domingo, 4 de dezembro de 2016

Sem ter para onde ir, idosa e filha vivem há uma semana em cooperativa desativada em Caratinga

imageLágrimas de tristeza e sofrimento. Sem casa própria e sem ter para onde ir, desde o dia 24 de novembro, esta idosa e a filha estão alojadas numa antiga cooperativa, na Rua Doutor Antônio Monteiro de Resende, no bairro Limoeiro.

 

Os poucos pertences que a família tem estão amontoados. No local não tem água e também não tem luz elétrica, a família vive à luz de velas.

image“Não tem dinheiro para comprar vela. Estou sofrendo meus filhos”, disseram em prantos mãe e filha. A família também não tem um botijão de gás nem alimentos para cozinhar. Elas estão se alimentando com a ajuda das pessoas. Maria da Glória Ribeiro, de 71 anos, e Cássia Maria Santos Ribeiro, de 28, se alojaram na antiga cooperativa depois de terem sido despejadas da casa onde moravam de aluguel, na Travessa Sidnei Ferreira, no Limoeiro.

“Eu paguei [aluguel], mas depois ele falou que o tanto que eu estava pagando não era dinheiro, que não ia receber mais e que queria a casa desocupada de qualquer maneira. Não tenho lugar para ir. Estou procurando uma casa para alugar, mas não acho. Acho, porém, não está no meu critério. O aluguel é caro, quer fiador, ninguém quer assinar para ninguém. Eu estou pedindo a Jesus até arrumar um lugar e um servo de Deus para me colocar. Não estou escolhendo casa bonita ou chique não, eu quero ter paz. Não estou tendo como dormir à noite nem de dia descansar”, disse a idosa.

A idosa não recebe aposentadoria. Segundo dona Maria da Glória, a única renda da família vem do benefício da LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social). Porém, a idosa está impossibilitada de receber o benefício porque teve a bolsa com o cartão roubada. “É um benefício pelo LOAS porque nunca paguei INSS. É um salário mínimo, mas não tem décimo terceiro. Me roubaram o cartão e levaram tudo. Venceu o dia de eu receber, fui lá, mas não teve jeito. Eu estou aí pedindo a Jesus e ao povo. Alimentando eles me dão”, disse a Idosa.

“Fiquei sem nada. Não tem o que comer. Tem o fogão, mas não tem o botijão. E roubaram as cestas de alimento da minha mãe para passar o Natal. Nós vamos comer o quê? Cozinhar onde?”, lamentou a filha emocionada.

A família pede ajuda ao governo municipal e para a população caratinguense. O jornalismo do Super Canal reportou o caso para a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SEMDES). Até o momento a equipe de reportagem não obteve resposta.

Com informações da TV Super Canal

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