Por Nélio Azevedo
Desde que os EUA se tornaram uma superpotência econômica e militar, o mundo passou a rezar pela sua cartilha. Quem decidiu os rumos da Segunda Grande Guerra foi a sua entrada no cenário das batalhas; com direito a fogo e enxofre para Sodoma-HIroshima e Gomorra-Nagazaki; foi com o dinheiro americano que a Europa arrasada se reconstruiu e se endividou; foram os americanos que comandaram o julgamento dos carrascos nazista em Nuremberg e depois decidiram em Rialta e Breton Woods a divisão do butim de guerra com Stalin e De Gaulle.
Com o início da Guerra-Fria, os russos se distanciaram e o resto do mundo se anulou e assistiu atônito as muitas vezes em que o mundo ficou a beira do Apocalipse Nuclear e, tome golpe de estado pelo mundo à fora. Teve uma época em que somente as Guianas não eram comandadas por ditadores militares sob os auspícios do Pentágono, o resto da América do Sul e boa parte da América Central estavam sob as botas dos militares.
Na África, pobre África que padece seu martírio eterno, quantos Lumumba e Steve Biko sucumbiram aos desmandos dos amigos yankees? Depois, até mesmo governantes de países em desenvolvimento dobraram seus joelhos diante do poderio perverso e avassalador dos EUA.
Entrava governo e saia governo, Republicano ou Democrata, todos tiveram pelo menos uma guerra e, se olharmos de perto, todas tiveram o envolvimento direto dos Estados Unidos.
Criaram Bin Laden, Noriega,Saddan Hussein, Médici, Videla e Pinochet para todos os gostos e gastos, cadáveres se amontoaram ao som de Woodstock e suas eletrizantes guitarras; Vietnam, Laos e Camboja eram somente experimentos para o que viria depois dos anos 80, com a derrubada do Muro de Berlim e a derrocada da União Soviética.
O Iraque e seus ricos campos de petróleo viraram a bola da vez, de pai para filho, aquele latifúndio foi visitado diversas vezes em incursões que deixaram centenas de milhares de mortos, a grande maioria civis, como em My Lay e outros campos de extermínio e zona de tiro-livre, para recreação e deleite dos marines e seals.
Hoje a coisa mudou um pouco, não precisam mais dos títeres militares sub-americanos, usam coisas mais sofisticadas e sutis. O Grande Mercado com seus filhotes: ONU, OTAN, BIRD e FMI fazem o serviço sem sujar as mãos. Os campeões da democracia ensinaram como se tortura nas décadas de chumbo de 60 e 70, agora ministram eles mesmos e se vangloriam de conseguir confissões até de quem não fez nada utilizando esse vil instrumento.
O soldado norte americano Mike Prysner (veja o vídeo no Yutube) sabe muito bem o que é que eles foram fazer no Iraque, Afeganistão e Paquistão; os pobres coitados dos prisioneiros de Abugrab e Guantânamo serão os fantasmas que esse poder terá que arrastar pela eternidade. Quando um país tem que matar para se sentir seguro, terá que continuar matando sempre, matando sempre, matando sempre...
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