A raul-soarense de coração Maria Stopa, radicada nos Estados Unidos há quase oito anos, foi premiada como uma das profissionais e executivas de excelência nos EUA no ano 2007. Uma das mulheres de maior realização no país. A escolha é realizada pela NAPEW - National Association of Professional & Executive Women.
Ela começou sua carreira no ramo de informática, onde atuou por vários anos. Revolveu mudar e ingressou na construção civil. Com o processo de abertura, ficou empolgada com a administração, licenciamento/provas para esta empresa e resolveu investir o máximo que esse ramo tinha para lhe oferecer. A premiação veio com o fato de ela ter conseguido alcançar o topo da área de construção.
Nos Estados Unidos não é comum uma pessoa abrir uma construtora. O que dizer, então, de uma mulher e, ainda por cima, estrangeira? Missão quase impossível de se conseguir as licenças governamentais na Flórida, onde reside. São uma bateria de 20 horas de provas em dois dias, envolvendo todas as áreas de construção, prática, legislação e administração. Os homens da construção americanos ou de qualquer outra nacionalidade têm muita dificuldade de conseguir esta façanha. E põe façanha nisso. Às vezes sabem a parte técnica, mas não sabem administrar. Nesses casos, acabam utilizando profissionais de administração para gerenciar a empresa.
No caso da Maria Stopa, foi preciso ter conhecimento de vocabulário específico da área de construção, ser legal no país, comprovar experiência no ramo, escolaridade (ela fez duas faculdades/UFMG), crédito muito bom na praça comprovado por empresas especializadas e que monitoram a vida da pessoa, tipo SPC, idôneas e que atestem que ela tem realmente capacidade de gerenciar suas finanças para poder ser capaz de administrar uma empresa. Além disso, exigência de outras pessoas que comprovem essa idoneidade, ou seja, confiabilidade e seriedade, dentre vários outros quesitos burocráticos.
A discriminação com relação à mulher existe em qualquer parte do mundo e até mesmo da parte das mulheres. Nos estados Unidos não é diferente. Lá existe o mito de que mulher que é General Contractor (construtora) é velha, feia, gorda e sapatão. Felizmente a nossa homenageada não se encaixa em nenhuma dessas opções. Por sinal é uma tremenda de uma gata de apenas 35 anos e, o que é melhor, brasileira. Para nós, brasileiros, isso lhe confere uns pontos a mais.
Sua empresa se chama Maria Stopa General Contractor, Corp. O endereço na Internet é www.mariastopa.com (o website ainda não tem conteúdo). Ela é 100% dona. Prefere assumir todas as responsabilidades pelas decisões, nada de sócios. Segundo ela, isso é somente um início, o primeiro degrau. Ainda se considera no plano das conquistas pessoas, o que, de certa forma, fazem bem para o seu ego. E como faz, comenta. Agora é ir à luta e começar a fazer bem para o meu bolso, completa. As responsabilidades são imensas, os riscos maiores ainda, mas tudo isso faz parte, não é mesmo? Conclui ela.
Isso mesmo Stopa. Dá gosto ver uma mineirinha assim como você: uma mulher assumidamente de bem com a vida, determinada e que sabe muito bem o que quer. Parabéns pela conquista deste valiosíssimo prêmio que, além de exaltar as suas eméritas qualidades, premia também aquela mulher brasileira que sempre vai à luta e dá tudo de si quando quer alcançar o seu objetivo. Certamente que, daqui para a frente, outras Stopas virão, naturalmente espelhadas na sua imagem de mulher guerreira e vencedora.