Por Nélio Azevedo Oba! Todos nós fomos convidados para um grande banquete que irá se realizar daqui uns 70 dias, é um convite diferente, vamos definir qual será o cardápio e entregar a tarefa de preparar os pratos aos cozinheiros chefes e ofertá-los à nação inteira.
Vocês provavelmente já ouviram essa analogia que repito aqui. Só que, agora teremos alguns ingredientes a mais.
Vocês podem adicionar o que quiserem, além de escolher o prato principal, a entrada e a sobremesa, tem temperos dos mais variados a sua esquerda ou à direita.
Depois de escolher bem, é só saborear e, estes pratos serão consumidos por 4 ou cinco anos, a não ser que você rejeite o prato e o devolva.
Senão vejamos, poderemos adicionar uma boa dose de pimenta Luisa Helena e tornar a carne intragável para os de paladar mais fino, mas, saborosa para o pessoal do Nordeste, acostumados que estão aos pratos mais apimentados. Do Estado de alagoas tem tempero Collorido que pode dar até prisão, de ventre, é claro.
Os de papa fina, talvez eles preferissem um pavê de chuchu a Geraldo Alckmin com molho para bolinho-de-chuva paulistano, direto das vitrines da Daslucro.
Por falar em Sampa, tem tempero de lá que rouba a festa, rouba tudo, malufa tudinho, mas só para os pratos com roubá-lo ou furtos do mar.
Os do Sul adoram um bom arroz de carreteiro com todos os ingredientes da receita da dona Yeda Cruz-Credo ou um churrasco assado naquele Fogaço, ou ainda um delicioso charque do marido da filha, o Genro.
Na Bahia, já que está, deixarão ficar o mesmo prato chique ao som de uma sinfonia de Wagner, enquanto que no Estado de Goiás, o pessoal anda horrorizado apelam até para Santo Estevão nas horas de perigo. Acho que os últimos banquetes têm provocado muita congestão nos comensais, haja Eparema e Chá de Arruda.
No Rio de Janeiro, descobriram um Cabral que parece estar agradando tanto que estão comendo em paz depois que o arroz de Maia acabou e, eu concordo que o ditado “daí a César o que é de César”. Lá, não poderiam deixar uma flor ou um garotinho estragar os pratos.
Em Minas, onde os cozinheiros escondem o jogo, são umas raposas na arte de cozinhar. Ah! É só chamar que ele está sempre pronto para servir ao povo, mestre-cuca de tradição, herdou o dom do avô e hoje é uma unanimidade na mesa dos mineiros, apesar de parecer que o povo está lhe dando as Costas, talvez o choque de indigestão tenha causado uma Anast-asia em quem comeu e ao que parece, não gostou.
Por fim, o prato principal, esse vai exigir mais dos cozinheiros, pois, será consumido por quase uma década, dependendo do seu paladar. A sopa de Lula e a Lula grelhada tem proporcionado aos comensais uma sensação boa, querem continuar consumindo, principalmente aqueles que nunca tinham participado do banquete.
Poderemos escolher de uma ou de outra receita, será o que a maioria quiser.
Outro aspecto importante é seguir as receitas direitinho, para tanto, o Supremo Cozinheiro elaborou um fichário onde todos podem escolher as receitas e os ingredientes, alguns cozinheiros deixaram cair coisas que sujaram algumas fichas, por isso escolha somente as receitas que estão com a ficha limpa, caso contrário, você corre o risco de melar o banquete e, aí, uma nação inteira será prejudicada e passará cinco anos comendo mal.
Lembrem-se, todos estão convidados a participar desse banquete, se você se omitir e não ajudar escolher nem os pratos nem os ingredientes, depois não terá nem o direito de reclamar da comida, e terá que comê-la por muitos anos.
Bom apetite!
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
O Grande Banquete
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O POVO DE RAUL SOARES TÁ COMENDO UM BANQUETE DAQUELES....BUCHO DE BODE,COM CHÁ DE BOLDO!!!!!
ResponderExcluirSAÚDE CAMBADA!!!!!!!KKKKKKKKKKKKKKKKKK
Só que esse tão propalado banquete só é comido pela classe politica e seu bando de puxa sacos, porque para o povo só resta as míseras migalhas que eles derrubam do prato.
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