Mostrando postagens com marcador fraude. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador fraude. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Ligações telefônicas entre golpistas e supostos clientes de fraude em vestibulares de medicina revelam detalhes do esquema

A TV Super Canal teve acesso a algumas das escutas telefônicas utilizadas na investigação da Polícia Civil


Caratinga (MG) - Após a investigação idealizada pela Polícia Civil de Caratinga e um operação sincronizada denominada de Hemóstase, que aconteceu em 17 cidades de Minas e do Rio de Janeiro,  a Polícia conseguiu desarticular um esquema criminoso de fraude em vestibulares de medicina. O saldo foi de vinte e uma pessoas detidas, mas a suspeita é de que mais pessoas estejam envolvidas no esquema, como adiantou o delegado Fernando Lima.

Todos os detidos já foram ouvidos. A Justiça concedeu a prorrogação dos mandados de prisão temporária de seis e os demais conseguiram a liberdade durante este novo processo de investigação. O Super Canal teve acesso a escutas telefônicas, concedidas e autorizadas pela Polícia Civil de Minas Gerais, que são provas contundentes e ajudaram os policiais na desarticulação do esquema.

Em uma das gravações a negociação é explícita e há garantias de ingresso em pelo menos duas instituições do estado do Rio de Janeiro.  A cliente tenta negociar a forma de pagamento, mas em vão,  o valor é R$ 120 mil e à vista.

CLIENTE = Você não conseguiu fazer o negócio do cheque pra mim, não?

GOLPISTA = Não  tem como. É certeza, absoluta que  vai entrar. Você pode ficar despreocupada.

CLIENTE =  E qual que é o lugar mais garantido que você falou? É a Unig de Itaperuna e a Unig do Rio.

CLIENTE: Quanto que tá Itaperuna?

GOLPISTA = É 120.

CLIENTE: Ela quer adiantando.

GOLPISTA = Tem de ser tudo adiantado pro nome sair na lista, senão não vai fazer pra ninguém.

Em outra escuta telefônica foi flagrada a conversa de uma das suspeitas detidas durante a operação, a jovem Sergiane, detida durante a operação, passava orientações de como proceder com as ferramentas oferecidas no esquema. Neste caso, o aparelho de telefone celular.

GOLPISTA =  A primeira coisa que você tem que saber. Você vai pegar o celular. Você vai colocar no silencioso, não coloca nem para vibrar não. Por que? Se a cadeira for de madeira, vai fazer o maior barulho. Você vai colocar ele dentro da calcinha, no zíper. Geralmente eles “está” com detector, mas eles só passam o detector na hora que entram.

CLIENTE: Tá!

GOLPISTA = Aí, passa bem superficial porque a fila tá grande, então eles não vão ficar passando, revirando pra baixo e pra cima. Se por acaso apitar, vai ser o zíper, vai ser o… como que chama? O botão da calça, o cinto. A resposta vai chegar com uma hora antes de terminar a prova.

Pela conversa é possível entender parte do esquema. Um falso concorrente irá fazer a prova e posteriormente passar as  informações do gabarito para os clientes.

GOLPISTA =  O que acontece? Quem tá fazendo não vai tá fazendo em Belo Horizonte, vai tá fazendo lá em Caratinga. Isso, você copia em menos de 5 de minutos você passa para o gabarito.

CLIENTE: Mas aí eu teria que ver o gabarito na sala mesmo?

GOLPISTA = Isso. Você coloca no meio da perna e vê.

Em uma outra conversa entre um dos suspeitos de participação direta no esquema, Quintino Ribeiro Neto, de 63 anos, explicita a oportunidade de fraude no vestibular que é oferecida a uma possível cliente.

CLIENTE: Mas que jeito que é, celular mesmo?

GOLPISTA =  Arrumaram um celular agora que não tem alto-falante. Tira ele e só recebe msg, o detector de metal não pega ele. A negociação é para uma instituição de Teresópolis e Faminas

CLIENTE: E assim tá quanto ainda? Mesmo preço?

GOLPISTA = Subiu um pouco, para você eu faço..você paga 35 mil. Tá 50 mil agora.

CLIENTE: Eu vou tentar. Pode me chamar que eu vou fazer.

Conforme está sendo apurado pela Polícia, em um esquema de oferta de vagas entre R$ 35  a R$ 150 mil, os envolvidos no esquema e responsáveis por captar os alunos ganhavam em torno de R$ 10 a R$ 15 mil. O estudante de Medicina da Unec, que cursa o décimo período, Azenclever Eduardo Rogério, de 39 anos, é quem aparece nas escutas comemorando o dinheiro fácil, conforme a suspeita da Polícia.

