terça-feira, 28 de março de 2017

Governo de Minas Gerais acelera melhorias na assistência à saúde de 900 mil beneficiários do Ipsemg

Instituto reduz tempo médio de internação de pacientes, aumenta número de internações e moderniza atendimentos especializados

imageCom quase 900 mil beneficiários da assistência à saúde em todo o estado, o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), autarquia do Governo do Estado, conseguiu efetivar, nos últimos dois anos, uma série de medidas para melhorar o atendimento aos usuários.

Entre elas, estão a redução significativa do tempo de internação no Hospital Governador Israel Pinheiro (HGIP) - o maior da rede; a inauguração do aparelho de hemodinâmica; o agendamento online para consultas; a criação e aumento das equipes para Assistência Primária à Saúde (APS) e a implantação da pesquisa científica na residência médica.

Em países considerados avançados na medicina, há um trabalho constante para diminuir o tempo de permanência do paciente no hospital, utilizando diversas ferramentas de gestão, além de recursos médicos e tecnológicos.

Em Belo Horizonte, o Ipsemg, por meio do HGIP, aderiu à metodologia Diagnosis Related Groups- DRG (grupos relacionados com o diagnóstico) que permite a comparação com grandes hospitais do Brasil, Estados Unidos e de outros países. A qualidade no atendimento, entretanto, é imprescindível para que possa ser abreviada a volta do paciente para casa.

Para adesão ao sistema, houve adaptação do hospital com treinamento de profissionais. Mesmo com um público majoritariamente de idade mais avançada, concluiu-se que o tempo de internação no HGIP estava alto. Com esse trabalho, foi possível diminuir o tempo de permanência do paciente de 12,66 dias, em 2015, para 7,55 dias, em 2016, abrindo vagas para tratar segurados com internação necessária.

Assim, o número de internação passou de 1.100 pessoas/mês, em 2015, para 1.500/mês em 2016, caracterizando maior giro de leitos. De acordo com o diretor de Saúde do Ipsemg, José Luiz de Almeida Cruz, “busca-se o melhor tempo para o paciente dentro do hospital e não necessariamente o menor tempo”.

Atenção Primária

Na diretoria do Ipsemg, há consenso de que o atendimento na rede hospitalar vem melhorando gradativamente, inclusive no interior, apesar de registrar algumas necessidades pontuais nas regiões do Triângulo e Nordeste do estado. Há consenso também de que o instituto não pode ter a sua assistência à saúde centrada em hospitais - e, por isso, está investindo na Atenção Primária à Saúde (APS).

“As pessoas procuram o médico de forma direta; sem saber que na Atenção Primária à Saúde (APS) pode resolver o problema sem entrar na fila de consulta”, diz Cruz. O diretor assegura que não se trata de atenção básica e nem de saúde da família, mas que é a nova porta de entrada do sistema.

A Atenção Primária à Saúde (APS) é um projeto inovador -- formado por equipes multidisciplinares -- que funciona apenas em Belo Horizonte, pois está em fase piloto. Ele visa a atender o paciente sem que haja necessidade de se dirigir a uma clínica ou hospital. O projeto tem duas equipes e outras duas começam a funcionar na próxima semana no Centro de Especialidades Médicas (CEM).

A expectativa é de atingir 16 mil usuários na capital mineira em pouco tempo. As pessoas atendidas na APS passam a ser acompanhadas por essas equipes e sem cobrança de coparticipação. Posteriormente, após sair da condição de projeto-piloto, a Atenção Primária à Saúde poderá ser levada ao interior.

Agendamento online

Durante muitos anos, o segurado do Ipsemg Saúde teve o agendamento por telefone como única opção à distância. No início de cada mês, abriam-se as vagas, que eram preenchidas nos primeiros dias por quem ligava mais vezes.

A atual gestão decidiu oferecer mais conforto ao usuário para que ele marque a consulta quando melhor lhe convier. Assim, aliou-se à tecnologia, implantando o agendamento online no último mês de dezembro.

A implantação do agendamento online representará economia de R$ 3 milhões ao ano com call center, de acordo com o presidente do Ipsemg, Hugo Vocurca Teixeira.  “A estrutura de atendimento por telefone não deixa de existir, mas ela será diminuída e os recursos economizados vão para contratação de mais médicos e oferta de mais consultas”, assegurou.

Outro ponto ressaltado pelo presidente é que é possível utilizar o atendimento online como ferramenta de gestão, recebendo a informação de quais profissionais estão sendo mais procurados e, assim, melhorar a oferta.

Por meio do site do Ipsemg (www.ipsemg.mg.gov.br) o usuário acessa quais médicos, especialidades e os horários disponíveis para atendimento. Por enquanto, isso é possível apenas na capital.

O sistema de agendamento online é recente e não resolveu o problema da fila, mas há um esforço para atenuar as dificuldades iniciais. O número de cadastrados já chega a 25 mil e a expectativa é de que esse número aumente em razão do acesso crescente às novas tecnologias.

Em relação às cirurgias eletivas, o diretor de Saúde do instituto disse que há uma reestruturação do bloco cirúrgico do HGIP, com o objetivo de diminuir a fila e dar uma nova dinâmica ao processo.

“Vai aumentar a rotatividade e o número de cirurgias realizadas, mas depende do conjunto de ações que estão sendo implantadas. Apesar da condição econômica do país, estamos modernizando o parque tecnológico do HGIP”, explicou José Luiz.

Complexo de Hemodinâmica

Com o aumento na expectativa de vida e, consequentemente, da idade dos beneficiários, há maior prevalência de algumas doenças, a exemplo do que ocorre em todos os lugares do mundo. Em Minas Gerais, a situação não é diferente. Por isso, a direção do Ipsemg está investindo em um moderno complexo de hemodinâmica para tratamento de infarto do miocárdio, incluindo colocação de stents e doenças neurológicas.

A inauguração dessa estrutura está prevista para o próximo trimestre deste ano. “É um upgrade na área neurológica, as equipes médicas e de outros profissionais já estão sendo treinadas”, explica José Luiz.

Também considerado fundamental para a melhoria da qualidade do atendimento, o Ipsemg está estruturando o Comitê de Pesquisa Científica da Residência Médica, que hoje é a segunda mais procurada do estado, com 80 vagas ofertadas anualmente e com a presença de residentes de todo o Brasil. O instituto ratifica que todo o apoio vem sendo dado para que a pesquisa se torne uma realidade já nos próximos anos dentro da unidade.

Outro ponto na busca pela excelência do Hospital Governador Israel Pinheiro está no processo de se qualificar para a certificação ISO 9001. Para isso, há vistoria prevista para o mês de novembro. A certificação dará um novo patamar de qualidade à unidade.

O Ipsemg, na sua assistência à saúde, se mostra um sistema robusto com números expressivos para todo o estado. O instituto tem o objetivo de continuar ampliando a cobertura aos segurados.

Hoje são 2.753 médicos generalistas e especialistas; 822 dentistas; 609 laboratórios credenciados, 886 clínicas e 220 hospitais divididos entre a capital e o interior. São beneficiados pela assistência à saúde 891.200 pessoas em todas as regiões de Minas Gerais, incluindo servidores ativos, dependentes, pensionistas e  inativos.

Agência Minas

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