quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Motim no presídio de Manhuaçu termina depois de sete horas de tensão

imageManhuaçu (MG) - Situação tensa na noite dessa quarta-feira (18), no presídio de Manhuaçu. Por volta das 19h, presos colocaram fogo em colchões e começaram a bater em grades exigindo presença de autoridades, melhorias no presídio e reclamando de superlotação.



Segundo informação dos Bombeiros, a rebelião teve inicio e ficou restrita à ala direita, mais provável na cela 5, e depois se espalhou para a outra ala da cadeia.

Várias explosões de bombas de efeito moral e tiros com carga de festim foram ouvidos do lado de fora da cadeia. A fumaça podia ser vista de longe. Apesar de todo o cenário complexo, ninguém se feriu.

A movimentação de viaturas dos Bombeiros e da Polícia foi grande no local. A rua em frente a delegacia de Manhuaçu foi fechada para facilitar os trabalhos. A situação foi controlada por volta das 2h de hoje.

O Diretor do Presídio Daniel Pereira de Paula disse que a situação foi uma forma dos presos chamar a atenção para a questão da infraestrutura da antiga cadeia de Manhuaçu. “Eles colocaram fogo porque estão insatisfeitos com os problemas estruturais da cadeia. Foi uma forma de chamarem a atenção para o cenário que estão. Para a gente, que trabalha na área, isso é esperado. Pessoas que estão afastadas do convívio social, acabam se estressando, dando problema. Não é novidade”. 

Os presos jogaram os colchões nos corredores e atearam fogo. O diretor afirma que os presos não pediram nenhuma negociação. “A partir do momento que partiram para rebeldia, esgotou a possibilidade de negociação”.

Segundo ele, ninguém fugiu e não houve feridos, apesar de toda a fumaça e as dificuldades para controlar as chamas, já que é um local fechado.

Familiares de detentos se aglomeraram no entorno, buscando informações e acompanharam apreensivos toda a ação.

APOIO

O Capitão Aguinaldo Schuab, comandante do policiamento em Manhuaçu, informou que todos os policiais foram acionados para dar apoio aos agentes penitenciários e controlar a situação externa.

O Sargento Eduardo Dias, do Corpo de Bombeiros, contou que o incêndio de grandes proporções estava no corredor central. “A fumaça era muito densa e tivemos que fazer vários módulos de combate. Foi um trabalho demorado, mas conseguimos debelar as chamas. Aparentemente os presos não foram intoxicados e não havia relato de vítimas”, completou.

Após o controle da situação, ainda durante a amdrugada, uma equipe do Grupo de Intervenção Rápida (GIR) de Ponte Nova chegou a Manhuaçu para ajudar na retirada dos colchoes queimados da cadeia, bem como revista minuciosa nas celas.

Com informações de Jailton Pereira - portalcaparao@gmail.com

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