GOLPISTA = Faz um…Faz um! Seu irmão preto acabou de pegar

OUVINTE: 10 mil…  10 mil…

GOLPISTA = Vou falar um negócio pra você

OUVINTE: Vai gastar tudo…

GOLPISTA =  Até troquei pneu, transferi…fiz tudo por conta hoje. Agora é só brotar, só brotar. Vou falar com você eu nunca ganhei este dinheiro mais fácil deste jeito não. Esse foi fácil.

Com informações da TV Supercanal - Caratinga

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Estudantes de medicina também usavam esquema para passar de ano

clip_image001Caratinga (MG) - Escutas telefônicas feitas pela polícia com autorização da Justiça revelam como funcionava o esquema criminoso que fraudava vestibulares em 11 instituições de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. Na terça-feira (3), estudantes, médicos e empresários foram presos na operação "Hemóstase".

De acordo com a investigação, depois de entrar na universidade, os estudantes também usavam os serviços da mesma quadrilha para conseguir passar de ano.

As prisões ocorreram em Caratinga, Governador Valadares e Ipatinga, no Leste de Minas Gerais, e no interior do Rio de Janeiro.

“A gente percebeu que essa pessoa ingressava por fraude, permanecia na fraude durante seis anos e posteriormente está apto a obter o CRM e a realizar os procedimentos médicos, pondo em risco a saúde pública”, afirma o delegado Fernando Lima.

clip_image001[4]A tecnologia era um dos atrativos durante a negociação com os candidatos, e os equipamentos usados pela quadrilha surpreenderam os investigadores. Segundo a polícia, os celulares eram de plástico, não tinham partes metálicas. Os fraudadores também ofereciam aos candidatos pontos eletrônicos. O receptor ficava escondido em uma carteira.
“Eles arrumaram um celular agora que não tem alto-falante não, viu? Só aparece a mensagem. Então detector de metal não pega ele”, afirma o criminoso em um das gravações.

O valor cobrado por uma vaga no curso de medicina chegava a R$ 130 mil. Quem pagava recebia treinamento antes de fazer a prova. Imagens mostram candidatos e integrantes da quadrilha se reunindo dentro de carros, onde, segundo a polícia, os candidatos recebiam as instruções da fraude. As respostas eram enviadas por telefone.

Golpista: Você vai pegar o celular, vai colocar ele no silencioso e na calcinha, no zíper. Porque se geralmente eles passam com detector, mas eles só passam detector na hora que entram.

Estudante: Como que eu vou fazer para tirar da calcinha e colocar debaixo da perna?

Golpista: Vai ter duas horas para você levantar devagar. Não vai precisar fazer correndo não. Vai levantando devagar no meio da cadeira, joga o corpo para lá, para cá e vai tirando.
De acordo com o delegado Luiz Eduardo Gomes, a quadrilha ainda enganava alguns estudantes que acreditavam ter passado no vestibular. Hackers eram contratados para incluir o nome dos candidatos que pagaram na lista de aprovados.
“Só se alterou o site que foi publicado o resultado, o site da empresa que publicou o resultado. Então essas pessoas tão logo chegaram na universidade descobriram que não foram aprovadas e isso gerou uma grande frustração”, afirma o delegado.

Um das gravações mostra a reação de uma estudante enganada, que já tinha até comemorado aprovação: “Você me falou que o negócio era garantido e isso é uma furada das grandes. Era óbvio que se o sistema fosse hackeado eles iam descobrir e arrumar de novo. A gente fez festa, um monte de coisa. Pois é. O que eu falo agora?”, questiona.

Os que conseguiam entrar na faculdade continuavam usando os serviços da quadrilha para passar nas matérias do curso de medicina.

Golpista: Está me ouvindo?

Estudante: Estou

Golpista: Vou falar a número 3: Aberta. Vou começar a ditar agora. Olha, devagarzinho. Por ser um medicamento ácido... Pegou? Tosse. A número 1: Fechada. É letra A. A número 2: fechada. É letra E, de elefante.

O esquema descoberto prendeu 21 pessoas em 17 cidades de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. Com a quadrilha foram encontrados R$ 300 mil em dinheiro e US$ 25 mil. De acordo com a polícia, o dinheiro seria do pagamento pelas fraudes.

Ao todo, 11 instituições de ensino foram investigadas durante nove meses. A polícia agora quer saber se funcionários das faculdades estão envolvidos no esquema. Além de estudantes, estão presos médicos e empresários que, de acordo com as investigações, também participaram das fraudes.

