sábado, 14 de abril de 2012

Parecer do Hospital sobre a paciente Emanuelly de 7 meses

Ponte Nova (MG) - A direção do Hospital Arnaldo Gavazza emitiu na tarde desta sexta-feira, 13, nota a imprensa, onde explica os fatos em que a recém nascida veio a óbito:

DIZ A NOTA:

“A paciente Emanuelly Fernandes Oliveira recebeu o primeiro atendimento no SAMMDU às 7h da manhã do dia 12/04, e, após examinada pelo médico, foi orientada a vir ao Hospital Arnaldo Gavazza. Chegou ao Hospital às 9h20min com a mãe, porém sem nenhum encaminhamento médico de urgência e por ambulância. Ficou aguardando na recepção do P.S, que naquele momento atendia três urgências (esmagamento de mão, acidente automobilístico e um infarto).

Como rotina nestas circunstâncias de sobrecarga, nossa técnica de enfermagem foi à recepção do PS para verificar se o estado de algum dos pacientes que aguardavam atendimento (dentre os quais se encontrava a criança Emanuelly com sua mãe) havia se agravado, porém ninguém se manifestou.

Por volta das 11h, foi feita classificação, sendo constatado que a Emanuelly foi classificada como laranja. Foi socorrida imediatamente pelo Pediatra, com os seguintes sintomas: prostração, cianose, desidratação, sudorese, sem resposta motora e dificuldade de respiração. Durante o atendimento pediátrico, o Hospital prestou toda a assistência necessária a paciente, porem após mais de uma hora de tentativa de estabilização, às 12h40min foi constatado óbito. 

Fonte: Unidade Notícias, com informações da Assessoria de Comunicação, Hospital Arnaldo Gavazza

8 comentários:

  1. Se fosse filha de um "bacana" qualquer de Ponte Nova, teria sido atendido na hora. Essa triagem é um absurdo, enfermeiros não têm competência para diagnosticar gravidade de doença. O hospital trata todos com indiferença, eles não têm pressa em atender, ainda mais se for pelo SUS. Estou revoltada com esse caso.

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  2. Claro que os pais manifetaram sim, pois a criança ja chegou mal ao hospital, necessidades urgências, tava na fila mal, como ninguem manifestou? Qualquer tentativa do hodpital de explicar nao justifica o descaso. Veja como a nota do hospital põe a culpa nos outros. Bandidos! Desumanos!

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  3. Sabe qual a realidade que os nossos governantes deram mais privilegio ao bolsa famila,segurança pulblica e agora a pressão da educação,enquanto isso a saúde vai ficando para traz ai acontece o que esta acontecendo.E a dentencia e piorar pode ter certeza porque:bolsa familia da voto,segurança pulblica tenta passar segurança,educação pela falta de profissionais capacitados o Brasi ta em falta,e a saúde que lucro ela da para os governantes ou ate mesmos para esses administradores de hospital,sendo que quase tudo que usa e descatavel....

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  4. Acredito que Enfermeiro tem sim competência para diagnosticar gravidade, mas parece que quem foi ver se algum paciente agravou foi uma tecnica de enfermagem. Enfermeiro classifica o paciente e isso deve ser realizado logo que o paciente chega ao PS. Sendo assim o Hospital deveria ter mais enfermeiros para esse atendimento, já que é referencia em Urgência e Emergência. Se o caso era de urgência porque o médico que atendeu essa criança primeiramente não encaminhou essa criança com um relatório da situação. Meus sentimentos aos pais.

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  5. "porém ninguém se manifestou..."

    Pois é, a culpa é da menina que não se manifestou. É isso que querem que a gente acredite. É revoltante.

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  6. Manu te conheci uma unica vez e me apaixonai por voce. Hje vce e um anjinho que esta no ceu, tirarao de vce o direito de crecer e ser feliz. que deus arreceba de braços abertos e que seus pais tenham forças pra continuar aviver sem vce. Em especial a sua mae que so ela sabe a dor de perder um filho. onde estiver sorria,brinque se puder,e de força a seus pais. PATRICIA DE PIEDADE DE PONTE NOVA.

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  7. a culpa sempre cai em hospitais e atendentes, o ideal seria ouvir as duas verçõs pra ver oq realmente aconteceu, .....milhares de pessoas deixam agravar o problema pra depois procurar recursos é o que penso

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  8. Não sou de ponte nova nem dá região, porém esse fato me chamou atenção. Primeiramente gostaria de AFIRMAR que o enfermeiro (nível superior) é considerado o profissional mais adequado para a realização do acolhimento com classificação de risco, uma vez que sua formação acadêmica é voltada para os sinais e sintomas. Dessa forma, aqueles que tem criticado a presença de enfermeiros nesse cargo deveriam informar em artigos científicos para repensar suas opiniões. O enfermeiro na ponta dos serviços de emergência devem além de ter capacitação específica para o exercício da classificação de risco, deve acima de tudo ter visão clinica, para discriminar rapidamente os pacientes de maior risco clinico, minimizando complicações decorrentes da demora por atendimento médico. Nessa caso o que percebo que está errado consite na demora pela classificação de risco da criança na unidade, uma vez que o protocolo de manchester estabeleci um tempo médio de 10 minutos para a realização da triagem após a entrada dos pacientes no serviço, e nesse caso a enfermeira somente classificou a criança após 1 hora e 40 minutos. Acredito que nessa unidade de urgência há apenas um enfermeiro que é responsável pelo setor e que não existe um exclusivo para a classificação de risco, logo a demora pela realização da mesma. Isso sim é complicado, pois o enfermeiro responsável pelos atendimentos na sala de emergência jamais poderá ser o mesmo da triagem, uma vez que situações como essa podem acontecer. Dessa forma, sinto-me triste em ver a enfermeira sendo autoada com "culpada" pelo obito, uma vez que estava em atendimento de emergencia, mas o hospital deve se responsabilizar, haja vista que não possui em seu serviço um enfermeiro específico para a realização da triagem, o que com certeza levou a complicações do quadro clinico da criança. Vale pensar que a criança após classificação de risco, foi classificada como laranja, ou seja, o tempo maximo que deveria esperar seria de 10 minutos após a triagem, mas essa só aconteceu 1:40 minutos depois da entrada da criança. Então é ai que está o problema.

    Sugestão: Para que novos casos tristes como esse não voltem a acontecer, faz-se necessário a colocação de um enfermeiro, e não técnico em enfermagem, na posição de classificador, realizando a avaliação com no máximo 10 minutos após a chegado do paciente a unidade. Assim teremos unidades de urgências melhor gerenciadas e com diminuição dos problemas decorrentes da demora da avaliação e atendimento médico.



    Obrigado pelo espaço


    Afeituosamente

    Fernando Pereira Chaves
    Graduado em Enfermagem-UFVJM
    Enfermeiro do Pronto Atendimento da SCCD.

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