Anastasia e vice Alberto Pinto Coelho percorrem seis municípios da Zona da Mata e Ouro Preto
O governador Antônio Anastasia afirmou, nesta quarta-feira (04/01), em Ouro Preto, que o Governo de Minas não poupará esforços para devolver a normalidade às famílias mineiras que vivem nas cidades atingidas pelas fortes chuvas. O governador e o vice Alberto Pinto Coelho percorreram as áreas mais afetadas nos municípios de Ubá, Guidoval, Dona Euzébia, Cataguases, Visconde do Rio Branco e Muriaé, na Zona da Mata, e ainda Ouro Preto, na região Central do Estado. Eles estavam acompanhados pelo coordenador estadual de Defesa Civil e chefe do Gabinete Militar do Governador, coronel Luís Carlos Dias Martins.
Segundo o governador, a prioridade é evitar a perda de vidas humanas e determinou a intensificação dos trabalhos da Defesa Civil para minimizar os efeitos da chuva. Ele afirmou que o Estado vai atuar em parceria com as prefeituras e com o governo federal para garantir os recursos necessários à reconstrução das cidades.
“O objetivo é restabelecer a normalidade da vida cotidiana das pessoas, com a retomada do abastecimento da água, da locomoção, energia elétrica, da questão relativa a alimentos e, ao mesmo tempo, minimizar os efeitos das perdas através de doações que já estão acontecendo, cestas básicas, colchões, doações, para depois, quando as águas baixarem, identificarmos de modo preciso quais são os prejuízos, sua extensão exata e aí solicitar o apoio ao governo federal para fazer as obras de recuperação”, afirmou o governador, em entrevista, em Ubá.
Ação imediata
Em Guidoval, uma das cidades mais castigadas, o governador determinou aos técnicos do Departamento de Estrada de Rodagem (DER) que o acompanhavam, a imediata reconstrução da ponte sobre o Rio Pomba, destruída pela ação das chuvas. A elaboração do projeto e a empresa responsável pela obra deverão ser contratadas em caráter emergencial. Uma ponte provisória deverá ser construída com a ajuda do Exército. Ele também determinou a melhoria do acesso da estrada que liga Guidoval ao município de Dona Euzébia, para garantir a mobilidade dos moradores.
“Determinei de pronto ao DER a reconstrução imediata da ponte que permite que a cidade de Guidoval seja ligada ao resto do Estado, porque ela está isolada neste momento. Vamos pedir também o apoio ao Exército para a construção de uma ponte provisória. São obras emergenciais e vamos gastar o que for preciso para restaurar, volto a dizer, a normalidade do cotidiano das pessoas”, disse o governador.
Muriaé foi outra cidade muita atingida em sua infraestrutura. A força das águas do Rio Muriaé destruiu casas, pontes e estradas, arrastou carros e deixou famílias desabrigadas. O governador assegurou a reconstrução da cidade e afirmou que apresentará um projeto para dragagem do rio à ministra do Planejamento, Miriam Belchior.
“Nós precisamos agora reconstruir isso, como já fizemos no passado. Estou apresentando ao governo federal uma proposta de dragagem dos rios das cidades maiores de Minas Gerais que são cortadas por rio, como é o caso de Muriaé. Tenho certeza que o governo federal será sensível e, também, com recursos do Estado nós vamos dragar e Muriaé será uma das primeiras cidades, passadas as chuvas, a ter um serviço de dragagem aqui”, afirmou.
Ouro Preto
Segundo o governador, Ouro Preto, Cidade Patrimônio Cultural da Humanidade, também será contemplada pelo projeto de dragagem de rios e contenção de encostas a ser apresentado ao governo federal. Ele defendeu a realização de obras que possam assegurar soluções mais definitivas, evitando a repetição dos prejuízos causados pelas chuvas ano após ano.
“Precisamos de novos projetos com soluções mais definitivas como alguns barramentos no Sul de Minas, a recuperação de algumas barragens de contenção na região metropolitana de Belo Horizonte e de encostas em cidades como Ouro Preto e Muriaé, que são constituídas, aliás como a história indica, com os rios cortando as cidades ao meio, criadas ao longo de morros e de encostas em razão da nossa colonização. Precisamos esperar baixar as águas para mensurar a real extensão do dano causado. A partir daí, vamos elaborar os projetos”, disse ele.
Parceria
O vice-governador Alberto Pinto Coelho percorreu as cidades de Cataguases e Visconde do Rio Branco, acompanhado do secretário executivo da Cedec, tenente coronel Eduardo Reis. Alberto Pinto Coelho destacou a boa estrutura da Defesa Civil Municipal de Cataguases, e o trabalho em parceria com a Cedec, além das ações preventivas realizadas pela prefeitura, como pontos a serem observados por outros municípios.
“O Governo Estadual está atento e busca levar todos os recursos possíveis àquelas cidades atingidas, tanto no que diz respeito a ações emergenciais, quanto às que devem ser levadas adiante para evitar que situações se repitam no futuro. Entretanto, é fundamental que os municípios façam parte também desse esforço. Cataguases é um bom exemplo dos efeitos positivos que uma mobilização consciente e coordenada pode ter. Apesar dos danos, não tivemos perdas de vidas humanas. Isso graças a uma defesa civil municipal bem preparada para ordenar e colocar em prática planos de contingenciamento que incluem identificação e remoção da população que vivem em áreas de risco”, disse ele.
Em Visconde do Rio Branco, o vice-governador percorreu as ruas centrais da cidade, às margens do rio Xopotó, onde conversou com moradores e garantiu o apoio do Governo do Estado à população.
“Temos de acompanhar o mais de perto possível o que acontece com os mineiros, principalmente em situações como a atual, para podermos buscar soluções que confortem e tragam resultados positivos para nossa população”, afirmou o vice-governador.
O secretário nacional de Defesa Civil, Humberto de Azevedo Viana Filho, destacou o papel desempenhado pela defesa civil mineira, lembrando que o sistema de monitoramento reduziu as consequências das chuvas. “A quantidade de água que caiu levava a crer que tivéssemos um número maior de óbitos e maiores problemas. O sistema de monitoramento do Estado permite uma eficiência maior do sistema de defesa civil”, afirmou.
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