ter certeza que o valor até então bloqueado na conta da empresa seria de fato excluído.
O proprietário da empresa não chegou a fazer registro de ocorrência na polícia.
Procurada pela reportagem do Opção News, a Assessoria de Comunicação da Polícia Civil de Minas Gerais informou que em 2016 e 2017 não houve registro em Viçosa de ocorrências semelhantes ao caso apresentado neste texto. Nossa reportagem também procurou a Assessoria de Comunicação do Banco Bradesco, onde o empresário possui a conta, mas não recebeu nenhuma resposta até a publicação desta matéria.
Sobre o problema com o telefone 190 relatado pelo empresário, a Polícia Militar de Viçosa disse que não vai se manifestar. A orientação da PM é para que o empresário procure o quartel da corporação para iniciar uma apuração do fato.
Com informações do Portal Opção News
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