Prefeitos mineiros e capixabas debateram, nesta segunda-feira (23), proposta de criação de equipe técnica para ajudar nas ações de enfrentamento às consequências, humanas e ambientais, do rompimento das barragens da mineradora Samarco, no último dia 5 de novembro, no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana/MG.
Esse foi um encaminhamento da reunião promovida pela Frente Nacional de Prefeitos/FNP, a convite dos prefeitos de Belo Horizonte/MG, Marcio Lacerda, presidente da entidade, e de Mariana/MG, Duarte Júnior, em Mariana, cujo propósito era buscar ações coordenadas para recuperar as cidades atingidas pelo rompimento da barragem Fundão.
“A reunião foi produtiva, entendemos melhor sobre a criação do fundo de recursos com uma boa explanação do Ministério Público. Estivemos, também, com o presidente da Samarco que autorizou aos municípios afetados a levantarem seus prejuízos”, destacou o prefeito de Mariana, Duarte Júnior. “O ideal seria que o grupo de prefeitos, representados ou não pela FNP, pudesse ter corpo técnico contratado com apoio de vocês para ficar 100% dedicado a isso, mediando relação dos prefeitos e ajudando a construir uma proposta para trazer para a Samarco”, falou o prefeito Marcio Lacerda, em conversa com o diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi.
Encontro
O encontro teve dois momentos. Primeiro, os prefeitos se reuniram para discutir a situação de cada um, com participação de representantes do Ministério Público nas instâncias Estadual e Federal. Depois, a comitiva de prefeitos foi recebida na sede da Samarco pelo diretor-presidente, Ricardo Vescovi, e outros membros da diretoria da empresa. O principal ponto abordado foi a perda de receita que municípios estão enfrentado enquanto a mineração não opera.
A sugestão construída pelos prefeitos será analisada pela Samarco que deve receber, nos próximos 15 dias, as demandas emergenciais apontadas pelos municípios afetados. Além de Belo Horizonte e Mariana, estiveram representados os municípios: Alpercatas, Belo Oriente, Bom Jesus do Galho, São Domingos do Prata, São José do Goiabal, Naque, Córrego Novo, Ouro Preto, São Pedro dos Ferros, Rio Casca, Marliéria, Caratinga, Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado e Sem Peixe.
Acordo da Samarco com Ministério Público
Por meio de um termo de compromisso preliminar com o Ministério Público Federal/MPF e a mineradora Samarco, foi criado um fundo de R$1 bilhão para ajudar os municípios que foram atingidos. Desse valor, R$500 milhões já foram depositados. De acordo com o coordenador do Centro de Apoio Operacional do meio Ambiente do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, promotor Luciano Baldini, o dinheiro vai garantir a execução de medidas preventivas emergenciais. “O valor cobrado da Samarco de R$ 1 bilhão não é para quantificar o prejuízo. Tem a função de caução para a efetiva execução de medidas preliminares”, explicou o promotor, que esteve presente na reunião com os prefeitos.
Com informações e fotos da FNP e da Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Mariana.
Clarissa Guimarães
Assessora de Comunicação da AMAPI
Samarco tem que pagar a multa e reconstituir o meio ambiente agora a questão da receita do município r
ResponderExcluirele que se vire 30. A Samarco não presta acho que é isso que a maioria dos politicos e a Globo estão falando aos quatros ventos....para induzir mais uma vez a população;;;;
No meu ponto de vista a Samarco realmente não presta. Uma empresa que, para lucrar seus bilhões, é preciso matar pessoas e destruir o meio ambiente, melhor mesmo se nunca viesse para cá. Tudo que ela fizer para reconstruir o que foi apagado ainda é pouco e nunca pagará as vidas que foram ceifadas pela irresponsabilidade da ganância financeira.
ExcluirToda empresa, qualquer que seja ela visa o lucro. Mas o município sobrevive dela, e se ficar sem ela para onde vão os milhares de trabalhadores desempregados? É muito fácil ficar de longe culpando somente um lado. E o outro lado, o da fiscalização? Cadê os órgãos federais e estaduais que tem que cumprir este papel e não cumprem? Achei ridículo ver a que ponto chegamos quando ouvi que o prefeito de Mariana deveria ser preso junto com o presidente da empresa.
ResponderExcluirNinguém aqui falou em fechar a Samarco. O que se espera é que as empresas desse porte trabalhem dentro da margem de segurança exigida pela legislação. Só que, pelo visto, estavam apenas visando o lucro, sem se preocuparem com a segurança. Quanto ao desemprego, se a Samarco não aguentar o tranco, outras virão e, certamente, trabalhando dentro dos parâmetros legais. Ninguém vai morrer por causa disso.
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