Por Nélio Azevedo
As eleições deste ano nos trouxeram algumas surpresas. A maior delas talvez tenha sido o número de prefeituras conquistadas pelo PSB nas capitais e a vitória de Fernando Haddad, do PT e, a derrota do PSDB nas prefeituras dos Estados mais importantes.
PSB vai comandar o maior número de prefeituras em capitais do país, o Partido conquistou cinco capitais; PSDB e PT vão comandar quatro cada.
No país, PMDB e PSDB encolhem, e PT e PSD avançam nos municípios.
Essa foi a primeira eleição onde a “Ficha Limpa” comandou o espetáculo da democracia, tudo ocorreu na maior normalidade e, o saldo será conhecido nos próximos quatro anos. Quem ganhou foi o país que se firma como uma das maiores democracias do planeta.
Os dirigentes dos partidos de maior expressão cantam vitórias, cada um com sua forma de ver os resultados e, o eleitor ainda anda meio ressabiado, tendo sido registrado o maior índice de abstenção de todos os tempos, quase 20%. Só em são Paulo foram 1 milhão e setecentos mil ausentes.
Vejo a derrota do candidato do PSDB em São Paulo como uma pá de cal nas pretensões de chegar à Presidência em 2014, deixando a disputa para o Senador Aécio Neves, que terá que brigar com os paulistas e angariar a simpatia do resto do país, já que sua projeção é restrita ao estado de Minas onde tenta se aproximar das bases via Anastásia e Lacerda..
Ao mesmo tempo, o PSB se projeta como o grande vencedor, roubando a cena e trazendo alternativas para o futuro, ainda que tardia, uma renovação nos quadros se anuncia, deixando de ser coadjuvante para se tornar o astro principal.
A tentativa de estender a importância das eleições municipais para um debate com temas nacionais custou caro a Serra e outros candidatos, os debates mostraram que as preocupações dos eleitores são locais e imediatas, em 2014, teremos um embate onde figuras como a do ex-presidente Lula, FHC e algumas caras novas poderão enriquecer a disputa e, aí, sim; os temas nacionais irão prevalecer e a festa da democracia acontecerá.
parabéns a todo essse povo que ficaram espertos, aprenderam direitinho, eram taxados como bobos, sem noção e que derão o troco nas urnas - por estas eles não esperavam e dançaram - o exemplo esta aqui em nossa cidade.
ResponderExcluirÉ mesmo os politícos sempre achavam que o povo esquece das coisas por ter memória curta,mas aqui em Raul Soares o povo deu o troco merecido ao atual prefeito que se achava o dono da cidade que durante 8 anos fez o que quiz.
ExcluirO PSB está sendo o partido que herda os descontentes do PSDB e do PT. Ambos, PT e PSDB, tentam atraí-lo. O maior exemplo foi na primeira eleição do Márcio Lacerda em Belo Horizonte, num acordo entre Aécio e Pimentel, onde só o primeiro ganhou.Agora, o objeto de desejo Chama-se Eduardo Campos. O PMDB sobrevive da sua capilaridade histórica. Não tendo nenhuma ideologia a defender, sempre está do lado do poder, onde quer que ele esteja. A UDN, digo, ARENA, digo, PDS, digo,PFL, digo, DEM, é um grupo de saudosistas sem rumo. Mas o PSB não precisa se iludir, pois não se vislumbra o dia em que ele deixaria de ser partido de aluguel.
ResponderExcluirOs partidos políticos deixaram de existir como tal. Não há estatutos que se cumpram nem ideais que se sustentem. Prova disso é o PCdoB. Figuras tradicionais do PCdoB se moíam de raiva do PCB, pois para eles, só p primeiro era o autêntico Partido Comunista da União Soviética e o segundo surgiu apenas para confundir. Ainda bem que o Senhor João Amazonas morreu; ele não suportaria, por exemplo, que um tal Celinho do Sintrocel, de Coronel Fabriciano, sempre do lado direito, (no sentido arcaico que conhecemos de direta e esquerda) se filiasse ao partido para se eleger deputado, só porque a legenda favorecia. Eleito, agora tentou ser prefeito, apoiado pelo Aécio: perdeu.
