No Comando. Maria das Graças Foster está há 32 anos na Petrobras, onde começou como estagiária
A mineira de Caratinga Maria das Graças Silva Foster, 58, será a primeira mulher a presidir a Petrobras, a maior empresa o país e oitava maior do mundo. Ela deve assumir em fevereiro. Depois de um fim de semana de especulações, a Petrobras confirmou ontem que o presidente do Conselho de Administração da companhia, ministro Guido Mantega, vai indicar, no dia 9 de fevereiro, a atual diretora de Gás e Energia da empresa, conhecida no mercado como Graça Foster, para o cargo máximo da companhia.
A substituição do comando de José Sérgio Gabrielli por Graça Foster já era esperada pelo mercado, devido ao perfil técnico dela, bem ao estilo da presidente Dilma Rousseff, de quem é amiga desde 1999. Indicado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gabrielli, que está há quase sete anos à frente da companhia, deve assumir um cargo no governo Jaques Wagner, na Bahia, e, depois, disputar as eleições em 2014 para o governo do Estado ou para o Senado. A especulação sobre a saída de Gabrielli vinha acontecendo desde o ano passado, devido às aspirações políticas dele.
Com uma rotina de trabalho de quase 14 horas por dia, Graça Foster está na Petrobras há 32 anos, depois de ter começado na estatal como estagiária. Engenheira química com pós-graduação em engenharia nuclear pela UFRJ, Graça Foster é considerada uma das 50 mulheres em ascensão no universo dos negócios em todo o mundo, segundo o jornal inglês "Financial Times", e está entre as dez executivas mais poderosas da América Latina, segundo a revista "America Economia", publicação sobre economia, finanças e negócios na América Latina, do Chile.
Ela tem pela frente vários desafios no comando da Petrobras. Um deles é atender às expectativas do setor industrial de Minas Gerais. O presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado, torce para Graça Foster ser uma boa presidente da Petrobras e cumprir os compromissos com Minas Gerias. "O Estado é o segundo mais importante consumidor de derivados de petróleo do país", disse Machado, referindo-se a ela como uma técnica competente. "Poderíamos ter mais valores agregados de petróleo em Minas Gerais", disse Machado, referindo-se à instalação de um polo acrílico e ampliação da refinaria Gabriel Passos, em Betim, que já não atende a demanda de Belo Horizonte e região. "Ela e a Dilma são mineiras importantes para Minas Gerais", disse Machado.
Gabrielli tinha divergências com Dilma
Brasília. Segundo executivos da Petrobras, ficou acertado no final do governo Lula que Sérgio Gabrielli iria permanecer no cargo de presidente da estatal por um período de transição no governo Dilma, com quem sempre teve uma relação conflituosa e divergente quando ela era ministra-chefe da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobras.
Para Gabrielli, chegou o momento de "fechar o ciclo". Ele desmente qualquer atrito com o governo. "Não tenho nenhuma informação de nenhuma notícia de uma mudança com tensão ou problemas", disse.
Fonte: O Tempo
Quem segura estas mulheres?
ResponderExcluirQue bom que as mulheres brasileiras estão tratando, e bem, da administração do nosso país! Eu não gosto de falar em direitos desta ou daquela categoria, porque nunca dividi nossa sociedade, em se tratando de cidadania. Mas parece que a mulher tem a característica de ser mais definida, naquilo que escolhe. Onde elas não têm oportunidade, ainda costumam encontrar uma forma de atuação. O texto abaixo se originou de uma notícia que vi nos jornais.
GREVE DE SEXO
As mulheres quenianas politicamente engajadas estão fazendo uma campanha para que todas as compatriotas façam uma greve sexual de uma semana. O objetivo é comover os companheiros para que se unam pela solução dos problemas sociais do seu país. A orientação é que, quando procuradas sob o aconchego do edredom, elas digam apenas:
- Querido, você pode fazer alguma coisa pelo Quênia?
Não sei se anda havendo alguns furos (sem trocadilho), mas o movimento está bem organizado e dispõe de recursos para remunerarem as suas companheiras que tem o sexo por profissão, a fim de que elas façam (ou não façam) a sua parte.
Uma semana sem!... Já imaginaram o que é isto? “Faremos o que quiserem, mulheres. Por vocês, somos capazes de declarar guerra aos Estados Unidos e até mesmo de deixar de ir ao Brasil, participar da corrida de São Silvestre...”
Eh..., as mulheres têm o poder nas mãos e às vezes o trazem bem escondido em outras partes da sua anatomia, para as ocasiões especiais. E fica por aqui a interpretação jocosa de que não pude escapar, para fazer coro à nossa lógica habitual, capaz de transformar tudo em “papo-de-buteco”. Na realidade, a questão é bem real e bem outra.
A mulher tem o poder de transformar a humanidade, de muitas formas. A sua tenacidade e disposição para o desempenho de tarefas múltiplas é conhecida e reconhecida. Desde a fatídica maçã, até as nossas atuais executivas, a mulher puxa, junto com o homem, a composição da história, não sendo raro perceber o eixo de tração bem deslocado para o seu lado. Houve um tempo em que eram relegadas a figuras decorativas, quando todas as decisões cabiam ao universo masculino. Saíram-se bem também nesta tarefa. Hoje, em que as equações domésticas fugiram ao controle do homem, vem ela assumindo mais este “roçado” na nossa lavoura cultural.
O corpo social não difere do nosso corpo individual. Também nossos projetos individuais precisam de todo o nosso arsenal de possibilidades trabalhando conjuntamente. O corpo que trabalha com o martelo, computador ou similares, é o mesmo que ama, com as ferramentas da alma. Juntas elas podem transformar o mundo. Para se obter êxito nas empreitadas humanas é necessário que todos se engajem nos propósitos coletivos. O manifesto das mulheres quenianas nos lembra que seremos imbatíveis se usarmos tudo, de todos, na busca de resultados consensuais estabelecidos na harmonia.
Jaeder Teixeira Gomes