terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Macaco encontrado morto no Passa Cinco em Ponte Nova assusta moradores

Em outras épocas, encontrar um macaco morto à beira de uma mata não seria assustador, como agora, com uma epidemia de Febre Amarela batendo em nossas portas. Mesmo sabendo que o bichinho não transmite a doença.

Nesse último domingo (21), quem levou um susto foi a moradora do Bairro de Fátima, Helena Vitoriano, que juntamente com familiares, passeavam, como sempre, no Parque Passa Cinco, onde sempre fazem piqueniques e aproveitam para saborear algumas mangas que por ali se encontram.

Segundo Helena, foi um susto quando sua irmã viu de longe um vulto preto parecendo um macaquinho; e era um macaquinho, mas estava inerte, morto.

Constatado que realmente estava morto, eles ligaram para a PM, que pediu que colocassem o animal em um lugar bem visível.

Depois de algum tempo foram pegar o macaquinho morto, que foi encaminhado à Belo Horizonte, para saber se realmente o ele morreu em decorrência da febre amarela.

Entenda:

Na verdade, os macacos, assim como os seres humanos, são vítimas da doença, que também pode matá-los, e não efetivos causadores, como muitos podem erroneamente pensar. Não há como vacinar os macacos que vivem em áreas de mata, contrariamente ao que ocorre com os humanos, que podem se vacinar.

No ciclo silvestre da febre amarela, os macacos são os principais hospedeiros do vírus, mas os vetores, ou seja, aqueles que carregam o vírus e o transmite, são os mosquitos, com hábitos estritamente silvestres, que vivem nas matas.

Esses mosquitos precisam se alimentar de sangue para sobreviver e colocar seus ovos. Como costumam viver nas copas das árvores, onde também vivem os macacos, acabam se alimentando do sangue desses animais. Uma fêmea de mosquito infectada com o vírus, ao picar um macaco, acaba transmitindo o vírus ao animal, que adoece. E as fêmeas de mosquitos não infectadas quando picam um macaco doente, adquirem o vírus e passam a transmiti-lo para outros macacos. O homem ao entrar na mata, para trabalhar, passear, ou realizar outro tipo de atividade, pode ser picado por uma dessas fêmeas de mosquito infectadas e adquirir a doença.

Durante essa fase do ciclo, o ser humano pode se tornar um hospedeiro acidental, quando ele entra em áreas de mata e é picado pelo mosquito que carrega o vírus.

Com informações do Portal Unidade Notícias

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