quarta-feira, 30 de maio de 2012

Justiça determina apreensão de documentos na Prefeitura de Simonésia

Policiais militares apoiaram uma ação da Justiça da Comarca de Manhuaçu na Prefeitura de Simonésia nesta segunda-feira, 28. Oficiais de Justiça apreenderam documentos relativos a diárias e licitações solicitados pelo Ministério Público por conta de denúncias de irregularidades.

A grande movimentação policial parou a região central da cidade de Simonésia. Cerca de vinte policiais militares fecharam as saídas da sede da prefeitura durante o período que os oficiais de justiça recolhiam os documentos indicados no mandado de busca e apreensão.

Segundo a prefeitura, os processos apreendidos foram relativos a duas obras de redes pluviais em ruas da cidade, as diárias de funcionários para viagem em outros municípios a serviço e um procedimento sobre recolhimento de lixo hospitalar.

Com uma viatura e um carro do Tribunal de Justiça carregados, os documentos foram encaminhados para o Ministério Público em Manhuaçu.

SURPRESA

A Prefeita Marinalva Ferreira concedeu entrevista após a apreensão dos documentos e afirmou que ficou surpresa com a ação e classificou a medida como um exagero por conta da movimentação de policiais fechando a prefeitura. “Quando chegou aqui o pessoal com mandado de busca e apreensão e vários policiais fechando a prefeitura, ficamos desapontados e muito surpresos porque na verdade tudo o que o Ministério Público tem pedido, nós temos informado. Toda documentação solicitada nós respondemos dentro dos prazos”, afirmou.

Segundo a prefeita, as denúncias anônimas tiveram motivação política: “É uma atitude covarde de fazer denúncias anônimas. É porque estamos trabalhando? Estamos incomodando? Porque ficou muita “gente boa” oito anos na prefeitura e não conseguiu realizar os sonhos e apresentar para a sociedade o trabalho? Nós estamos incomodando muito porque trabalhamos”, pontuou.

Marinalva Ferreira afirmou que acredita que não há irregularidades nas diárias concedidas a funcionários para atender o interesse do município em viagens para outras cidades. Ela citou, como exemplo, os motoristas que viajam diariamente no setor de saúde para levar pessoas para tratamento fora do domicílio e argumentou que tem uma lei que ampara todo o procedimento.

LICITAÇÕES

O segundo caso é sobre a empresa licitada para recolhimento de lixo hospitalar. “Ano passado tínhamos a empresa Colefar que vinha no serviço de saúde na cidade para coletar o lixo hospitalar. Só que nós temos sete PSFs. Fizemos nova licitação dentro do que manda a lei e com toda a publicidade devida, mas não apareceu empresa interessada. Então estamos descobertos nessa área. Contudo podem visitar nossas unidades de saúde e verificar que o lixo hospitalar está separado devidamente”, argumenta.

O terceiro processo licitatório apreendido é sobre a construção de rede pluvial com asfaltamento na rua Maria Alves de Abreu (entrada de Simonésia). A prefeita informou que o recurso, da ordem de 150 mil reais, foi conseguido em 2009, mas só executado em 2011. “Podem ir lá e verificar a obra está pronta e atende a demanda, afinal acabamos com o problema e olha que ainda fizemos a rede de esgoto nova. Tem que ir lá e ver se dois anos depois consegue fazer uma obra daquela dimensão com 150 mil reais. A licitação foi toda legal e a obra foi executada”, defende.

Marinalva ironiza o que chama de quarta denúncia, sobre uma rede pluvial na rua Padre Miguel. “Lutamos e conseguimos o recurso, mas quem fez foi o Estado. Então denunciaram a gente e eu não sei porque. A única coisa que fizemos nessa obra foi pedir, lutar com o Governo do Estado para que fosse feita. Às vezes, trabalhar é errado né?”, questiona criticando a denúncia que considerada infundada.

Como a tarde toda o Centro da cidade ficou cheio de pessoas acompanhando a movimentação, inclusive com lideranças de oposição ao governo na praça, Marinalva Ferreira explica que houve um constrangimento grande para a Administração.

Para ela, não havia necessidade de todo o aparato policial: “Se o Ministério Público tivesse pedido, como sempre fez, jamais deixaríamos de atender. Estamos à disposição e com as portas da prefeitura para informar ao Ministério Público, a imprensa e à população. Como eu disse: foi tudo publicado, fizemos licitação e quem ganhou, ganhou, quem não ganhou não é problema meu. Os processos foram corretos”.

Pascoal on line, com informações do parceiro Portal Caparaó

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