Fala-se muito em reforma partidária. Não sei se é possível, com a mentalidade que temos. Mas do jeito que está, os partidos são agremiações pelas quais torcemos ou destorcemos. E isto desvia a política do seu centro vital, transformando-a nesta coisa vulgar para alguns, nojenta para outros, meio de vida para outros tantos.
Jaeder Teixeira Gomes
Mas tem petista que são preparados para governar, tem responsabilidades, educação e compromisso com o povo. Esses sim podem ganhar as eleições.
ResponderExcluirNélio disse:
ExcluirBeleza de comentário, amigo Jaeder, muito lúcido e inteligente. Eu não pretendia escrever muito para não cansar o leitor-eleitor, mas, tivemos outras surpresas nessas eleições e uma delas pode vir a longo prazo, nas eleições para governador e presidente, o PT mineiro está se tornando cada vez mais partido e, é bom que se defina até lá.
Nas 83 cidades com mais de 200 mil eleitores o PT ganhou 16, o PSDB 15; PSB 11 e o PMDB 9. No AABC Paulista o PT ganhou em São Bernardo do Campo, Osasco, Santo André; Guarulhos e Bragança Paulista, minando a base elitoral do PSDB no Estado. Em Minas Gerais o PT saiu vitorioso nas principais cidades do Vale do Aço, mas, perdeu na Grande BH. Essa alternância é salutar e necessária à Democracia.
Nélio,
ResponderExcluirQuando se trata de assunto tão rico, às vezes a gente fala como se o interlocutor já estivesse acompanhando nosso raciocínio prévio. Concordo com o anônimo das 13:11 que o PT tem gente capaz de governar. Os outros partidos também os tem. O que não existem mais é o PT da forma que foi criado, às vezes chamado de radical, e a ideologia inicial de todos os outros, à direita ou à esquerda do PT. Penso que os partidos são levados à maleabilidade para abrigar em seus quadros difentes visões políticas, que os interessam por questões apenas numéricas. Mas isto pode ser bom, servindo para restaurar a concepção de que todo poder emana do povo. Mas quem está acostumado, como eu e muita gente, a ver nascer partidos cheios de convicções políticas e em movimentos reais, muitas vezes sofridos, fica sem norte, meio órfão. Mas quando vemos que o povo está cada vez mais inteirado dos movimentos políticos na sua cidade, estado e país, pode ser que a questão partidária seja mesmo secundária. Mas que a adesão seja mais respaldada por fatos e capacidade administrativa do que por nomes, evitando-se assim a volta do chamado "voto de cabresto".
Caro amigo, anônimo, concordo contigo e acho que o fazer irá nos levar a aprendermos a sermos mais politizados. Ainda que estejamos tão longe de outros povos que experimentam no presente uma forma mais avançada de democracia, tendo ainda uma longa jornada pela frente. Um país só pode ser considerado democrata se todas as camadas da população estiverem atendidas de uma forma ainda que básica nos seus anseios e necessidades. Tivemos uma melhora na distribuição de renda, porém, ainda falta muito na educação e na saúde. Temos que aprender o que significa cidadania e outros quesitos que farão de nós um povo melhor.
ExcluirNélio
meu primo jaider parabeniso pelo seu nobre comentario ok jose alves
ResponderExcluirVocê é um grande político, José Alves, desses que têm como objetivo instruir a comunidade na solução dos problemas comuns e têm a sigla partidária como mero detalhe.
ResponderExcluirJaeder
e desse mero detalhe que descobri que politica e coisa seria e obrigação fazermos com responsabilidade obrigado pela atenção ok jose alves
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