Deu no Jornal

Por Nélio Azevedo

Minas entra no circuito do PCC, só que é uma versão mineira dessa facção. Numa surpreendente revelação e uma demonstração de frieza e coragem, o bandido Cleverson, de 27 anos, preso numa penitenciária da grande BH, nos conta que seria responsável pelo incêndio de 11 ônibus e que tinha planos de matar agentes penitenciários e de explodir alguns viadutos do complexo da Lagoinha, ilhando o cento da cidade. Agora temos terroristas bem perto, pois, a dinamite suficiente para executar tal plano fora apreendida na semana passada em poder de algumas pessoas, entre elas um adolescente.

O argumento dele é o mesmo do Marcola quando criou o PCC: se os seus companheiros fossem molestados nas penitenciárias, eles retaliariam matando agentes penitenciários; promoveram aquele horror na cidade de São Paulo, colocando em cheque o Governador do Estado e a própria polícia. O que assusta é que tudo partiu de dentro da cela, através de um celular que Deus sabe como foi parar lá dentro.

Uma professora da rede pública de Natal, RN, teve a coragem de colocar sua cara num vídeo feito numa audiência pública na casa legislativa daquele Estado denunciando as terríveis condições em que atuam os professores e, colocando o dedo na ferida, expôs de forma inteligente e simples os porquês do nosso atraso e as consequências disso.

Ela fez o que outros educadores nunca tiveram coragem nem lhes foi oferecido o espaço para tal, provavelmente, será um dos vídeos mais vistos no You Tube. Agora só nos resta saber o que o Estado irá fazer para minimizar os efeitos desse tsunami e, qual será sua resposta ao questionamento colocado. Parabéns a essa guerreira, a essa brasileira que não foge à luta.

E aquele digníssimo senhor, Diretor do FMI que estuprou a camareira do hotel de luxo onde estava hospedado? Será solto mediante o pagamento de uma fiança de U$ 1 milhão. Curtiu sua semana no xilindró como qualquer simples mortal. Só acho que o dinheiro da fiança deveria ser dado à moça que sofreu a violência sexual.
Como sempre, o advogado do figurão já traçou sua estratégia em cima da possibilidade de acusar a vítima de ser a culpada, de ter consentido o ato. Uma vergonha!

Nos mesmos moldes do figurão do FMI e daquele costureiro maluco, num total desprezo pelos mortos e consequências advindas da ação dos nazistas na Europa com a II Grande Guerra, o cineasta dinamarquês Lars Von Trier acabou por ser expulso do Festival de Cannes, na França, por tecer elogios ao Mentor espiritual dos carecas e neo-carecas do mundo inteiro, Adolf Hitler. Uma mente doentia que se espelha no doente mor, daria nojo se não desse medo, afinal, ele teve a coragem de se revelar, outros tantos seguem praticando seu violento desprezo por negros, judeus e miscigenados mundo afora.