sábado, 20 de maio de 2017

Agentes penitenciários são presos suspeitos de facilitar entrada de drogas em presídio de Ipatinga

Agentes cobravam R$ 1 mil para entrada de celulares no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp); outras duas pessoas foram presas

Policia Militar5Quatro pessoas foram presas, entre elas, dois agentes penitenciários na manhã dessa sexta-feira (19) em uma operação do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em Ipatinga e Santana do Paraíso, no Vale do Aço. As prisões são desdobramentos da operação Alcatraz, que investiga o tráfico de drogas e favorecimentos aos presos no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Ipatinga, antes da rebelião e transferência de vários detentos para outras unidades prisionais.

 

Nessa sexta, o Gaeco apreendeu um revólver, nove munição calibre 38, uma munição de ponto 40, uma bucha de substância semelhante a maconha e diversos materiais que serão periciados. Dez pessoas estão sendo investigadas na operação, entre elas três agentes penitenciários.

De acordo com o Gaeco, as prisões temporárias foram expedidas pela Justiça de Ipatinga. Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão. As buscas foram efetuadas nas residências dos agentes penitenciários investigados e de pessoas que poderiam ter envolvimento no esquema. O Gaeco não confirmou para onde os detidos na operação foram levados.

Como funcionava o esquema

As investigações mostram que drogas e aparelhos celulares estariam sendo entregues na unidade prisional intermediados de agentes de segurança. De posse desses celulares, presos continuavam a comandar o tráfico de dentro das unidades, bem como dando ordens para crimes na região do Vale do Aço.

Os agentes cobravam R$ 1 mil para facilitar entrada dos celulares. A investigação mostrou ainda que os agentes conversavam livremente com os detentos por telefones e por aplicativos de mensagem; em caso de uma operação que levasse a apreensão dos aparelhos, essas mensagens e agendas eram apagadas. Os trabalhos foram realizados em conjunto com a Corregedoria da Secretaria de Segurança Pública de Belo Horizonte, acionada pelos promotores de Justiça do Gaeco.

Com informações do G1 dos Vales

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