As áreas adquiridas para o investimento deverão ceder lugar a um novo distrito Industrial
IPATINGA – Devido à baixa atratividade imposta pelas condições do mercado atual, mais uma vez a Usiminas decidiu cancelar o projeto de construção de sua nova usina em Santana do Paraíso. A informação foi passada na noite de sexta-feira (12), pela siderúrgica, e confirmada em entrevista de seu diretor presidente, Wilson Nélio Brumer, na tarde deste sábado (13), no Escritório Central. As áreas adquiridas para o investimento deverão ceder lugar a um novo distrito Industrial. Em contrapartida, a siderúrgica irá mudar sua rota estratégica, além de intensificar os investimentos em suas atuais linhas de operação, visando seu aprimoramento.
“Apesar de este ter sido o projeto mais analisado nos últimos anos, ele se tornou inviável por haver uma grande oferta de aço no mundo e o mercado exigir um novo desenho da empresa. Para as áreas adquiridas para a instalação da usina, conversamos com o prefeito de Santana do Paraíso, para que fosse construído um novo Distrito Industrial. A parceria entre a Usiminas e o município também seria para encontrar outros caminhos para que a cidade se desenvolvesse, como na elaboração do Plano Diretor. Quanto ao aeroporto, por não haver mais sentido de uma mudança de local, iremos retomar os projetos de investimento para melhorias em sua estrutura”, informou Wilson Brumer, diretor-presidente da Usiminas, declarando que o Conselho Administrativo da empresa decidiu acelerar os investimentos em mineração para que em 2012 possam alavancar sua capacidade de produção em 70%, permitindo que no segundo semestre de 2012 se alcance a capacidade produtiva de 12 milhões de toneladas anuais (hoje são 7 milhões).
Segundo Brumer, o Conselho de Administração optou por aprofundar estudos para aumentar a competitividade das operações industriais em siderurgia, objetivando posicionar melhor a empresa para capturar as oportunidades no mercado brasileiro de aço. “A Usiminas vem passando por momentos de repensar sua competitividade, aprimorar a qualidade dos produtos conforme a necessidade do mercado, além de buscar mais eficiência na geração de energia elétrica como forma de redução de custos”, ponderou o diretor-presidente.
A Usiminas pretende otimizar as plantas de Ipatinga e Cubatão (SP) para reduzir custos, melhorar a qualidade e equilibrar a capacidade de produção de aço com a de laminação, atualmente em expansão. “A empresa irá buscar uma melhoria da eficiência energética com revisão do balanço energético, incluindo um maior aproveitamento de gases gerados no processo produtivo. Estamos executando um plano de investimentos de R$ 3,2 bilhões em 2010, com o intuito de reduzir custos e agregar valor aos nossos produtos e posicionar a empresa na captura de oportunidades do mercado brasileiro de aço", destacou Wilson Brumer.
A recente entrada em operação da nova coqueria na usina de Ipatinga, investimento de R$ 707 milhões, é um importante projeto de redução de custos já implantado, tornando a usina autossuficiente em coque. Todavia, outros grandes projetos em andamento na área de laminação e revestimento, também visam ampliar a atuação da Usiminas em mercados estratégicos. Um desses investimentos é a instalação da tecnologia de resfriamento acelerado de chapas grossas, denominada CLC, na usina de Ipatinga. Com orçamento de R$ 539 milhões, o equipamento irá permitir a fabricação de aços com alta resistência e soldabilidade, ideais para a aplicação nos projetos voltados para o pré-sal. A Usiminas será a única siderúrgica fora do Japão a deter a tecnologia do CLC. Também na usina de Ipatinga está sendo instalada uma nova linha de galvanização a quente, que ampliará em 550 mil toneladas/ano a capacidade de produção da Companhia. A nova unidade proporcionará o aumento do fornecimento da empresa para mercados aquecidos como o de veículos automotores e linha branca. A previsão é de que a operação do equipamento tenha início no primeiro semestre de 2011.
Já na usina de Cubatão, a Usiminas está instalando um novo laminador de tiras a quente com capacidade de produção de 2,3 milhões de toneladas/ano. Com as obras civis já em andamento e os principais equipamentos em fase de fabricação, a previsão é de que a operação tenha início no segundo semestre de 2011, permitindo a ampliação da participação da companhia em mercados estratégicos no segmento industrial.
Setor de mineração terá grande expansão
Criada há menos de um ano, a Mineração Usiminas avança em seu plano de desenvolvimento e anuncia projetos para aumento da sua capacidade de produção e de beneficiamento. A empresa vai investir R$ 550 milhões para aumentar em 70% sua capacidade de produção de minério até 2012 e está finalizando os estudos para identificar a melhor localização de uma planta de pelotização.
Os investimentos de R$ 550 milhões envolvem uma primeira fase de expansão, que permitirá aumentar a capacidade das atuais 7 milhões de toneladas/ano para 12 milhões de toneladas/ano em 2012. Para isso, os principais projetos envolvem a construção de um concentrador de pellet feed para aproveitamento dos finos do minério extraído e a construção de uma nova planta de beneficiamento de sinter feed.
Estes investimentos começarão a ser realizados no 1º semestre de 2011 e integram o planejamento total de R$ 4,1 bilhões, cuja efetivação possibilitará à Mineração Usiminas alcançar a capacidade produtiva de 29 milhões de toneladas/ano em 2015. Por meio destes ganhos de escala, a Mineração Usiminas pretende viabilizar a autossuficiência da Usiminas em minério de ferro.
Além disso, a Mineração Usiminas também está na fase final dos estudos que indicarão o local de construção de uma planta voltada para produzir pelotas. Com isso, a empresa busca agregar valor com o beneficiamento de sua produção de pellet feed e finos. A previsão é que a planta de pelotização tenha capacidade para produzir 7,5 milhões de toneladas/ano.
A ação preferencial da Usiminas amargou uma queda de 1,69%, a R$ 22,17, na Bovespa, nesta sexta-feira.
Fonte: JVA Online
venho acompanhando este fato e não me pegou de supresa, devido simplesmente pela grande oferta de aço que ocorre no mundo e ainda mais temos que agradecer de ainda fazermos parte desta fatia.
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