segunda-feira, 29 de julho de 2013

Estudantes de medicina de Caratinga são presos por exercício ilegal da profissão

falso-medicoOs estudantes de medicina de Caratinga foram presos em flagrante, após uma operação desencadeada pela Polícia Civil nesta sexta-feira (26/07). Azenclever Eduardo Rogério, de 39 anos, que é formado em fisioterapia, foi detido em Espera Feliz. E Maxwell Martins Cunha de Oliveira, de 29 anos, que é formado em enfermagem em Carangola.

Os dois são acusados de exercício ilegal da profissão por meio de um carimbo médico falso do Conselho Regional de Medicina (CRM). Segundo o delegado Diogo Medeiros, que participou da operação, os estudantes fariam parte de uma suposta quadrilha de falsos médicos que atuavam dando plantões em hospitais das cidades de Espera Feliz, Carangola e Tombos.

“Nós recebemos uma denúncia da Superintendência de Polícia Judiciária de Belo Horizonte, iniciamos a investigação e percebemos a verossimilhança das alegações da denúncia anônima. Realizamos campana no local, e percebemos que de fato havia estudantes de medicina que davam plantões em hospitais do interior do estado”, detalhou Diogo.

O delegado informou que a operação terminou com a apreensão de prontuários de pacientes, carimbos médicos do CRM falsos e diversos documentos. Todo o material será analisado para detalhar ainda mais as investigações. De acordo com Diogo, Azenclever um dos investigados, utilizava o carimbo do CRM em nome de um médico do Rio de Janeiro chamado João Batista, com um número de registro de Minas Gerais.

Edmar Lanes, gerente do hospital de Espera Feliz, disse que não sabia da suposta fraude.

Nos hospitais que Azenclever atuava sem registro médico, o delegado ressaltou que ele recebia por escalas de plantões. Durante a semana, Azenclever ganhava, em média, o equivalente a R$ 500,00 e R$ 650,00. E nos fins de semana, cerca de R$ 1.200,00. Ele trabalhava há dois anos no hospital de Espera Feliz.  A paciente Nilceia Cabral foi atendida e medicada por ele pouco tempo antes de sua prisão. Em nenhum momento ela suspeitou que ele pudesse ser um falso médico.

O Centro Universitário de Caratinga (Unec) já demonstrou preocupação em relação ao caso. Por meio de uma nota oficial, a instituição de ensino informou à reportagem que vai aguardar a investigação policial e consequentemente a conclusão do inquérito para tomar as medidas acadêmicas cabíveis. As investigações terão continuidade pela Polícia Civil das cidades de Espera Feliz e Carangola. Também há suspeitas de que outros estudantes também façam parte da suposta quadrilha. Conforme a Civil, os suspeitos podem responder por exercício ilegal da medicina, falsidade ideológica e identidade falsa.

Com informações da TV Supercanal

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