quinta-feira, 5 de julho de 2012

Apac, uma nova visão da humanização

Com o propósito de apresentar aos militares do 11° BPM o método Apac, Associação de Proteção e Assistência aos Condenados APAC a Dra. Denise Rodrigues Oliveira, Defensora Pública e Diretora da APAC-Manhuaçu, ministrou no dia 03, palestra a um grupo de aproximadamente 120 (cento e vinte militares) no auditório da 195ª Companhia de Ensino e Treinamento, onde os milicianos ouviram atentamente um lado pouco conhecido da ressocialização dos detentos, uma vez que atuam na outra ponta do sistema de Segurança Pública, ou seja contribuem para que o sistema prisional recebam todos aquele que estão ä margem da Lei, desta forma foi apresentado ponto a ponto como trabalhar o conceito de Apac que é uma entidade civil de direito privado, com personalidade jurídica própria, dedicada à recuperação e à reintegração social dos condenados a penas privativas de liberdade. O trabalho da Apac dispõe de um método de valorização humana, oferecendo ao condenado condições de recuperação através da promoção ampla da justiça e valorização do ser humano.

A DIFERENÇA QUE TRANSFORMA

Parceira com os Poderes Judiciário e Executivo, respectivamente na execução penal e na administração do cumprimento das penas privativas de liberdade nos regimes fechado, semiaberto e aberto difere de forma básica do sistema prisional convencional é que na Apac os próprios recuperandos são corresponsáveis pela sua. A segurança e a disciplina do presídio são asseguradas por eles próprios, tendo como suporte funcionários, voluntários e diretores da Apac, sem a presença de policiais e agentes penitenciários. Local este que proporciona aos recuperandos a possibilidade de realizar cursos profissionalizantes, como padeiro, artesanato, pedreiro e outros, tudo norteado com disciplina e respeito. O envolvimento dos familiares é fundamental para recuperação dos internos, promovendo a humanização das prisões, este preponderante para redução da incidência a marginalização.

MAIS DE 150 UNIDADES, SENDO QUE ALGUMAS SEM A PRESENÇA DA POLÍCIA

Com o surgimento em São José dos Campos (SP), em data de 18 de novembro de 1972, e idealizada pelo advogado paulista Mário Ottoboni e um grupo de amigos cristãos, que se uniram reduzir as aflições vividas pela população prisional da Cadeia Pública de São José dos Campos e com um número aproximado de 150 Apacs distribuídas no território nacional, sendo que algumas sem a presença da polícia ou em processo de implantação. Outras consolidadas no exterior : Alemanha, Cingapura, Chile, Costa Rica, Equador, El Salvador, Estados Unidos, Hungria, Latvia, México, Moldávia, Nova Zelândia e Noruega.

ACREDITAMOS NA RESSOCIALIZAÇÃO

Os militares da 195ª Companhia de Ensino e Treinamento do 11º Batalhão de Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, se mostraram satisfeitos com a palestra, uma vez que, além de promover discussões e reflexões sobre temas atinentes a Segurança Pública, os presentes tiveram a oportunidade de conhecer o outro “lado da moeda”.“A Polícia não pode se manter alheia às questões que lhe estão afetas, devendo portanto se interessar em conhecer de preferência de maneira aprofundada todas as questões que possam contribuir para uma sociedade melhor e mais humanizada, sempre na linha de raciocínio de que prevenir é sempre melhor do que remediar. Entretanto, na ocorrência do erro o único caminho, ou pelo menos o mais adequado é a ressocialização, não havendo qualquer dúvida de que ela é possível de ser alcançada, o êxito neste particular é comprovado e os exemplos em série estão aí para confirmar o sucesso do trabalho desenvolvido neste sentido.”Disse a Dra. Denise Rodrigues Oliveira, Presidente da APAC.

Pascoal Online, com fotos e texto de Jesse Hudson de Andrade

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