segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Riqueza x Pobreza

Por Nélio Azevedo



No ano de 2001 eu estava na faculdade e o meu professor de Política, Marco Cepik, foi substituído, pois, aceitara o convite para fazer parte de um seleto grupo de pessoas escolhidas pelo Congresso dos Estados Unidos para fazer um curso e se tornar uma espécie de reserva moral, intelectual e acadêmica para o caso do mundo, digo República e Democracia, ficarem em perigo de extinção.

Hoje lendo a coluna do Paul Krugman, no Jornal O Tempo, “Oligarquia estilo norte-americano”, eu fico preocupado e pensativo a respeito do tema. Segundo ele, toda a sociedade norte-americana está em perigo. O dito colunista, ganhador do Nobel de Economia em 2008, não iria dizer isso à toa. Vejamos alguns dados que estão incomodando os mais argutos jornalistas e intelectuais de lá, pela primeira vez na história daquele povo, mais da metade da população dos Estados Unidos é de classe média ou baixa, deixando de ser considerado um país de classe média como eles sempre diziam; também que de forma inédita, os filhos da maior parte da população irá ter uma vida pior do que a dos pais, o que não ocorrera nem nos difíceis tempos da crise de 29 nem na época da II Grande Guerra; que o emprego hoje é tão difícil para quem tem uma ou mais especialidades do que o é para quem não tem diploma de faculdade.

Aí vem o dado mais importante: a concentração de riqueza e renda se tornou mais concentrada nas mãos de uma minoria tão ínfima que põe em cheque os dados do Gabinete de Orçamento do Congresso e o que a mídia noticia ou tenta desmentir, como os dados colocados pelo movimento “Occupy Wall Street”. A renda desse seleto grupo cresceu mais de 400% de 1997 a 2007. Já imaginaram o que é 1% deter em suas mãos mais renda do que 80% da população do país e, que 70% dessa riqueza que está nas mãos de 1% da população?

Quando escuto que o Brasil é o país com uma das piores distribuições de renda do mundo fico preocupado, pois, faço parte dessa população, só que, essa disparidade vista aqui em Pindorama não afeta em quase nada o andar da carruagem que conduz a economia mundial; já eles, que consomem 40% de tudo que é produzido no mundo, se não recuperarem a economia nem derem conta de sair desse atoleiro em que se meteram, se eles não suportarem a concorrência chinesa dentro dos seus domínios, o mundo todo tá ferrado. Aí, tchau Cepik.

O que as pessoas não querem admitir é que está estabelecida uma guerra da Riqueza contra a Pobreza, dão nomes diversos a esse fato, Guerra Santa, Jihad Islâmico, Muito Educados contra os Sem-educação ou qualquer nome que quiserem; o fato é que um país que cria um déficit na economia dele de 4 trilhões de dólares para sustentar uma estúpida guerra contra Iraque e Afeganistão, não me deixa mentir. Agora o mundo todo paga pela insanidade do Bush e sua camarilha, o que me deixa com vontade de acreditar naquele reporte norte-americano que afirma que o atentado de 11 de setembro foi uma farsa e, me deixa com uma vontade maior ainda de acreditar na existência do Diabo.

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