Nossos representantes e pessoas de vanguarda da nossa sociedade discutem no Rio de Janeiro de que forma podemos usar e preservar o nosso planeta. A proposta é avaliar como evoluímos a partir da Conferência Rio 92 e como aplicamos as diretrizes tiradas naquela oportunidade.
Nossa sociedade é composta de pessoas de todas as tendências. Assim, ela é capaz de cobrir cada recôndito do nosso espaço vivencial, físico e ideológico, para atender a todas as nossas necessidades e aspirações, coisa que não seria possível a nenhum indivíduo, sozinho.
No quesito “meio ambiente”, temos os adeptos do Green Peace, de carteirinha ou não, que vêm procurando manter acesa em cada pessoa, a chama do compromisso com o meio em que vivemos. Nos nossos lares temos as pessoas que não dispõem de um histórico de atuação ostensiva, mas que cultivam hábitos ecologicamente corretos, de que não abrem mão. Quando estas forças se tornam muito evidentes para serem ignoradas, surge a intervenção dos governos para resolver, mitigar ou calar.
O tema Meio Ambiente envolve um arsenal inumerável de conhecimentos e atitudes. Ficaremos restritos apenas ao caso das sacolas plásticas, tidas atualmente como vilã maior, “mentoras do nosso apocalipse”.
Há cerca de cinco anos, assistindo na TV a uma corrida de Fórmula 1 no autódromo de Interlagos o narrador se coçava de vergonha, pois a TV mostrava ao mundo inteiro, sacolas plásticas brincando pela pista, ao sabor do vento.
- Já imaginou – dizia ele – se uma sacola destas é aspirada pelo radiador de um carro e ele tem de parar por isto?
Concluí na ocasião, cônscio do poder da mídia, que haveria uma campanha contra as inofensivas sacolinhas. (Como o marido que, traído no sofá de sua casa, desfez-se do sofá).
Fui algumas vezes ao Lixão de Timóteo, (não existe mais) onde via pessoas revolvendo montanhas de lixo à cata de materiais para sua sobrevivência. O alvo principal eram as sacolas plásticas, que abriam, com a mesma expectativa com que você abre uma cerveja. Caso elas não contivessem nada de valor, iria ela própria com o “garimpeiro”, para ser lavada e vendida para reciclagem.
Como podemos dizer, então, que a sacola é este poluente, inimigo maior da natureza? Por si só, acondicionada e enviada para reciclagem, ela não representa nenhuma ameaça. Mas cheia de lixo e atirada na rua, numa encosta ou curso d'água, como se vê frequentemente...
Vê-se, pois, que a “bola” da convivência com o meio ambiente está conosco. Não está com os delegados da Rio + 20 nem com nenhum material que a natureza nos fornece.
Jaeder Teixeira Gomes
Muito rico o seu artigo.
ResponderExcluirGostei muito.
Luiza
Obrigado, Luiza.
ExcluirClaro que, para falar de um tema tão abrangente, envolvente e urgente, um pequeno texto é tão pouco que as palavras às vezes se atropelam. Mas penso que todas as pessoas comprometidas entendem.
Jaeder
Quando penso nesse negócio de culpar as sacolas plásticas, transformando-as em vilãs, "inimigas da natureza", como bom mineiro concluo: tem caroço nesse angu! Não é preciso muito esforço para ponderar o seguinte: em que tipo de embalagem compramos feijão, arroz, biscoitos, leite, fubá, e outras centenas de milhares de produtos?
ResponderExcluirR. Plásticas. Todas plásticas. Todas vão para o lixo. Vale dizer que as sacolas ainda tem uma sobrevida maior, porque são reutilizadas de várias maneiras.
Sendo assim, por que somente a sacola plástica que os supermercados "fornecem" causam tamanho dano à natureza e meio ambiente?
Fica aqui minha indagação: Tem ou não tem caroço nesse angu?