Por José Geraldo Leal
Praças e Jardins
Você que mora em Raul Soares mui provavelmente ainda não tenha observado com maiores cuidados as praças e jardins do centro da cidade.
Não quero, como sugere Gonçalves da Costa, em um belo momento de sua criação literária, ao fazer a apologia de um passeio com olhos vendados, convidá-los a caminhar de olhos cobertos pelo local. O resultado poderia ser desastroso ante a irregularidade do piso em muitos locais, como no jardim da Praça Dr. Durval Grossi, que há muito tempo está merecendo uma boa reforma. O verde que ali existe até que está bem cuidado e Henrique, o jardineiro, se esmera na limpeza. O coreto, tradicional na praça, também deveria ser objeto de maior atenção. A praça é a sala de visitas de Raul Soares. É uma obra da década de 40, quando prefeito de Raul Soares aquele que lhe dá o nome.
O jardim da Praça Pe. José Domingues é da década de 50, construído na administração do Dr. Luiz Domingos da Silva, político raul-soarense de muito prestígio, com passagem pela Assembleia Legislativa como deputado constituinte, e pelo Tribunal de Contas do Estado, como conselheiro. Naquela praça se localizava a antiga igreja matriz de Raul Soares. Foi construída, quase que simultaneamente à igreja matriz, empenhando-se na sua edificação o operoso Pe. José Domingues.
A fonte luminosa e bustos nela existentes são obras do Prefeito Sotero, na década de setenta.
Os jardins das praças Ade Grossi - Cultura e Vivi Menezes são da década de 90, iniciados pelo Prefeito Wiron e concluídos pelo Prefeito Constantino. Ouso dizer: poucas são as cidades interioranas do porte de Raul Sares com tanto verde na sua área central.
Nos jardins das praças Ade Grossi, da Cultura e parte da Dr. Durval Grossi a administração municipal inovou. Nos bancos dos jardins foram inseridas mensagens de escritores conceituados cujos nomes são citados. Lamentavelmente, uma delas, de autoria do poeta Gonçalves da Costa, foi vítima de vândalos, estando quase que ilegível. Certamente será restaurada como homenagem à memória do poeta e à denominação do local: Praça da Cultura. Diz o poeta:- AS AREIAS DESTA RUA GUARDAM CANTIGAS DE SOL. Visionários, como costumam ser os poetas, não parece até que Gonçalves da Costa anteviu a existência em Raul Soares de uma praça ensolarada - como a Praça da Cultura - como refúgio a um grande momento de sua inspiração poética?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Todos os comentários são moderados e não serão aceitas mensagens consideradas inadequadas.