quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Maternidade paralisa atendimento e Hospital de Caratinga pode fechar as portas dentro de 15 dias

Caratinga (MG) - Desde o dia 1º de dezembro, a Maternidade imageGrimaldo Barros de Paula está com o atendimento suspenso. Um comunicado da diretoria do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora foi enviado à secretária de saúde, Raquel Carvalho, no início do mês de dezembro. Conforme o documento “os médicos plantonistas da UTI – Neonatal e sala de parto da Maternidade do hospital realizaram paralisação dos serviços por falta de pagamento de salários, sendo tal paralisação efetivada a partir da data de 01/12/2016”.

 

Ainda segundo o documento, os médicos haviam encaminhado solicitação de que caso não houvesse pagamento dos valores devidos, eles iram suspender o atendimento no prazo de trinta dias. O documento teria sido recebido no dia 11/11/2016.

O Hospital ainda destacou a crise financeira e considerou que “a ausência de médicos plantonistas na UTI-Neonatal e sala de parto irão expor a integridade física e a saúde dos pacientes, resultando em graves consequências em face da sociedade como um todo”. Ainda em comunicado, ressalta-se que a medida tomada é por tempo indeterminado.

O jornalismo do SC esteve na manhã desta terça-feira (06/12) no Hospital Nossa Senhora Auxiliadora em busca de uma resposta e um esclarecimento à sociedade. Por volta das 11h, após uma reunião entre a mesa diretora, foi confirmada a informação de suspensão do atendimento na Maternidade e exposta mais uma vez a grave crise financeira enfrentada pela unidade de saúde. Na ocasião, nenhum representante quis gravar entrevista.

A diretora administrativa do Hospital, Suély Pereira de Sousa, destacou que em virtude da falta de recursos do Governo do Estado, se nada for feito, o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora poderá fechar as portas dentro de 15 dias. O atendimento na unidade de saúde já está comprometido também, por exemplo, tendo em vista a falta de anestesistas.

Os médicos da maternidade estão com salários atrasados há cerca de 11 meses e os anestesistas desde o mês de outubro. A dívida atual do Hospital é de R$ 27 milhões. Para manter a unidade em funcionamento é necessário um recurso mensal de dois milhões e 400 mil reais. Hoje, o recurso não ultrapassa um milhão e trezentos mil reais.

O Hospital irá encaminhar um documento ao Ministério Público uma planilha especificando a situação financeira. Ainda segundo a diretoria, há a expectativa de um encontro com o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Adalclever Lopes, previsto para estar em Caratinga nesta quarta-feira e, na oportunidade, será apresentada a real situação do Hospital. Há esperança de uma intervenção política.

O jornalismo do Super Canal também enviou em caráter de urgência uma solicitação à secretária municipal de saúde, Raquel Carvalho, para um pronunciamento sobre como ficará o acesso ao atendimento na saúde pública aos caratinguenses.

Com informações da TV Super Canal

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