sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Independência ou Morte!

Por José Geraldo Leal*

Duas são as razões da importância da data de 7 de setembro para o município de Raul Soares.

No dia 7 de setembro de 1822 o príncipe regente D. Pedro voltava de Santos (SP) quando, junto ao riacho do Ipiranga foi alcançado pelo sargento-mor de milícias Antônio Cordeiro e pelo encarregado do correio Paulo Bregaro, que lhe entregaram cartas da princesa real D. Leopoldina e do ministro José Bonifácio de Andrada e Silva transmitindo as notícias trazidas de Lisboa pelo navio Três Corações. Ficou ciente, então, que não seria aprovado pelas Cortes portuguesas o ato adicional à Constituição relativo á organização particular e autônoma do reino do Brasil, com governo e congresso próprios. As Cortes, ainda, declaravam nulo o decreto do príncipe que convocava procuradores- gerais das províncias, e tinham mandado o ministério do Rio de Janeiro e os membros da junta de São Paulo. O príncipe leu os despachos e, após entregar os papéis a seu ajudante, teria dito: “ É preciso acabar com isto!”. Em seguida, a grande galope, avançou para o lugar onde o séquito se achava e exclamou: “Camaradas! As Cortes de Lisboa, querem mesmo escravizar o Brasil, cumpre, portanto, declarar a sua independência. Estamos definitivamente separados de Portugal!”. E levantando a espada, deu o brado que consagrava a emancipação nacional: “Independência ou morte!. Era sábado, cerca de quatro e meia da tarde.

No dia 7 de setembro do ano de 1923, 101 anos depois da Independência do Brasil, o nosso município foi emancipado pelo governador Raul Soares de Moura, com o nome de Matipóo, conforme a Lei nº 843.

A nomenclatura “RAUL SOARES” foi adotada em 19 de setembro de 1924; uma justa homenagem ao criador do município, falecido em 4 de agosto de 1924 no exercício de seu mandato de governador.

*Contabilista, pesquisador, historiador, escritor e colunista do Jornal Regional.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Todos os comentários são moderados e não serão aceitas mensagens consideradas inadequadas.