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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Quem manda no Mundo

Nelio Azevedo




Por Nélio Azevedo


mundo1Quando os norte-americanos entraram com o aval de vários países e da ONU no território do Iraque, em busca de Sadan Hussein e das tais armas de destruição em massa, boa coisa não poderia estar por vir. Denúncias de massacres envolvendo a população civil e bombardeios de áreas onde o maior número de vítimas era sempre de civis, incluindo mulheres, idosos e crianças ganhavam páginas dos jornais e revistas mundo a fora.

Denúncias de crimes de guerra como o que aconteceu na Praça Nisour em que soldados terceirizados da Blackwater teriam disparado contra a população matando várias pessoas e, não foram incriminados nem julgados por isso, foram isentados de culpa por força da lei do mais forte imposta pelo invasor.

O bombardeio em Najaf se tornou um instrumento de vingança pelo assassinato de soldados da coalizão que tiveram seus corpos despedaçados e arrastados por populares pelas ruas da cidade. Depois vieram as notícias de captura e enforcamento do ditador iraquiano e, por fim as denúncias de sequestro e tortura de prisioneiros na Prisão de Abuh Graib e Guantánamo onde os prisioneiros não tinham nenhum acesso aos direitos humanos muito menos ao luxo de um advogado ou representante de qualquer organização humanitária.

Com o tempo essas denúncias foram caindo no esquecimento e pouca gente se lembra, com isso os norte-americanos ampliaram seu campo de ação, invadiram o Afeganistão e impuseram sua presença no Paquistão mantendo no poder um político de passado e presente suspeitos.

O argumento de estar lutando contra o terrorismo da Al Qaeda reforçou uma prática que os norte-americanos sempre usaram, o Big Stick, argumento sempre usado para intimidar ou punir seus oponentes.

Hoje em dia os métodos são mais terríveis, o uso dos drones na caça e aniquilação de pretensos inimigos gera protestos e manifestações contrárias em todo o mundo. No entanto, a busca pelo próximo inimigo está sempre na ordem do dia e qual não foi a surpresa, o inimigo da vez é um norte-americano, ex-funcionário da CIA, que pôs a boca no trombone e espalhou aos quatro cantos do mundo as falcatruas e bisbilhotices patrocinadas pelo governo yanke dentro e fora do seu país. Numa clara quebra do sigilo telefônico e através dos meios eletrônicos, invade a privacidade de mais de meio mundo e, o errado é quem denuncia.

Para completar, o governo democrático do Sr. Obama ordenou que ninguém ajudasse o ex-espião Snowden a sair da Rússia e interceptou o avião presidencial do boliviano, Evo Morales em território europeu e numa ação prepotente e absurda, manda revistar o avião presidencial, numa clara e flagrante invasão de um espaço onde seu poder não deveria entrar.

Não restam dúvidas sobre quem manda no mundo, até os poderosos e intransigentes russos acatam as ordens da Casa Branca, num show de desmandos em que governantes europeus fecham seus espaços aéreos ao avião presidencial boliviano, uma vergonha tão grande quanto as cenas de tortura apresentadas no filme A Hora mais Escura em que o Bin Laden é assassinado junto com algumas pessoas em sua casa, onde vivia tranquilamente, no país aliado Paquistão até a noite em que helicópteros carregando soldados armados perpetraram essa audaciosa ação.

Qual será o próximo passo que assistiremos? Provavelmente será a Síria, falta marcar a hora e colher as consequências; as chances de transformar o Oriente Médio numa imensa fogueira é muito grande, combustível é o que não falta; não estou falando de petróleo. O risco de um conflito generalizado com o envolvimento das superpotências nucleares traz momentos de incerteza e de sofrimento para a população. O que sabemos é que quando os semideuses norte-americanos mandam, até o diabo comunista obedece.