domingo, 16 de agosto de 2009

Aeroporto em Belo Oriente será definido semana que vem

Usiminas informa ter analisado 100 terrenos na região para definir local de construção de novo campo de aviação. Área da Cenibra ainda não está desembaraçada Lairto Martins

BELO ORIENTE - A cidade de Belo Oriente foi palco, na tarde desta sexta-feira (14), de um concorrido debate sobre a implantação do novo Aeroporto da Usiminas, que atraiu autoridades políticas, civis e militares de todo o Vale do Aço. Também estavam representadas, além da siderúrgica ipatinguense, outras grandes empresas da região como a ArcelorMittal Inox Brasil e a Cenibra. A área pretendida para o empreendimento é um terreno no distrito de Cachoeira Escura, pertencente à fabrica de celulose. Mas a construção só será definida a partir de licenças ambientais. E foi esse o impedimento para a realização da obra em Bom Jesus do Galho.

De acordo com Delson Tolentino, diretor de Relações Institucionais da Usiminas, o impasse quanto à localização do aeroporto será resolvido em uma reunião conclusiva com a equipe da Cenibra, na semana que vem. “O processo de licenciamento ambiental para a construção do aeroporto depende, essencialmente, da escritura do terreno. Sem esse documento, o processo de licença prévia do aeroporto fica parado na Supram (Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), em Governador Valadares”, destacou o diretor.

A Usiminas investirá 50 milhões de dólares na construção do Aeroporto. E para o projeto da nova usina em Santana do Paraíso, cuja execução está temporariamente adiada, serão investidos 6 bilhões de dólares. Delson assegurou que os dois projetos são prioridade para a Usiminas, e a empresa resolverá todas as questões ambientais, técnicas e sociais para a conclusão desses planos.

Exigências

Identificar um local adequado para a instalação de um aeroporto implica em cumprir várias exigências da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Uma dessas determinações prevê uma distância de 15 km entre a cabeceira da pista e os povoamentos laterais, e nesse espaço não pode existir obstáculos.

A Usiminas informa ter analisado um total de 100 áreas na região para a construção do aeroporto. Desse total, 18 terrenos foram escolhidos. A primeira opção da empresa foi a área em Revés do Belém, município de Bom Jesus do Galho, mas devido a impasses ambientais o projeto foi transferido para o território de Belo Oriente.

Sandro Moraes, gerente do Departamento de Meio Ambiente e Qualidade da Cenibra, afirmou que a empresa colocou todas as suas áreas à disposição para avaliação técnica da Usiminas. “A Cenibra concorda em fazer essa negociação com a Usiminas, mas queremos que antes da assinatura do contrato as questões ambientais sejam equacionadas”, informou.


Participação da ANAC

A gerente geral de Infra-Estrutura da ANAC, Ana Lucia Carvalho de Morais, que veio de Brasília especialmente para a audiência pública em Belo Oriente - realizada num ginásio poliesportivo -, destacou que o organismo tem participado de todas as etapas de planejamento da construção do Aeroporto da Usiminas. Ela esclareceu ainda que a ANAC avalia todas as etapas de implantação de um aeroporto, desde a planta do empreendimento até a sua construção. “A empresa escolhe a área e a Agência avalia o terreno e dá seu parecer técnico. A autorização do empreendimento depende do licenciamento dos órgãos ambientais do Estado”, explicou Ana Lucia.


Desenvolvimento

A construção do Aeroporto da Usiminas será um empreendimento importante para Belo Oriente, segundo Humberto Lopes (PT), prefeito da cidade. “O município não abre mão da construção do aeroporto, pois isso trará emprego e renda. A audiência é a oportunidade que a população tem para conhecer as negociações entre as empresas e Usiminas e Cenibra”.

Morador do distrito de Cachoeira Escura, Salviano José de Almeida tem um pequeno comércio do setor alimentício e mora a 1 Km da área escolhida para a construção do aeroporto. Entre muitos outros, ele é a favor do empreendimento por acreditar que haverá um grande desenvolvimento para os moradores da região.

Fonte: JVA

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