quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Vereador toma posse em Caratinga, escoltado por agentes prisionais

Vereador preso, acusado de extorquir padre é empossado na cidade

imageUma cena incomum foi registrada em Caratinga, nessa terça-feira (3). Algemado e com o uniforme da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), Ronilson Marcílio Alves (PTB), de 42 anos, tomou posse do cargo de vereador na Câmara de Caratinga.

 

Sob a escolta de agentes prisionais, o detento chegou à sede do Legislativo ao meio-dia e permaneceu por cerca de duas horas no local.

Reeleito em outubro de 2016, com 854 votos, Ronilson é alvo de investigação policial desde o fim de novembro, quando a Polícia Civil cumpriu mandados judiciais de busca e apreensão na casa do político e apreendeu documentos, pendrive e aparelhos celulares. Na ocasião, Ronilson foi conduzido para prestar esclarecimentos e liberado em seguida.

Entretanto, no dia 19 de dezembro, o investigado foi preso no município de Cordeiro, interior do Rio de Janeiro, e levado para a Penitenciária de Caratinga, onde permanece até hoje. A Polícia Civil informou que o caso corre em segredo de justiça. Por isso, os detalhes não podem ser divulgados.

Defesa

O advogado Dário Júnior, que responde pela defesa do vereador, informou que o seu cliente é acusado de extorsão contra um padre da cidade e teve a prisão preventiva decretada no dia 2 de dezembro. Outras três pessoas foram presas em flagrante por idêntica acusação. Como as restrições impostas impedem o acesso ao caso, até agora, é conhecida a versão que o grupo exigia dinheiro do religioso em troca do sigilo a respeito do conteúdo de mídia digital.
Conforme declarou o advogado do vereador, um dispositivo no artigo 9º do Regimento Interno da Câmara diz que o vereador que não comparecer à cerimônia de posse tem até 10 dias para tomar assumir o cargo, na presença do presidente da Câmara. "Nós fizemos uso dessa prerrogativa, porque meu cliente considerou que tomar posse no dia 1º, em que a Casa estaria cheia, seria ruim e seria visto como um escândalo. Por isso, marcamos para outra data”, explicou o advogado em entrevista à imprensa.

Ainda de acordo com Dário Junior, a posse poderia ter sido feita no gabinete do presidente, mas seu cliente optou por fazer no plenário, para dar mais transparência ao ato. “Como advogado, eu acredito que poderia ter sido mais tranquilo”, declarou.

Com informações da TV Super Canal

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