segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Governo aperta e escola de Granada contrata novos professores para substituir os que estão de greve

De acordo com o Blog da Amodig, a Escola  Estadual Professor Ernesto de Melo Brandão em Granada irá contratar novos professores para assumirem os cargos dos grevistas, por tempo indeterminado.

Esta autorização partiu do próprio governo, para pressionar os educadores da rede estadual que ainda permanecem em greve desde o dia 08 de junho de 2011. A continuação da greve tem gerado muitos conflitos no Distrito de Granada, assim como nas cidades que aderiram também ao movimento, e ainda tem escolas que resolveram entrar em greve agora em agosto. 

Caso o governador não pronuncie a favor dessa luta, a greve  perdurará até dezembro, segundo os participantes das manifestações. É direito dos professores fazerem a greve, mas é dever do governo procurar uma solução para que os alunos não fiquem prejudicados por esse ato que muitos que não compreendem ainda, falam em força de vontade dos professores, ou mesmo os chamam de "preguiçosos". Não podemos esquecer que eles estão amparados por lei, e se existe uma lei para o governo para acatar, e ele não faz o cumprimento da mesma, esses educadores resolveram mostrar que também são cidadãos de bem  e que a luta é direito deles.

O momento é de extrema exaustão e, indignados com a quietude do governador, ainda não têm uma posição se voltarão ou não este ano ainda para as salas de aula, o que esta causando muito desconforto às escolas e aos pais de alunos.

Aqueles que não entendem este direito dos educadores e queiram fazer suas reclamações, procurem  a promotoria e façam uma denuncia formal contra o governador, as escolas, os diretores. Segundo o blog, os professores não têm culpa do que vem acontecendo, a culpa é exclusivamente de Exmº Sr. Anastasia, que não quer mudar o quadro e ceder às solicitações reivindicadas por esses grevistas. Muitas vezes as pessoas só conseguem enxergar os deveres, mas esquecem que  existem direitos, e que estes não estão sendo cumpridos no nosso governo, concluiu o blog.

Fonte: Blog da Amodig

16 comentários:

  1. Se não querem trabalhar, tá certo colocar outros profissionais no lugar!

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  2. É por isso que ano que vem vou matricular meu filho em escola particular.

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  3. boa tarde
    ao sr(a) anonimo(a) não é questão de querer ou não trabalhar a questão é que o governo não paga a nós o que deve
    e seja mais honesto(a) assine ,não fique atras de anonimato.professsor ,não trabalha de graça e essa propaganda do governo ,faz pessoas como vossa senhoria mesmo acreditar nele,daqui a pouco tá acreditando em duendes,saci,mula sem cabeça e até a deixa pra lá
    procure saber mais antes de mandar sua pedra assassina
    inté
    jl viramundo professor da capital das gerais

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  4. Sou uma pessoa que acredito que a educação e um unico meio de uma pessoa prospera,uma familia,e uma nação.Nosso pais tem que tratar a educação com mais respeito,A educação me ajudou em varios sentindos ate mesmo sair das drogas.

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  5. Sou professora por escolha, não por acaso. Poderia seguir outra profissão e ganhar muito mais, mas gosto do que faço e quero e mereço ser valorizada na profissão que escolhi. Ao contrário do que afirmou o anônimo das 09:00, estou trabalhando sim. Dando aulas de cidadania fora da sala de aula. Ensinar não é só fazer o que os manuais ditam, é preciso formar cidadãos e um professor que não luta por seus direitos não pode ensinar cidadania, não é mesmo? Lamento pelos transtornos causados aos alunos e pais, mas garanto que o grande culpado de tudo isso é o governador Anastasia que se recusa a cumprir a lei Fedderal nº 11.738/2008 que assegura o Piso Nacional do Magistério. Várias tentativas de acordo foram feitas, mas o governo insiste em nos calotear e enganar a população dizendo coisas absurdas na mídia. Agora com essa medida de contratar outros professores, tenta nos massacrar ainda mais, mas ele não vai conseguir. Os alunos sabem, os professores que estão de greve dão exemplo de força e luta pelos direitos. Não é possível uma educação de qualidade com os professores amordaçados, escravizados por um sistema opressor que não se preocupa em fornecer boa educação para os filhos dos trabalhadores. É lamentável ler e ouvir comentários como o das 13:30 que disse que colocará o filho em escola particular, ao invés de reivindicar uma escola pública de qualidade. Os pais têm todo o direito de cobrar, mas precisam saber que o principal causador de tudo isso é o governador. Infelizmente parece que a justiça de Minas não se interessa em exigir do governo o cumprimento das leis.

