Ex-prefeitos que deixaram o mandato em 2008 estão empregados nos gabinetes da Assembleia, em BH, mas não trabalham no local. Moram em suas cidades, onde pedem votos 
 
Prefeitos que deixaram o cargo no fim do ano passado deram um jeitinho de continuarem sendo sustentados pelos cofres públicos. E o pior: sem trabalhar e atuando apenas como cabos eleitorais. Levantamento feito pelo Estado de Minas revela que pelo menos 24 ex-prefeitos que perderam as eleições em outubro ou não se reelegeram – pois já exerciam o segundo mandato – foram contratados como funcionários dos deputados. A maioria mora no interior do estado, apesar de ter de cumprir jornada de até oito horas na capital mineira. É o caso do ex-prefeito de Rubim, Claudemir Carpe (PMDB), lotado na liderança do PMDB. Para cumprir as oito horas pelas quais foi contratado, Carpe teria de fazer mágica, já que mora em Rubim, município do Norte de Minas, distante 764 quilômetros da capital mineira, trecho percorrido em no mínimo 10 horas de viagem de carro.
A principal função dos ex-prefeitos é a de cabo eleitoral dos deputados no interior do estado, já de olho nas eleições de 2010. Os salários dos ex-prefeitos custam aos cofres públicos cerca de R$ 48 mil por mês, o que representa mais de meio milhão até o fim do ano. Na Assembleia, não existe nenhuma norma que impeça a contratação de funcionários para trabalhar no interior, que acabam ficando desobrigados de bater ponto e prestar contas de suas atividades.
Durante uma semana a reportagem monitorou a rotina de ex-prefeitos contratados pelos deputados estaduais. A maioria estava trabalhando em atividades particulares ou cuidando de suas propriedades rurais. A média salarial dos ex-prefeitos é de cerca de R$ 2 mil, mas alguns chegam a receber quase R$ 3 mil para fazer campanha para seus “patrões”, trabalho fundamental para assegurar mais um mandato na apertada disputa por uma vaga de deputado, que representa um salário de cerca de R$ 16 mil (se a vaga for na Assembleia) além das verbas indenizatórias.
Fonte: Alessandra Mello e Daniela Almeida, Jornal Estado de Minas.
domingo, 23 de agosto de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
 
 
 
Aqui em Raul Soares não é diferente. Apesar de não ter nenhum ex-prefeito usufruindo desse benefício, outros políticos, em sua maioria candidatos a futuros pleitos, se fingem de honestos desamparados, mas também são agraciados com salários pagos com o dinheiro do contribuinte para atuarem como cabos eleitorais de alguns deputados.
ResponderExcluir