Durante a manhã de ontem os moradores protestaram contra a retirada de lombadas – construídas com o objetivo de reduzir o número de acidentes – e foram removidas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de transportes (Dnit), que coordena e fiscaliza obras de recuperação da rodovia.
O diretor do órgão, em Caratinga Milton Genelhu, disse que o projeto visava à retirada dos redutores de velocidade e a instalação do radar, o que já foi feita.
A população fechou a BR colocando fogo na pista para interditar a passagem dos veículos, no sentido a Realeza; a consequência foi a retenção do tráfego em mais de oito quilômetros de carros e no sentido contrário, rumo a Caratinga, mais ou menos, dois quilômetros. Mais de duas mil pessoas estavam às margens da rodovia com faixas pedindo a construção dos quebra-molas. “Radar arrecada dinheiro e quebra-molas salva vidas, queremos segurança refaçam os quebra-molas”, dizia uma delas.
Depois de duas horas os manifestantes liberaram os carros de passeio, já os caminhoneiros tiveram que ter um pouco mais de paciência.
O caminhoneiro Arnaldo Apolano de Jesus disse que dá total apoio a população, pois o trecho é perigoso e só o radar não inibe os motoristas que passam em alta velocidade. “O Dnit tem que colocar a lombada e o radar; só assim vai evitar acidentes, passo aqui três vezes por semana e conheço bem o trecho”, disse Arnaldo.
O vereador Altair Nunes Ferreira disse que em dois dias sem os redutores de velocidade aconteceram três acidentes. “O povo está querendo os quebra-molas e segurança na hora de atravessar a BR. Queremos evitar mortes”. Ele lembra que antes dos quebra-molas foram registrados muitos acidentes, alguns graves; e que os redutores foram feitos depois de reivindicação popular. “Agora que retiraram eles novamente os acidentes voltaram; queremos o radar e a lombada”, enfatiza o vereador.
Diário de Caratinga
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