terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Vereador Ronilson está foragido e, para a Polícia, tem ligação efetiva na suposta organização criminosa

imageCaratinga (MG) - Na manhã dessa segunda-feira (5), o delegado de Polícia Civil, Luiz Eduardo Gomes e a Delegada Regional, Luzinete Maria de Sá, apresentaram detalhes sobre a investigação de um crime de extorsão em Caratinga.



Segundo apresentado, no dia 11 de novembro a Polícia Civil foi acionada e iniciou a investigação do caso de extorsão. A princípio, duas pessoas estariam envolvidas, o vereador Ronilson Marcílio e seu chefe de campanha, Giorge de Carvalho Lima, de 37 anos. Num primeiro momento, o valor pedido foi de 200 mil reais e negociação chegou à quantia de  R$ 85 mil. Posteriormente, a investigação apontou o envolvimento de outros dois indivíduos, Alessandro Augusto Teixeira Pinheiro, de 27 e Bruno dos Anjos Freitas Rabelo, de 33.

“Eles tinham uma organização tão bem preparada que conseguiram colocar uma pessoa do outro lado da cidade com binóculo e filmadora com zoom de longo alcance e desconfiaram da movimentação na casa da vítima.
Organização montada para o crime de extorsão. Todos os dias, a vítima recebia inúmeras ligações exigindo pagamento”, destacou o delegado Luiz Eduardo Gomes.

No dia 29 de novembro a Polícia conseguiu informações sobre a cobrança na casa da vítima. Giorge foi detido em flagrante na residência da vítima, Bruno. próximo à casa e Alessandro preso em Piedade de Caratinga com cópias do material. Alessandro era quem ligava com mais frequência para a vítima, proferindo diversas ameaças.

Prisão de Ronilson

Segundo o delegado, o vereador Ronilson Marcílio tem participação efetiva na suposta organização criminosa, era o elo de ligação e também ia até a casa da vítima fazer exigência do pagamento, simulando uma “ajuda”. “O crime de extorsão é consumado pela prática de exigência e ameaça, isso ele fez por diversas vezes e comprova que ele era um membro da organização, tinha função primordial, só aconteceu porque ele participou disso, só aconteceu porque ele tinha o contato, usava da influência dele para isso e ele exigiu”, acrescentou o delegado.

Os três investigados, Giorge, Bruno e Alessandro foram detidos em flagrante. Segundo o delegado, Ronilson não. Nos dias que antecederam a operação denominada como “Bolso Cheio”, o vereador estava acamado em virtude de um problema no pé. Tal problema fez com que o investigado cessasse seus contatos por aquele período com os demais investigados. Porém, conforme destacou o delegado, no dia em que foi ouvido na Delegacia, a Polícia Civil entrou com o pedido de sua prisão preventiva, por acreditar em seu envolvimento direto com o crime de extorsão e organização criminosa. O pedido foi deferido na última sexta-feira pela Justiça e desde então, como não foi encontrado pelos policiais, o vereador é considerado um foragido.

Ainda de acordo com o delegado, Bruno confessou o crime. Alessandro e Giorge permaneceram em silêncio durante a oitiva e Ronilson teria alegado que nada tinha a ver com o crime, apenas tentava ajudar.

Três dos investigados permanecem detidos no Presídio de Caratinga. Nenhuma quantia chegou a ser paga pela vítima, o padre José Antônio Nogueira.

Com informações da TV Super Canal

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