terça-feira, 18 de julho de 2017

Vereadora de Ubaporanga e assistente social da Apae de Caratinga é denunciada por extorsão

imageUm suposto caso de extorsão foi denunciado ao Jornal Diário de Caratinga. A assistente social da Apae de Caratinga e vereadora de Ubaporanga, Vânia Lúcia Costa Pereira. é acusada de extorquir a mãe de um garoto de três anos, portador de autismo, que mora em Santa Rita de Minas.


De acordo com a denúncia, há menos de um ano, a mãe de uma criança autista leva seu filho toda terça e quinta-feiras para a Apae. A família é muito simples e o marido da vítima ganha apenas um salário mínimo. Para custear os gastos com o menino, que não são poucos, a família recorreu a um recurso da LOAS (Lei Orgânica de Assistência Social), que garante um salário mínimo mensal ao idoso acima de 65 anos ou à pessoa com deficiência de qualquer idade.

Tudo estaria certo se o recebimento do benefício não estivesse condicionado ao pagamento da atuação de um suposto advogado acionado por Vânia Lúcia para que o benefício fosse aprovado. A perícia foi feita no INSS de Caratinga em novembro e dias depois Vânia apareceu com uma carta do INSS, que deveria ter chegado no endereço da família, dizendo que o pedido havia sido concedido. A suposta vítima recebeu o primeiro pagamento no início de abril com o retroativo no valor de pouco mais de R$ 3 mil. Vânia disse que o advogado tinha conseguido tudo, mas a mãe não havia contratado ninguém, não havia fechado acordo com o advogado mencionado pela assistente social. Ainda assim, Vânia cobrou uma suposta dívida de R$ 10 mil da família, dividida em 20 parcelas de R$ 500,00.

A repórter do Diário de Caratinga, Paula Lanes, esteve na casa da mãe da criança. A suposta vítima contou como conheceu a assistente social e como a negociação em torno do benefício de seu filho vinha sendo feita até que uma vizinha a alertou de que que algo estaria errado:

A assistente social de Santa Rita de Minas de Minas, Giane Alves de Paiva Dias, acompanha o caso. A família também já denunciou o fato ao Ministério Público e a mãe foi orientada a não passar nenhum dinheiro para Vânia. Segundo o Sargento Júnior, da Polícia Militar, o caso vem sendo acompanhado há cerca de dois meses:

Os advogados de defesa da assistente social Vânia, Max Capella e Cleunice Sampaio Capella relataram que a profissional tem seu escritório e presta assessoria dentro da área. Max afirmou que Vânia foi procurada pela suposta vítima independente da Apae e informou que a criança se enquadra no quadro de deficiência, porém a renda per capita da família é superior ao exigido para obter o benefício. Vânia então explicou que para montar o processo e encaminhar, o valor cobrado seria de R$ 3 mil e como já tinha perspectiva de ser negado, teria que ser pela via judicial e informou que o advogado poderia cobrar até R$ 7 mil. O benefício foi concedido e a suposta vítima, por não ter visto o advogado, achou indevido.

O advogado diz que a denúncia é falsa e pode ter cunho político, já que o pai da criança ameaçou levar o caso à Câmara de Ubaporanga para que o mandato dela fosse cassado. Segundo Capella, Vânia é funcionária da Apae há 19 anos e nunca se envolveu em nada que desabonasse sua conduta.

Max Capella explicou, ainda, que Vânia devolveu o dinheiro porque ficou assustada com as ameaças do pai da criança, não por achar que houve algo de errado.

radio cidade Com informações da Rádio Cidade

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