Por Nélio Azevedo
Esta semana o país parou diante da tragédia da Escola no bairro de Realengo, na cidade do Rio de Janeiro e, somando aos milhares de mortos nos países árabes em insurreição e a triste vocação de países como a Costa do Marfim e seus régulos sedentos de sangue e poder, saiu um triste dado sobre o número de vítimas fatais no trânsito em terras brasileiras.
São mais de duzentos mortos por dia, mais de mil por semana, mais de cinquenta mil por ano. É uma barbaridade, tem muitos países em guerra que não têm esses números e, o que mais assusta é a faixa etária da maioria das vítimas, jovens entre vinte e trinta anos.
Não querendo aqui, minimizar o trauma do massacre na escola no Rio, é absurdo o número de pessoas mortas nas ruas e estradas brasileiras, é preocupante, pois o número de veículos só aumenta e a facilidade com que as pessoas têm acesso ao crédito só perde para a falta de responsabilidade dos nossos condutores.
Dá medo colocar a família dentro de um veículo e percorrer um simples trajeto de cem quilômetros e saber que tudo pode acabar no hospital ou cemitério.
Essa tragédia carioca aos poucos cairá no esquecimento, assim como outras que só servirão para vender mais jornais e revistas e dar mais pontos no Ibope aos programas de Datena e Carlos Viana; reacender a discussão sobre o controle de armas e do papel do Estado no combate à violência. Já vimos esse filme. A plateia morre no fim.
É até engraçado como algumas pessoas ainda se espantam com o fato de alguém sem antecedentes criminais ter tido acesso às armas usadas, como se não fosse a coisa mais fácil do mundo comprar uma arma em qualquer cidade grande.
Não ter antecedentes criminais não isenta ninguém de ser um psicopata de carteirinha e escapulário de fiel fundamentalista, capaz de um desatino desses. Temos que levantar as mãos pro céu e agradecer por ele não ter conseguido realizar seu plano mais audacioso que era jogar um avião cheio de gente na estátua do Cristo Redentor.
Tudo me deixa preocupado, mas o que assusta muito mais é que nós os brasileiros estamos nos acostumando com esse nível elevado de violência e algumas pessoas nem sequer se indignam mais, tudo parece fazer parte da paisagem desse feliz país tropical, mesmo que o fato seja uma mania importada das geladas planícies do Meio-Oeste Norte-americano, direto de Columbine para o subúrbio carioca.
Pois é Nélio,ainda tem aquele motorista lá no sul que praticou aquele atropelamento em massa de ciclistas,se não me engano ele já está solto e irá responder em liberdade,péssimo exemplo....
ResponderExcluirComo diz a máxima: "A impunidade é a mãe da reincidência". É difícil e complexo falar sobre violência neste país, mas uma coisa é certa: mudanças têm que ocorrerem o mais rápido possível. Não adianta proibir a venda de armas no Brasil nem, tão pouco realizar campanha do desarmamento; porquanto, somente pessoas ordeiras irão se desarmar, e outra, é impossível evitar que armas entrem pelas fronteiras deste país continental. É necessário sim, punir de fato aquele que for flagrado andando com uma arma sem o devido porte e registro. Exemplo disto é que, um dos suspeitos de ter vendido uma das armas para Wellington tem antecedentes por porte ilegal de arma, ou seja, reina mais uma vez a impunidade. Será que os legisladores têm medo de leis mais rígidas? Fico na dúvida!!!!
ResponderExcluirLeo Galinari
Infelizmente,existe uma verdade que o judiciario ignora não sei porque...PORQUE bandido solto,comete crime de novo e pessoas inocentes e cumpridoras de seus deveres morrem todos os dias por isto.....
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