quinta-feira, 8 de maio de 2008

A festa da (re) inauguração da revitalização do Jardim Velho

A encenação de uma grande festa para amanhã está quase pronta. Um palco (foto) está sendo montado na praça da Cultura e até um vereador estava hoje ajudando a molhar a grama do jardim (que só viu água de chuva até hoje); operários entrando e saindo freneticamente da área com tapume e, para completar tanta operacionalidade, sabe-se lá mais o que esse pessoal anda planejando.

O prefeito já mandou anunciar em carro volante que o Senador Eduardo Azeredo - PSDB (sim, aquele mesmo que deu origem ao mensalão e tentou aprovar um projeto que amordaçava a Internet) também estará presente nesta (re) inauguração? - não vamos nos esquecer de que se trata apenas da revitalização de uma praça.

Pelo movimento, até parece que foi erguida uma obra monumental, como os Jardins da Babilônia, para ser mais exato (O Odorico Paraguaçu morreria de inveja se visse isso aqui!).

Mas não é assim que a maioria dos raul-soarenses está vendo essa extravagância.

Para começar, o piso construído com as famosas pedras portuguesas ficou irregular e algum desavisado pode tropeçar e estrear o passeio já no primeiro dia; a cinta construída em alvenaria em torno do coreto está torta; os meio-fios dos jardins estão irregulares; a pintura do coreto nem se fala; os globos de iluminação estão em tamanho inferior ao padrão; algumas árvores centenárias foram mutiladas (foto) e só não foram todas porque alguns populares intervieram (Geraldo Lessa) exigindo a autorização para poda, que na verdade não existia.

Para completar, os bancos dos jardins foram pintados de verde – uma afronta ao PV - e os nomes de seus antigos doadores apagados, num flagrante desrespeito à memória desses saudosos raul-soarenses e ao patrimônio cultural da cidade. E o pior de tudo é que ainda apareceu gente que topou pagar para exibir seu nome nesses bancos como se isso fosse a coisa mais importante do mundo. Mas o bom mesmo é que vai durar pouco porque o serviço foi de péssima qualidade.

Por essas e outras, fica aqui a pergunta:

Será que temos mesmo motivos para comemorar?

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