segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

A verdade sobre o corte de árvores

O Engenheiro Agrônomo e Assistente de Núcleo Biodiversidade do IEF em Raul Soares, sr. José Geraldo Ramos, ao ser procurado pela reportagem mostrou-se extremamente triste com certas pessoas que usaram o nome dele, criticando-o sobre o corte e/ou poda de árvores urbanas. Segundo ele, que mora em Viçosa, Raul Soares é a melhor cidade dentre todas por onde viajou. “E olhe que já fui à Europa e conheço alguns países da América do sul, mas, conheço mais gente em Raul Soares do que em Viçosa, onde moro”, completou.
Segundo nos relatou, há momentos em que fica entre a cruz e a espada, porque se o dono de uma propriedade lhe apresenta toda a documentação exigida e mostrar que realmente há necessidade de eliminar uma árvore em questão, ele não tem outra alternativa a não ser autorizar o seu corte, porque a sua decisão é técnica.
Contou-nos que, infelizmente, a administração atual da prefeitura lhe tomou o espaço físico e todos os elementos necessários na produção de mudas, localizado ao lado do matadouro municipal, não lhe dando, sequer uma chance de ser consultado. Esse viveiro, na época, contava com mais de 10.000 espécies formadas e em formação. As mudas foram destruídas para ceder lugar à fábrica de manilhas e blocos de cimento.
Nesta entrevista, expressou que gostaria que, com os próximos administradores municipais, tivéssemos infra-estruturas para atender a população, uma vez que o produtor rural não aceita ser dominado e, sim, ser cativado.
Quanto à arborização urbana, disse-nos que em Raul Soares não foi feito um planejamento para o plantio de árvores. Há árvores de várias espécies e muitas delas inadequadas. Recomendou que, para nossa cidade, o ideal seria a Aroeira Salsa, pois é uma árvore de porte médio, florida, e não possui grandes raízes que possam danificar os passeios.
Sobre o polêmico caso da gameleira centenária, explicou que na primeira tentativa de corte ele negou o pedido, levando-se em consideração a idade da árvore e o valor histórico que ela representava para a comunidade. Na segunda vez que a proprietária apresentou a documentação e o projeto de construção autorizado pela prefeitura, não teve outra alternativa a não ser liberar o corte. Frisou que as suas decisões sobre essas questões são de cunho técnico e que os estudos sobre a preservação ou não de determinadas árvores, deverão ser elaborados pelo Codema, órgão municipal criado para este fim. Colocou-se à disposição da sociedade para os esclarecimentos sobre os assuntos tratados pelo IEF e prontificou-se em dar a sua contribuição para ajudar na melhoria da biodiversidade da região.

Agradecemos ao Assistente do IEF, sr. José Geraldo (foto), pela recepção amistosa e boa vontade em nos prestar esses esclarecimentos com cordialidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Todos os comentários são moderados e não serão aceitas mensagens consideradas inadequadas.