quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Diferença cultural, culinária e pressão: atacante brasileiro (raul-soarense) revela sua experiência no futebol Tailandês

O mercado brasileiro de exportações de jogadores cresce consideravelmente a cada ano. Desta forma, não só os clubes começaram a arrecadar mais, como também os valores investidos nas transações, fato que corrobora para que atletas acabem em mercados menos conhecidos do futebol mundial, como no caso do atacante Vinicius Freitas, que defende o Kamphaeng Phet F.C, da Tailândia.

imagePor Ramon Lopes*

Segundo um levantamento divulgado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ao todo, os valores em negociações no período de 2016 a 2017 mais que dobrou. São R$ 386 milhões na temporada passada, contra R$ 957 milhões neste ano.

Em uma conversa descontraída com a reportagem do Torcedores.com, Vinicius contou algumas curiosidades sobre o futebol tailandês, como surgiu a oportunidade, período de adaptação, além da culinária do país.

“A oportunidade de me transferir para a Tailândia aconteceu através do meu amigo Gil, que joga por aqui há 5, 6 anos. Ele se dispôs a me ajudar com os contatos que ele tinha e no final tudo deu certo”, contou Vinicius, que posteriormente relembrou o período de adaptação e sua chegada em um país completamente diferente do Brasil.

“Pra falar a verdade eu tive um período de transição bastante tranquilo, pois vim com um amigo brasileiro que já vive na Tailândia. As maiores dificuldades foram em relações ao fuso horário, a temperatura muito quente, além da barreira da língua, pois eu sabia muito pouco inglês e não falo nada de tailandês”, relembrou o atacante com bastante humor.

“Os tailandeses são muito acolhedores. Fui muito bem recebido não só na equipe, como também no país”, contou o jogador do  Kamphaeng Phet F.C, que hoje se mostra adaptado em sua nova casa e feliz em estar podendo aprender algo novo.

“Me sinto bem  e estou sempre aprendendo algo novo sobre a cultura. Existem muitas coisas diferentes. A maior dificuldade continua sendo falar a língua local (thai).


Temporada 2017 e família no Brasil

Apesar de individualmente Vinicius ter tido um bom desempenho este ano, o Kamphaeng Phet F.C  já não briga pelo caneco da competição, porém, o brasileiro não perde o otimismo e também revela como faz para driblar as saudades dos familiares.

“A temporada está chegando ao fim e estamos no meio da tabela. Apesar de não termos mais chances de títulos, eu espero ajudar a equipe chegar na melhor colocação possível, além de fazer ótimas partidas. Tenho sete gols no momento e sou o artilheiro do time”,  comentou o atacante ao Torcedores.com.

“Eu falo com minha família todos os dias por mensagem ou ligação, isso diminui um pouco a saudade que sinto”, complementou.

Culinária e diferença cultural

Apesar de afirmar que está adaptado, Vinicius não deixa de relembrar com humor os primeiros dias no país , principalmente devido a alguns costumes dos tailandeses, que inicialmente pareceu estranho.

“Quando cheguei ao hotel em Bangkok eu vi muitos sapatos e tênis na porta dos quartos. Depois fui entender que é um costume deles não entrar calçado dentro de casa e em alguns lugares como templos e lojas. No início foi bem estranho, pois eu ficava desconfiado. Pensava que alguém poderia pegar meu tênis (risos), Porém, depois vi que é algo normal aqui na Tailândia”, contou à reportagem.

Em relação à comida, o atacante brasileiro diz conseguir se alimentar tranquilamente, devido às várias opções do cardápio no país.

“A culinária tailandesa tem muitas opções. Porém, para quem não gosta de pimenta, como eu, é preciso ter cuidado, pois os pratos costumam ser muito apimentados. Aqui, eu consigo consumir uma alimentação bem parecida com o que eu estava acostumado no Brasil: arroz, salada, ovo, macarrão e pizza. Além disso, gosto de alguns pratos da Tailândia, como o Pad Thai (Tradicional macarrão de arroz). Ao contrário do que se possa pensar, os tailandeses não costumam comer insetos. Até se encontra em algumas feiras essas iguarias, mas não é uma coisa do dia-dia”, comentou.

Rivalidade e diferença entre o futebol brasileiro e tailandês

Apesar de saber que a maneira de jogar futebol entre Brasil e Tailândia é bem diferente, Vinicius chama a atenção para o crescimento de atletas brasileiros que estão se transferindo para os países asiáticos e a pressão colocada em jogadores estrangeiros.

“A nossa maior rivalidade é contra o Phitsanulok F.C e sempre é muito difícil jogar com eles. Em relação a Thai League, está crescendo e cada vez mais jogadores estrangeiros estão vindo não só para cá, mas para outros países da Ásia. Sem dúvida, isso está contribuindo para a evolução do futebol asiático. Não podemos comparar com o Brasil, pois o nível técnico brasileiro é muito maior. Especificamente na Tailândia, eles sempre depositam muita confiança nos jogadores estrangeiros e assim temos muito mais responsabilidades que os atletas tailandeses”, revelou Vinicius.

“Aqui disputamos a Thai League e a Toyota Cup. Os jogos são aos finais de semana, e esporadicamente também jogamos às quartas-feiras. Neste ano, alguns clubes entraram em contato comigo, mas nada certo ainda.”, finalizou o atacante do Kamphaeng Phet F.C

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Com informações do site
torcedores.uol.com.br

ramon-lopes

*Ramon Lopes é raul-soarense. Jornalista Esportivo,  formado pela FUMEC – BH. Foi editor do semanário BolanoBarbante, apaixonado por esportes, entusiasta das corridas de rua e dos jogos de tênis.

2 comentários:

  1. Parabéns ao nosso amigo Ramon Lopes!!

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  2. Ao Vinicius o meu Parabéns! Siga firme e será um vitorioso. Você merece!!!

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