Equipes da Polícia Civil da 6ª Delegacia Regional de Polícia Civil, coordenadas pelo Delegado Regional Carlos Roberto de Souza, cumpriram nessa quarta-feira (5), três mandados de prisão e de busca e apreensão em Matipó.
Os mandados foram solicitados à Justiça da Comarca de Abre Campo, a partir das investigações do caso que envolveu três policiais militares de Belo Horizonte, presos na quarta-feira (28), da semana que antecedia as eleições municipais deste ano.
No dia dos fatos, a Polícia Civil recebeu denúncias de que pessoas estranhas estavam na cidade em um carro preto e armados. Os homens foram acusados de estarem ameaçando candidatos e eleitores. “Comunicamos o fato à Polícia Militar e os homens foram localizados. Eles estavam em um veículo alugado na capital mineira e com as placas adulteradas. Com eles foram encontradas armas de fogo e toucas ninjas. Depois da abordagem, identificaram-se como policiais militares, mas foram presos e tiveram as armas apreendidas”, explicou o delegado Felipe Ornelas.
Por envolver militares, foi aberto um inquérito na Justiça Militar e outro civil, coordenado pela 6ª Delegacia Regional de Manhuaçu. Durante as investigações, apurou-se que foram feitos vários contatos entre os militares e pessoas influentes - moradoras de Matipó. “Constatou-se que eles estiveram em Matipó por diversas vezes antes das eleições e sempre com um veículo diferente. Sempre em carros alugados”, declarou o delegado.
Operação
A operação dessa terça-feira foi comandada pela Regional de Manhuaçu e mobilizou quatro delegados de Manhuaçu. Com base nas investigações, que apuraram conversas entre os envolvidos e os policiais, foram solicitados os mandados à Justiça de Abre Campo.
Segundo a Polícia Civil, foi preso Gustavo Mendes Ludgero Alves e duas estão foragidas: Júlio César Bifano Magalhães Pessoa e Tiago Souza Alves. “Apenas um dos investigados foi localizado, os outros não foram encontrados. Foram apreendidos diversos objetos e aparelhos que serão periciados e outras pessoas também poderão ser ouvidas”, ressalta o delegado.
A ação na semana passada, com a prisão dos três militares, levantou a discussão sobre os motivos das ameaças aos eleitores e candidatos. “Quanto à conotação política, eu ainda não posso afirmar que este seja o motivo do crime, mas posso afirmar que um candidato foi mantido em cárcere privado e eleitores foram coagidos, como consta nos autos”, finalizou.
Os militares foram levados para os batalhões de Manhuaçu, Governador Valadares e Ipatinga, onde aguardam uma decisão da justiça. Gustavo foi encaminhado para o presídio de Abre Campo. Júlio César e Thiago continuam foragidos.
Com informações do Portal Caparaó
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