quinta-feira, 31 de maio de 2012

Polícia Federal realiza operação em Caratinga

fedraisContando com a colaboração da Previdência Social e o Ministério Público, a Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã de quarta-feira, 30, em Caratinga, a operação “Pleno Emprego”, visando desarticular uma organização criminosa que estaria atuando na fraude de benefícios previdenciários de aposentadoria do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

Os agentes federais cumpriram mandados de busca em seis residências, sendo quatro em Caratinga e duas no Rio de Janeiro, conduzindo quatro pessoas à 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Caratinga, para prestar esclarecimentos sobre possível participação nos crimes contra o INSS.

Segundo o delegado Tadeu Moura, de Belo Horizonte, no esquema, os envolvidos criariam falsos vínculos empregatícios com empresas inativas, com o objetivo de pleitear aposentadorias fraudulentas. Um dos investigados já é bem conhecido no meio policial, por ter sido citado em vários inquéritos em andamento como sendo o responsável por diversas fraudes previdenciárias.

Trata-se de José Camilo Cesário, o Zé Campinho, produtor rural e empresário, que há muito tempo é investigado sob a suspeita de montar uma quadrilha para a falsificação de documentos, entre os certidões de nascimento, carteiras de trabalho e títulos eleitorais, para o requerimento dos benefícios previdenciários.

O nome da operação, Pleno Emprego, é uma alusão à forma de agir dos participantes do esquema, criando vínculos de trabalho inexistentes para lesar os cofres públicos. A Polícia Federal não divulgou o montante que teria sido desviado com o esquema fraudulento.

A quadrilha contava com a participação de um contador, responsável por encaminhar as guias de recolhimento do INSS, com dados falsos, a um receptador no Rio de Janeiro. Uma vez conseguida a aposentadoria, os primeiros recebimentos ficavam com a quadrilha e somente a partir de então, o “cliente” passaria a ter acesso ao dinheiro e ao cartão de recebimento.

Os investigados, comprovado a participação no esquema, serão denunciados pelos crimes de estelionato qualificado (artigo 171, § 3º, do Código Penal Brasileiro), formação de quadrilha ou bando (artigo 288), falsidade ideológica (artigo 299) e uso de documento falso (artigo 304). As penas previstas podem chegar a nove anos de reclusão.

Os agentes compareceram à residência de José Campinho, porém, sem encontrá-lo. As investigações continuam e a Polícia Federal continua à procura de José Campinho.

Pascoal on line, com informações do A Semana Agora

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