domingo, 7 de janeiro de 2018

Excesso de feriados em 2018 deve gerar prejuízos para o comércio do Vale do Aço, aponta sindicato

Segundo o Sindcomércio, cerca de 9% da receita será afetada com os feriados; entidade busca negociação para que em algumas datas o comércio funcione plenamente

Vendedores que trabalham com comissão também são prejudicados com excesso de feriados (Foto: Rafaela Carvalho / Arquivo Pessoal)

O ano mal começou e já tem muita gente fazendo os planos para os feriados que terão em 2018. Contando com os pontos facultativos e compensações, vão ser 17 dias (veja tabela abaixo). Mas o que para muitos representa descanso, para o comércio é sinônimo de prejuízo. Segundo o presidente do Sindcomércio do Vale do Aço, a receita dos lojistas será afetada em até 9%.


“Esse excesso de feriado quebra a cadeia produtiva e inibe a produção. É um prejuízo que não tem como recuperar, já que um dia sem trabalhar não volta mais. E tem ainda os feriados próximos ao fim de semana que enforcam os outros dias. Há uma estimativa nacional que as empresas deixam de faturar cerca de R$ 1,5 bilhões, por mês, por causa dos feriados. Na esfera regional, isso representa de 8 a 9% de prejuízo na receita do empregador ou prestador de serviço”, estima José Maria Facundes.

Mas para alguns empresários, este percentual pode ser ainda maior. É caso do Vitor Porcaro que é sócio em uma loja de sapatos de Ipatinga (MG). Ele estima que poderia ter um faturamento 15% superior se não fossem tantos feriados em 2018.

“O comércio da região já iniciou ano prejudicado com uma negociação entre sindicatos que deixou lojas fechadas no dia dois de janeiro, quando até os bancos estavam abertos. Ao longo do ano serão vários dias de lojas fechadas. E a gente sabe que tudo funciona como uma cadeia que começa na falta de vendas e acaba afetando o quadro de funcionários. É preciso que haja negociações que mudem essa realidade na região. Isso não é importante só para o empregador, mas para o empregado também”, avalia.

Vão ser 17 dias de lojas fechadas no Vale do Aço  (Foto: Arte/G1)Vão ser 17 dias de lojas fechadas no Vale do Aço  (Foto: Arte/G1)

Vão ser 17 dias de lojas fechadas no Vale do Aço

É exatamente isso que o Sindcomércio pretende fazer já em janeiro. “Nós pretendemos provocar uma negociação entre os sindicatos para que em algumas datas o comércio funcione plenamente. Demoramos para recuperar o otimismo depois de dois anos de dificuldades e precisamos manter essa engrenagem”, prevê o presidente da associação que representa os lojistas.

Se a negociação for bem sucedida, quem vai comemorar será a gerente de vendas Rafaela Carvalho. Ela trabalha numa loja de variedades em Timóteo (MG) e sente de perto o impacto que o excesso de feriados provoca nas vendas.

“Quem trabalha com comissão percebe ainda mais claramente o prejuízo que os feriados provocam na renda mensal. No entanto, as contas fixas continuam e os trabalhadores também sofrem com essa queda nas vendas. E sem diálogo entre os sindicatos, ficamos de mãos atadas”, descreve.

Com informações do G1

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