
Agora, o grande lance da vez é uma pesquisa de intenção de votos encomendada, que nem nome de pesquisa tem. De acordo com a observação colocada no final da reportagem veiculada pelo jornal A Semana, de Caratinga, “Não se trata de pesquisa eleitoral, mas de levantamento de opiniões, sem controle de amostra, o qual não utiliza método científico para sua realização, dependendo, apenas, da participação espontânea do interessado, nos termos do art. 15 da Resolução nº 22.623 do TSE”.
Se o próprio responsável pela pesquisa admite que ela não utiliza método científico e é apenas um levantamento de opiniões, sem controle de amostra, conclui-se que na verdade ela não tem nenhum valor prático, pois não espelha a real vontade do eleitorado, pois não mede nada.
Então, por que publicar uma pesquisa sem valor? É justamente aí que está o perigo: confundir o eleitor e induzi-lo ao erro através de um artifício mentiroso e maquiavélico.
A disparidade apresentada na pesquisa entre um candidato e outro é tão absurda que até uma criança desconfia daqueles resultados escandalosos. Mas os números até que pouco interessam no momento. O que se busca mesmo com esse ardil é a manutenção de uma imagem de um grande político a qualquer custo, criada por marqueteiros, bem ao estilo dos ditadores.
Graças à democratização dos meios de comunicação proporcionada pela Internet, o eleitorado de hoje é bem mais esclarecido que os de quatro anos atrás e duvidamos que caia nas mesmas armadilhas e outras que porventura surjam no mesmo estilo.
Acreditar em uma pesquisa com o nome de “Levantamento de Opiniões”, divulgada por um jornal de Caratinga que nunca circulou em Raul Soares e que, de repente, aparece como se fosse o dono da verdade, só se for marciano.
Outros candidatos de Raul Soares também foram procurados por essa empresa de “Levantamento de Opiniões”, mas recusaram a proposta.
Sejam mais criativos, porque desta vez estamos pagando para ver.
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