“São pessoas que têm um grande poder econômico, que gastavam muito para entrar na universidade e para se manter na universidade. São pessoas despreparadas para exercer a medicina”, afirma o delegado Luiz Eduardo Gomes.

O Conselho Federal de Medicina disse que espera que o caso seja apurado e que os responsáveis sejam punidos.

Presas ganham liberdade

Três mulheres que foram presas durante a operação "Hemóstase" foram liberados pela Justiça nesse sábado (7), para responder o processo em liberdade. Elas são suspeitas de participar do esquema que fraudava vestibulares em faculdades de medicina do Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Elas foram presas temporariamente e tiveram liberdade concedida por colaborarem com as investigações em depoimento e também porque foi comprovada menor participação delas no caso.

Portal Caparaó, com informações do G1 Minas Gerais / Bom Dia Brasil

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Polícia Civil desarticula esquema de fraude em vestibulares de Medicina

clip_image001Caratinga (MG) - Uma quadrilha que movimentava milhões de reais na venda de vagas em cursos de Medicina em faculdades particulares mineiras e fluminenses foi desbaratada, nesta terça-feira (3), pela Polícia Civil de Minas Gerais. Além do funcionário público aposentado Quintino Ribeiro Neto, de 63 anos, e Maria Aparecida Calazani, de 37, considerados coordenadores do grupo, outras 19 pessoas foram presas. Com a quadrilha foram apreendidos cerca de R$ 500 mil em dinheiro, sendo U$ 25 mil, celulares, documentos, pontos eletrônicos, munições de uso restrito e um veículo de passeio.

Denominada “Hemóstase” (conjunto de procedimentos cirúrgicos para estancar uma hemorragia), a operação foi iniciada há oito meses pela Delegacia Regional de Caratinga, sede da comarca judicial que expediu 21 mandados de prisão e outros 32 de busca e apreensão. Uma equipe de 180 policiais se dividiu entre 17 cidades de Minas e do Rio de Janeiro, utilizando 38 viaturas e um helicóptero.

“As prisões e apreensões fecham uma etapa importante da investigação, mas o trabalho não termina aqui. Pelo contrário, vamos aprofundar os levantamentos a fim de solidificar ainda mais a nossa convicção de que desvendamos um esquema criminoso altamente rentável e que permitia a entrada de profissionais despreparados no mercado da Medicina”, explicou o superintendente de Investigações e Polícia Judiciária, delegado Jeferson Botelho, que supervisionou a operação.

As investigações apontaram que a organização criminosa auxiliava o candidato a ingressar ilicitamente no curso de Medicina, cobrando pelo “serviço” valores que variavam entre R$30.000,00 a R$140.000,00, dependendo da modalidade de fraude utilizada. O método podia ser aplicado por meio de telefone celular, ponto eletrônico, vaga direta, terceiros que faziam a prova no lugar do candidato ou pela falsificação de históricos escolares.

Prisões

Além dos líderes, foram detidos José Cláudio de Oliveira, de 41 anos, incumbido de angariar candidatos; Rômulo de Abreu Neto, de 56, fazendeiro e um dos contatos para a modalidade direta da fraude; Mirela de Souza Faria, de 33 anos, e Samyra Sarah Marques, de 26, ambas que após terem ingressado na faculdade de Medicina passaram a angariar clientes para a quadrilha.

Os policiais prenderam ainda Talytta Cristine da Silva, de 26 anos, e Spencer Almeida de Oliveira, de 22, candidatos que exerciam a função de intermediadores. O estudante de Medicina e fisioterapeuta Azenclever Eduardo Rogério, de 39 anos, e a médica Micheline Vieira Ribeiro também tiveram seus mandados de prisão cumpridos, assim como os integrantes Eduardo Carlos Pereira, Michela Vieira Ribeiro Pereira, Shirlene Teixeira Reis Vieira e Lorena Rocha Marques, de 22 anos.

Também foram presos no Rio de Janeiro o estudante de Medicina Marcelo Alves Vasconcelos, de 25 anos, Sergiane Rodrigues Calazani, de 32, Antônio Camillo de Souza Neto, de 39, Gláucia Adriana de Carvalho Peixoto, de 44, a dentista Evanelle Franciane de Souza, Nathalie Franco Savino, de 30, e Jorge Rodrigues de Oliveira, policial reformado do Rio, de 60 anos.

As instituições envolvidas como vítimas são a Unipac de Juiz de Fora, PUC e Faminas de Belo Horizonte, Unec de Caratinga, UI de Itaúna, Unig de Itaperuna e Nova Iguaçu (RJ), Unifeso de Teresópolis (RJ), FMP de Petrópolis (RJ), Univaço de Ipatinga e Funjob de Barbacena. Elas serão investigadas na modalidade da venda direta. Os presos por envolvimento no esquema poderão responder por crimes como Associação Criminosa, Fraude de Certames de Interesse Público, Estelionato, Falsificação de Documentos Públicos e de Documentos Particulares, Falsidade Ideológica, Falsa Identidade e Lavagem de Dinheiro.