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  6. Anônimos das 9:00 e 13:30, já se informaram sobre o assunto? Pelo visto não, estão fazendo direitinho o jogo do governo fora da Lei que utilisa seu poder de domínio sobre a mídia para divulgar propagandas enganosas. O piso salarial é Lei, só estamos exigindo o cumprimento da lei pelo governo que deveria ser o primeiro a dar exemplo. Experimentwe não pagar a conta de luz da sua casa, vai ficar no escuro. É assim que funciona. O governo não nos paga, então não trabalhamos.

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  7. Sou médico e em determinada época da minha vida fui trabalhar num hospital do SUS... O que recebia pelas consultas e os outros procedimentos não atendiam às minhas necessidades. Decidi, então, deixar a vaga para quem aquele dinheiro fosse suficiente. Depois de muito meditar, vi que não podia deixar as pessoas morrerem sem atendimento, por causa do meu descontentamento com o que me pagavam.
    Querer um salário digno é um direito do professor mas, não é justo deixar as crianças sem aulas por causa disso. Quem está descontente, procure novas alternativas profissionais. Greve por um período curto ainda vai mas, ficar quase o ano todo sem trabalhar é covardia com as crianças.
    Ah... e o mais engraçado é que o Anastasia é professor e a maioria dos seus colegas, hoje em greve, votou nele.

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  8. Nossa Sr. Médico, me admira muito alguém pensar desta forma. Concordo que buscar novas oportunidades é sempre válido, mas isto quando a insatisfação é com a profissão escolhida. Creio que por existir pessoas que pensam assim, é que os políticos fazem o que bem querem, pagando altos salários para os cargos políticos, e baixos salários para as outras categorias. Gostamos da profissão que escolhemos, e acredito que devemos mudar as coisas... valorizar aquilo que acreditamos... e nao ficar passando para frente as migalhas. E acho incrível sempre pensarem que a culpa é do professor e que não queremos trabalhar... (coisa que o governo e a mídia conseguiu incutir na cabeça das pessoas manipuláveis). Se o governo tivesse algum interesse em resolver a situação dos alunos, entraria em acordo com a classe e estou certo que professor nenhum deixaria de retornar ao trabalho. Estamos lutando, e não podem julgar que não queremos trabalhar, principalmente pelo fato de nem estarmos recebendo o pagamento. E outra coisa... não sabia que os votos deixaram de ser secretos para o Sr saber quem votou em quem. Anastasia, não é e nunca foi professor de escola pública estadual. Portanto, não o consideramos professor e sim um simples usuário do título de professor. Posso falar por mim, não votei e nem votaria no PSDB.

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  9. Infelizmente muitos colegas não têm a consciência política que deveriam ter. Se tivessem, ninguém nos pisaria como estão fazendo. Mas continuo acreditando que a maioria dos professores tem poder para mudar essa situação.

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  10. Gente não e o caso do PSDB ou PT que esta em jogo o que esta em jogo e a educação que pra min deveria ser de qualidade e funcionarios bem remunerados e olha que nen tenho curso superior só curso tecnico,mas por uma bobeira (drogas)que graças a Deus estou livre a um bom tempo,vou começar fazer o necessario depois o possivel e depois o impossivel para conseguir um curso superior "tenho vontade de fazer historia"

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  11. "Ai daqueles que pararem com sua capacidade de sonhar, de invejar sua coragem de anunciar e denunciar. Ai daqueles que, em lugar de visitar de vez em quando o amanha pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui e o agora, se atrelarem a um passado de exploração e de rotina." (Paulo Freire)

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  12. É anônimo da 13:13
    Você pelo menos tem condições de colocar seu filho em escola particular, mas eu não pois tenho 3 filhos...
    Ah se eu pudesse!...

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  13. Os primeiros a colocar os filhos em escola particular são os próprios professores e alguns funcionários mais abastados da escola. Infelizmente, nem todos tem o pequeno salário de professor, pois trabalham demais e ganham de menos. Seus filhos vão continuar dependendo da escola pública.

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  14. Acho que a educação está sendo desvalorizada por todos. Não adianta jogar culpa no governo quando nós colocamos a escola pública em segundo plano. Tenho certeza de que qualquer um que ganhar um pouquinho mais de poder vai fazer o mesmo que nossos líderes. Ninguém está interessado em cidadania ou direitos, pois todos temos direitos fundamentais. Quando o bolso e a barriga estão cheios é bem mais fácil calar e concordar com os governos por aí.

