Por Itagiba Lopes Filho (Gibinha)
De repente, no Luiziana Shopping, em Raul Soares, a cidade mais quente da Zona da Mata, abafada como sempre na estação verão.
Sem combinar pelo face, chego por lá e me encontro com dois Zé. Um atende pela alcunha de Renato Maia e o outro por Maria Peixoto. Resolvemos dar um rolezinho e, todos, acabamos caindo na casa da sorte, que distribui prêmios para quem se arrisca nos jogos de azar bancado pela Caixa Federal. Estava com pressentimento e acabei fazendo um joguinho da quina e outro da mega, afinal esses jogos da sorte/azar estavam acumulados, tentei defender um extra, mas, no dia seguinte, conferindo os resultados, percebi que era apenas mais um pressentimento, não ganhei e continuo na mesma.
Os ´"Zés" que me faziam companhia no rolezinho da sexta-feira à tarde, também me fizeram companhia, tomando assento num enorme banco de madeira de lei. O bate papo rolezinho rolou descontraído e as conversas ao final foram depositados numa lixeira ao lado. Mas, claro que antes, definimos que os juros bancários deveriam ser baixados, Imposto de Renda de assalariado nunca mais e por fim, concluímos que a temperatura da cidade deveria baixar pelo menos uns cinco pontos com urgência. Decisão tomada e cumprida em parte, sábado à noite, domingo pela manhã, uma boa chuva para deixar o clima ameno.
E ambos Zé, despistaram quando pegaram a fila na lotérica, mas, não recordo bem, um deles se aproveitou da fila da terceira idade...
Mas, lá no banco de madeira de lei, continuamos nosso rolezinho, apreciando o vai e vem de moços e moçoilas. Um grupo passou primeiro, uns moços de bonés virados, brincos nas orelhas, celulares ritmados talvez em funk, imaginado isso, pela dança de alguns, outros e outras parece que sintonizavam um rock legal...em seguida surge uma loira de chassi avantajado, short bem apertado ao ponto de quase expor as partes íntimas. Todos que davam um rolezinho por ali, notaram a loira, mas, de repente notei que outros rolezeiros tinham olhares apontados para minha barriga, tremulando com meus passos e a Íngua Umbilical / Epigástrica - não foi nada fácil aprender esses nomes - no compasso, toda pomposa...ai terminei meu rolezinho pelo shopping, resmungando em voz silenciosa: aaahhhh íngua famigerada, sua hora tá chegando...e na terça se tudo der certo, serás extirpada sem dó e piedade. Amém.
Crônica extraída do Facebook (com autorização do autor)
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