Coordenação em Caratinga

O esquema conta com cinco coordenadores para a atuação nos dois estados. Lorena Rocha é suspeita de ser uma coordenadora do esquema em Caratinga, ela é apontada pelo repasse de informações sobre o vestibular. A jovem de 21 anos seria estudante da Unec.

 

Com informações da TV Supercanal - Caratinga

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Cinco são presos tentando fraudar exame de legislação em Manhuaçu

Dois homens tentaram fazer a prova para outras pessoas. Um dono de autoescola foi responsável pela intermediação e um dos candidatos que pagou para receber resultado positivo do exame também foi preso

Cinco homens foram preso por fraudar uma prova de legislação de trânsito em Manhuaçu, na Zona da Mata de Minas Gerais. Dois deles tentaram fazer a prova para outras pessoas e receberam dinheiro para aplicar o golpe no Ciretran da cidade.

Júlio César da Silva Miranda e Carlos Magno Nogueira de Souza foram presos em flagrante tentando fazer o exame com nomes falsos. Além deles também foram presos o dono de uma autoescola Francisco Caetano da Silva, o intermediador Ronisvaldo Henrique Moreira, e o candidato a motorista Antônio Domiciano Aguiar, que pagou para obter o resultado do exame de forma fraudulenta.

Na tarde de quarta-feira, a banca examinadora do Detran identificou Júlio César e Carlos Magno usando documentos adulterados e se passando por outros candidatos. As carteiras de identidade tinham fotos trocadas. Júlio César levantou a suspeita dos examinadores quando foi questionado sobre sua cidade natal e teve dúvida na resposta. Ele tentou fazer a prova para Antônio Domiciano e receberia R$ 500 pelo serviço. Carlos foi flagrado na tiragem de impressão digital tentando fazer a prova para Roberto Cláudio da Silva e receberia R$ 300 pela fraude.

Com a prisão dos dois, a polícia coletou informações chegando ao outros três envolvidos. Os candidatos Antônio Domiciano e Roberto Cláudio, pagaram R$ 1.200 pela promessa dos intermediários, Francisco e Ronisvaldo, de conseguir resultado positivo no exame. De todos os envolvidos, apenas Roberto não foi preso. Os detidos estão no Presídio de Manhuaçu e podem responder por estelionato, falsidade ideológica, entre outros crimes.

Com informações do em.com.br

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Justiça vai decidir sobre validade de concurso público realizado pela Câmara de Raul Soares

De acordo com uma matéria publicada neste sábado (12) no Blog Regional Raul Soares, parece que a Justiça finalmente vai colocar um ponto final neste caso de suposta fraude em um concurso público realizado pela Câmara Municipal de Raul Soares.

Segundo o blog, em dezembro de 1998, o Ministério Público ajuizou Ação Pública nº 0540.04.001143-4 de nulidade de concurso público com pedido de liminar em desfavor de Joaquim Mariano de Souza, então presidente da Câmara; Magnus Auditores e Consultores-BH, empresa realizadora de tal concurso; Márcio Gomes Santana, Denise Meneses Lopes Alves, Maria da Penha Fernandes Arruda e Lucilene de Jesus Pires.

O concurso foi realizado pela Câmara Municipal de Raul Soares em 15 de novembro daquele ano para preenchimento de quatro vagas.

Segundo denúncias do Ministério Público, somente foram aprovadas pessoas que já trabalhavam na Câmara e/ou que possuem ligações familiares ou de amizade com o presidente da mesma, caracterizando que o concurso foi fraudulento e realizado para beneficiar essas pessoas, além da quebra de sigilo das provas aplicadas.

O pedido de liminar é para suspender a homologação do concurso e que seja declarada sua nulidade, bem como a posse dos candidatos Márcio, Denise, Maria da Penha e Lucilene e o afastamento do presidente de suas funções da Câmara até julgamento definitivo da ação.

Passados mais de doze anos, todas as partes e testemunhas já foram ouvidas. O processo encontra-se em fase de conclusão, aguardando alegações finais de defesa.

Depois irá para decisão final da Justiça que determinará a procedência ou improcedência dos fatos denunciados pelo Ministério Público.

Quando (finalmente) a Justiça anunciará sua decisão: absolvição ou punição das partes requeridas nessa ação.

Fonte: Blog Regional Raul Soares