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  15. É, parece que tem gente postando aqui que precisa se informar mais e aproveitar o dom que tem para se conscientizar do poder que as palavras tem e usá-las para o bem. Tenho certeza que está com a clara intenção de desmoralizar e caluniar os professores, mas não acredita no que está dizendo. Achei muito engraçado o termo: "funcionários mais abastados da escola". O que o anônimo das 15:09 quis dizer com isso?

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  16. Antes de atirar uma pedra em professor, procure conhecer o seu trabalho. Um pouco do que vive muito dos professores está expresso neste texto.
    Um professor de uma cidade próxima relatou a minha pessoa quando por lá estava a trabalho, a seguinte historia: Segundo ele a escola onde lecionava criou um projeto onde aos sábados, grupos de professore e funcionários da mesma, visitariam sem prévio aviso, várias residências de alunos que estavam naquele momento enfrentando dificuldades na aprendizagem ou na convivência escolar. Em um ensolarado sábado, o professor saiu com sua equipe no intuito de fazerem algumas visitas, isto aconteceu naquela linda manhã de sábado, porem uma delas chamou sua atenção em especial; foi em um bairro bem periférico, onde os moradores não dispunham de calçamento, a rede de esgoto e a iluminação pública eram visivelmente precárias, as ruas muitos apertadas, mal cabiam os carros e muito lixo espalhado por todos os cantos. Ao se aproximar da casa de um aluno chamado Lucas, se deparou com uma cena inusitada, era uma jovem mulher que sentada próximo a entrada da residência disparava palavras de baixo calão, estas voltada para outro jovem que estava no outro lado da rua, aparentemente bêbado e próximo a um pequeno bar. Esta jovem tinha na sua mão direita um cigarro que tragava incessantemente, e de dentro da humilde residência ecoava uma música, destas de duplo sentido, e com altíssima sonoridade. O jovem que estava sofrendo a agressão verbal, também começou a insultar a jovem mulher. Ambos usavam palavrões diversos, como corno, vagabunda, viado, ladra, maconheiro e tantos mais. Quando a jovem sentiu a nossa presença e que estávamos ali no intuito de conversar com ela, dirigiu a nós as seguintes palavras:
    _Esse corno está na rua bebendo desde quinta feira, quando trabalhou de chapa e levantou um dinheiro; por isso que toda sexta e sábado eu vou para o forró e danço a noite inteira. Afinal trabalho de sol a sol, de segunda a sexta, fim de semana eu quero é divertir. E esse otário só fica no gole. E vocês o que querem aqui?
    _Queremos conversar com você a respeito do Lucas, somos da escola onde ele estuda. Disse o professor e então respondeu a jovem mulher.
    _Não quero saber de nada do Lucas não, só mando esse menino ir para a escola por causa da bolsa família, ele é filho meu com outro homem, que por sinal é pior que aquele que está ali bêbado e hoje mora comigo, o pai do Lucas está preso, pegou mais de 15 anos de cadeia.
    -E ele não está em casa? Perguntaram para a jovem e a mesma respondeu.
    Final de semana ele some, fica o dia todo fora, geralmente rodando o centro, quando ele chega depois que já saí para meu forrozinho, costumo Nem ver ele, pois quando chego de manhazinha ele já saiu de novo.
    Pela janela que dava para a rua pode ver que a humilde casa, estava em total bagunça e lá imperava uma brutal falta de higiene e conforto. Então nos despedimos, e aquele final de semana custou a passar para mim, queria que chegasse logo a segunda feira, para que eu encontrasse com o Lucas, disse o professor. E disse também...
    Estou louco para abraçá-lo e dizer a ele que apesar de tudo e de todos os problemas que ele está tendo na escola, ele poderia si considera um vitorioso, por está cursando aos treze anos de idade a sexta série do colegial.

    OBS: Tem muito Lucas por aí, alunos problemáticos dentro da escola. Porem apenas reflete o mau exemplo e a péssima convivência do meio familiar. Esse é mais um motivo para que os professores sejam melhores remunerados. Alem de construtores de caráter e formadores de opinião, são também a única referencia positiva na vida de milhares de crianças e jovens, quando qualquer perspectiva de dignidade e sucesso, está distante da realidade familiar de tantos alunos.

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